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Automação de orçamentos de obras: como elevar o nível de suas análises de custos

Como prever e evitar estouros no orçamento de obras

Conheça boas práticas de gestão ao longo de todas as etapas da obra que ajudam a evitar custos inesperados que causam estouros no orçamento e prejudicam a lucratividade dos projetos de construção

Obras gigantes e pequenas, feitas por grandes corporações ou microempresas, todas enfrentam um desafio comum: concluir dentro do orçamento e prazos planejados.

Para se ter uma ideia, um estudo global revelou que cerca de ⅔ dos projetos de construção ultrapassam o orçamento – apenas 31% concluem as obras dentro dos custos previstos.

Um dos principais obstáculos para o cumprimento do orçamento é a estimativa de custos – que, muitas vezes, é feita com base em informações desatualizadas, sem levar em conta as movimentações do mercado, o contexto e as demandas específicas do projeto em questão.

Segundo um levantamento que analisou as causas dos custos excessivos em projetos de construção, entre os principais motivos para os estouros no orçamento atrelados à gestão de obras estão:

  • Método incorreto de estimativa de custos.
  • Estimativas de custo imprecisas.
  • Falta de planejamento, monitoramento e controle de custos durante os estágios pré e pós-contrato.
  • Aumento dos preços dos materiais.
  • Escassez de materiais devido a fontes não confiáveis de materiais no mercado local.

Portanto, um planejamento de custos eficiente é a melhor maneira de prever e evitar estouros de orçamento na construção.

Além disso, existem outros fatores da gestão de obra, como acompanhamento e controle, que ajudam a garantir que o orçamento planejado seja cumprido.

Saiba mais a seguir.

A importância da estimativa de custos para evitar estouros no orçamento

A importância da estimativa de custos
Imagem: rawpixel.com

O sucesso do orçamento depende diretamente das fases iniciais do projeto, especificamente das estimativas de custos realizadas durante o estudo de viabilidade.

Cilene Marques, mestre pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e autora do livro Custo sem Susto – Projetando por Objetivos – Um Método para Gestão do Custo de Edificações, explica que as estimativas de custos indicam a viabilidade econômica da obra.

“É a primeira coisa que o incorporador pergunta: quanto vai custar o empreendimento? E, na maioria desses negócios, o custo de construção pode chegar a 50% do valor total investido. Trata-se, portanto, do item mais importante desta viabilidade, ainda mais porque a margem de retorno fica em torno de 20% a 25%, em um ciclo longo de 3 a 5 anos, que começa desde a aquisição do terreno, passa pelo tempo de aprovação, de elaboração dos projetos e a construção”, detalha, em entrevista ao portal AEC.

A especialista ressalta que se a estimativa inicial não for bem-feita, uma variação de 10% no custo de construção pode gerar um prejuízo enorme.

“As estimativas orçamentárias são ou deveriam ser valores de referência confiáveis. Devem servir como guia, uma orientação para a condução do processo de projetar e acompanhar o custo”, aponta.

Alguns estudos publicados pelo site For Construction Pros comprovam isso.

  • Uma pesquisa feita nos EUA revelou que uma em cada quatro empresas de construção precisaria fechar as portas se fizesse apenas duas ou três estimativas imprecisas.
  • Outras análises revelam que um terço das construtoras obtém menos lucro do que o esperado com base em suas estimativas. Além disso, 40% dos entrevistados disseram não confiar completamente em seus orçamentos.

Ou seja, a estimativa de custos feita durante o estudo de viabilidade serve para balizar todo o desenvolvimento da obra. Portanto, precisa estar o mais próximo possível do ideal, garantindo não só a qualidade e a segurança da obra, como o lucro do empreendimento.

Leia também:
7 dicas para aumentar a eficiência das estimativas de custos em projetos de construção civil

Dicas para evitar estouros no orçamento de obras

Dicas para evitar estouros no orçamento de obras
Imagem criada por gpointstudio – www.freepik.com

Entre dicas e boas práticas para garantir a eficiência das estimativas de custos, evitando estouros no orçamento, destacamos:

1) Entenda o que avaliar durante o estudo de viabilidade

Estudo de viabilidade econômica é uma análise desenvolvida no início do negócio para verificar se determinado empreendimento poderá ser desenvolvido e concluído de maneira segura e lucrativa.

É fundamental entender o que avaliar nesse processo, pois muitos fatores dessa análise impactam diretamente os custos do projeto. Questões relacionadas ao terreno e ao contexto das legislações locais são alguns dos detalhes que interferem na precisão e eficiência do orçamento.

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2) Faça uma análise de custo aprofundada no desenvolvimento do produto

Outra prática relevante para evitar estouros no orçamento, também relacionada à fase de pré-obra, é a análise de custos feita durante o desenvolvimento do produto.

