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Giro de notícias da construção civil: dados e fatos que você precisa saber

Não conseguiu acompanhar todas as notícias que mexeram com a construção civil em agosto? Nosso Giro de Notícias te ajuda a se atualizar!

Agosto tem a fama de ser o mês mais lento do ano. Porém, ao menos em relação ao mercado de construção civil, não dá pra dizer que não aconteceu nada relevante. Alguns dos fatos mais marcantes do mês estão neste artigo. 

Vamos falar sobre:

  • Confiança dos empresários da construção;
  • Desempenho da economia brasileira;
  • Receita da indústria de materiais de construção;
  • Índice Nacional da Construção Civil;
  • Custo Unitário Básico;
  • Guia da CBIC para promover diversidade e inclusão nas empresas de construção.

Acompanhe!

Confiança dos empresários da construção sobe pelo quarto mês consecutivo

Confiança dos empresários da construção sobe pelo quarto mês consecutivo

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) da construção atingiu 56,4 pontos em agosto, um aumento de 2,7 pontos em relação a julho. 

Essa é a quarta alta consecutiva desde abril, totalizando um aumento de 6,4 pontos durante esse período. O índice está 2,4 pontos acima da média histórica da série. Esses dados são provenientes da Sondagem da Indústria da Construção da CNI (Confederação Nacional da Indústria), que analisou informações de 348 empresas de diferentes tamanhos.

A confiança do empresário industrial aumentou principalmente devido ao avanço do Índice de Condições Atuais, que entrou em território positivo pela primeira vez desde dezembro de 2022, marcando 50,9 pontos no início de agosto.

O Índice de Expectativas também aumentou, alcançando 59,1 pontos. Tanto as expectativas para a economia brasileira quanto para as empresas avançaram positivamente. No geral, as expectativas em relação ao nível de atividade, novos empreendimentos e serviços, compras de insumos, e número de empregados são otimistas.

Apesar disso, o índice de evolução do nível de atividade da indústria de construção caiu para 48,7 pontos em julho, saindo de um período de estabilidade. O indicador de número de empregados também diminuiu, atingindo 49,7 pontos, ficando abaixo dos 50 pontos pela primeira vez em quatro meses.

A Utilização da Capacidade Operacional (UCO) atingiu 68% em julho, após um aumento de 1 ponto percentual em relação a junho. Comparado a anos anteriores, o índice está em um patamar elevado.

Monitor do PIB da FGV aponta crescimento de 0,2% no segundo trimestre

O Monitor do PIB-FGV indica um crescimento de 0,2% na atividade econômica brasileira no segundo trimestre em relação ao primeiro trimestre, após ajuste sazonal. 

Em comparação com o mesmo período do ano passado, houve um crescimento de 2,6%. Na análise mensal, a economia cresceu 1,3% em junho comparado a maio e 2,7% em relação a junho de 2022.

Apesar da desaceleração da atividade econômica no segundo trimestre após um forte crescimento no primeiro trimestre, houve um aumento modesto nos setores industrial e de serviços, compensando a retração no setor agropecuário. 

A análise dos componentes da demanda revela que o consumo das famílias cresceu 2,3% no segundo trimestre, mas vem reduzindo seu ritmo desde o final de 2022, devido à menor contribuição do consumo de serviços e produtos não duráveis.

A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) retraiu 2,5% devido ao desempenho negativo do segmento de máquinas e equipamentos, que tem se retraído consecutivamente. As exportações de bens e serviços cresceram 14,1%, impulsionadas principalmente pelas exportações de produtos agropecuários e da extrativa mineral. As importações cresceram 6,8%, com destaque para as importações de bens de consumo e bens de capital.

Em termos monetários, estima-se que o acumulado do PIB no segundo trimestre de 2023 tenha sido de R$ 5,074 trilhões em valores correntes.

A taxa de investimento no segundo trimestre foi de 18,1%, um pouco acima das médias históricas, destacando a continuidade da retomada nos investimentos.

Receita da indústria de materiais de construção sobe 0,5% em julho

Receita da indústria de materiais de construção sobe 0,5% em julho

Pela primeira vez desde agosto de 2021, a indústria de materiais de construção registrou um aumento de faturamento em relação ao mesmo mês do ano anterior. 

Em julho deste ano, o indicador subiu 0,5% em comparação com o mesmo mês de 2022. Também houve um aumento de 0,4% em relação a junho deste ano. Os dados são do Índice Abramat, elaborado pela FGV para a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção.

O acumulado do ano, porém, ainda mostra uma queda no faturamento – de 2,6%. Esse resultado é impulsionado pelo segmento de acabamento, que faturou 7,7% menos de janeiro a julho deste ano. Por outro lado, o faturamento dos materiais de base subiu 0,9% no mesmo período.

Olhando para os últimos 12 meses até julho, há uma queda geral de 3,7%, com um declínio de 1,3% nos materiais de base e de 7,2% nos de acabamento.

A previsão da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) para o faturamento do ano é de um recuo de 1%, depois de uma queda de 6,9% em 2022. 

Na apresentação desses resultados, Rodrigo Navarro, presidente da Abramat, expressou otimismo com relação aos próximos meses. Na visão dele e da entidade, o lançamento do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o programa Minha Casa Minha Vida, a retomada de obras paradas e a redução da taxa de juros, com a inflação sob controle, podem beneficiar o setor.