A Celere fez uma pesquisa com seus clientes (construtoras e incorporadoras de diferentes portes) e descobriu que apenas 18% das empresas realizam uma análise de custos detalhada durante as fases iniciais do projeto.

A falta de aprofundamento dos custos estimados durante esta fase resulta em estimativas incorretas, impactando o projeto como um todo e gerando estouros no orçamento que, em alguns casos, podem até inviabilizar a obra.   

É importante que, ao desenvolver o produto, os profissionais criem escopos e briefings detalhados, que ajudarão a guiar a análise de custos, tornando o orçamento mais alinhado e preciso.

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3) Crie um orçamento detalhado sobre cada área da obra

Outra questão fundamental para evitar custos inesperados em projetos de construção é adicionar o máximo de detalhes possível ao orçamento, aumentando o nível de informações conforme o ciclo da obra evolui. Sempre considerando as particularidades do local, das metodologias construtivas da empresa e dos projetos (produto).

Mesmo durante o orçamento preliminar, é importante que os custos sejam especificados de forma o mais minuciosa possível, obviamente com as informações disponíveis. Já no orçamento executivo, esse detalhamento é imperativo.

E quando se trata de desenvolver um orçamento detalhado, não é somente a quantidade de dados que conta, mas também a qualidade das informações. Quanto mais informações relevantes o gestor tiver acesso, melhor ele poderá entender de forma específica e profunda todos os custos envolvidos na obra. Assim, é possível não apenas levantar os custos com maior precisão, mas também analisá-los estrategicamente.

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4) Adote a engenharia de custos para ter maior controle

A engenharia de custos diz respeito à gestão financeira de um projeto. Envolve atividades como estimativa, controle de gastos, previsão de custos, avaliação de investimentos e análise de risco.

Além da manifestação física de um projeto de construção (um edifício, por exemplo), outras dimensões devem ser consideradas na engenharia de custos – caso dos recursos financeiros, do tempo e de outros recursos que foram investidos na criação do prédio.

Adote a engenharia de custos para ter maior controle“A engenharia de custos envolve atividades iniciais ao orçamento (como estimativas paramétricas, por exemplo) e outras posteriores (como acompanhamento e controle), além das atividades que podem compor um orçamento (como, por exemplo, cronogramas e histogramas, análise de riscos, custos e despesas indiretas etc.)”, explica Carlos Eduardo Roginski, sócio-diretor da Celere.

Ou seja, a engenharia de custos diz respeito a uma série de práticas de gestão ao longo do ciclo da obra que ajudam a trazer mais controle e segurança, evitando custos inesperados e estouros no orçamento.

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5) Crie uma cultura de controle para lidar com as variações do mercado

Lidar com as variações nos custos de construção é um desafio comum entre os profissionais que trabalham com gestão de obras.

Existem algumas maneiras de mitigar flutuações inesperadas de preços de materiais e serviços – como a antecipação de compra e a análise estratégica para saber o melhor momento de adquirir os insumos.

Porém, é importante entender que, quando se trata de desenvolver um orçamento realmente eficiente, uma cultura de controle é o que faz toda a diferença.

Fábio Nutini, arquiteto urbanista e diretor técnico da Construtora Mirman, salienta que a cultura de controle deve ser incorporada desde o início, independentemente do tamanho da empresa.

[Case] Controle de custos eficiente leva à margem de lucro de 25%“A implementação de uma cultura de controle permite o gerenciamento efetivo da obra, com ferramentas que facilitam o controle mensal, abrangendo todos os aspectos executados e a executar, e acompanhando os parâmetros de mercado, como o INCC. Essa abordagem assegura a criação de processos que se adaptam à estrutura existente, promovendo uma cultura de controle que previne surpresas no futuro”, aponta.

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Como a Celere ajuda a evitar estouros no orçamento de obras

A Celere é uma construtech que adota o uso massivo de dados e tecnologias de automação para aumentar a precisão e o detalhamento das análises dos quantitativos e dos custos das obras a um nível inédito no mercado.

Utilizando a tecnologia BIM 5D (orçamento vinculado aos modelos 3D dos projetos), oferecemos às construtoras e incorporadoras uma análise aprofundada sobre os gastos específicos envolvidos em cada uma das etapas e áreas da obra – não somente um panorama genérico e superficial sobre os possíveis gastos.

Além das informações tradicionais de um orçamento (EAP/composições/curvas ABCs), com os orçamentos da Celere, você terá a possibilidade de visualizar os valores detalhados numa plataforma com relatórios BI, tendo rastreabilidade completa das informações.

Saber exatamente o que se deve executar, de uma forma clara e detalhada, faz com que as informações sejam absolutamente confiáveis. Além disso, traz PREVISIBILIDADE, pois é possível antecipar as decisões no momento de se pensar em projeto, orçamento e planejamento.

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