Índice da construção civil desacelera alta para 0,23% em julho

O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) variou 0,23% em julho. Essa taxa é 0,16 ponto percentual menor que o índice de junho (0,39%). Nos últimos 12 meses, a variação acumulada ficou em 3,52% – abaixo dos 4,82% dos 12 meses anteriores. Em julho do ano passado, o índice foi de 1,48%.

O custo da construção por metro quadrado subiu de R$ 1.706,50 em junho para R$ 1.710,37 em julho, sendo R$ 1.001,78 para materiais e R$ 708,59 para mão de obra.

A parcela de materiais quase não variou, aumentando apenas 0,01%, ficando 0,29 ponto percentual acima do mês anterior. Já a mão de obra, teve uma taxa de 0,53% – queda de 0,83 ponto percentual em relação a junho –, devido a menos acordos coletivos firmados.

No acumulado de janeiro a julho, a variação foi de 0,05% para materiais e 4,51% para mão de obra. Nos últimos 12 meses, essas variações foram de 1,39% e 6,65%, respectivamente.

A Região Sudeste teve a maior variação regional em julho (0,46%), influenciada pelo acordo coletivo no Rio de Janeiro. Outras regiões tiveram os seguintes resultados: 

  • Norte: 0,08% 
  • Nordeste: 0,08% 
  • Sul: 0,18%
  • Centro-Oeste: -0,09%

No estado do Rio de Janeiro, a taxa de variação em julho foi a mais alta, chegando a 2,69%, devido a reajustes nas categorias profissionais e aumento na parcela dos materiais.

Leia também: Tabelas SINAPI: o que são e como devem ser utilizadas no orçamento de obras

CUB acumula alta de 2,23% no ano

Custo Unitário Básico (CUB) da construção registra queda de 0,18% em março

O Custo Unitário Básico (CUB) reflete a variação dos custos das construtoras e é usado nos registros de incorporação de empreendimentos imobiliários.

De acordo com o SindusCon-SP e a FGV, em julho, o CUB subiu 0,09%, acumulando alta de 2,23% no ano e 2,52% nos últimos 12 meses. 

Os custos que compõem o indicador tiveram as seguintes variações no sétimo mês do ano:

  • Administrativos (salário dos engenheiros): aumentaram 0,79%;
  • Mão de obra: subiram 0,35%; 
  • Materiais: caíram 0,31%. 

No acumulado de 12 meses, os custos de mão de obra subiram 5,19%, os custos de material diminuíram 0,95% e os custos administrativos aumentaram 2,72%.

O CUB representativo da construção paulista ficou em R$ 1.956,49 por metro quadrado em julho. Nas obras desoneradas da folha de pagamentos, o CUB teve uma variação positiva de 0,07% em julho, acumulando alta de 2,06% no ano e de 2,34% nos últimos 12 meses.

Os custos dos insumos também variaram. Em julho, 23 itens tiveram variações acima do IGP-M (que caiu 0,72%), sendo os mais representativos: 

  • Bacia sanitária branca com caixa acoplada 6 litros (+1,63%); 
  • Areia média lavada (+1,16%);
  • Brita 2 (+0,99%);
  • Porta lisa para pintura 3,5x70x210 cm (+0,87%);
  • Concreto FCK=25MPa (+0,41%). 

Nos últimos 12 meses, as variações mais significativas foram: brita 2 (+7,80%), areia média lavada (+7,51%), placa cerâmica (azulejo) 15×15 cm 1ª linha PEI II (+7,36%) e bloco de concreto 19x19x39 cm (+7,13%).

Leia também: Custo Unitário Básico (CUB) x orçamentos precisos na construção

Cartilha da CBIC orienta empresas da construção a promoverem inclusão e diversidade

Por A Economia B*

Cartilha da CBIC orienta empresas a promoverem inclusão e diversidadeDesde que a sigla ESG começou a se popularizar e as empresas passaram a entender a importância de olhar não apenas para seus resultados financeiros, mas também para o impacto socioambiental que geram, muitas dúvidas sobre como se engajar em pautas ambientais, sociais e de governança começaram a surgir. Quando o assunto é como fazer isso dentro de mercados específicos – como a construção –, as dúvidas são ainda maiores.

Nesse sentido, materiais desenvolvidos por entidades setoriais podem ser muito úteis para empresas preocupadas em aprimorar suas práticas ESG de maneira eficiente e sem greenwashing, socialwashing, diversitywashing etc.

A cartilha “Construindo Juntos! Por um ambiente mais diverso e inclusivo na indústria da construção”, desenvolvida pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), é um ótimo exemplo disso.

O material, produzido em parceria com Serviço Nacional da Indústria (SESI), oferece informações e promove uma reflexão conjunta sobre diversidade e inclusão na construção, convidando todos a uma mudança para valorizar as pessoas por serem quem são e a promover ambientes mais seguros para todos.

Segundo a CBIC, essa iniciativa faz parte do compromisso da entidade de reconhecer e valorizar que as diferenças tornam o setor ainda mais criativo e competitivo. 

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*A Economia B é uma plataforma de conteúdo jornalístico de negócios voltados a ajudar empresas de diversos setores a contribuírem para a construção de um futuro mais justo, equitativo e regenerativo. Na Celere, nós entendemos a importância da construção civil nesse processo. Por isso, convidamos A Economia B para trazer mensalmente para o Giro de Notícias uma informação relacionada ao nosso mercado que ajude a promover reflexões sobre como fazer isso, na prática.

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