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De olho na construção civil: as notícias que mexeram com o mercado em junho

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Saiba quais foram os principais acontecimentos que movimentaram a construção civil recentemente e podem impactar os seus negócios

Um dos segredos do sucesso em qualquer área de atuação é manter-se bem informado. Afinal, entendendo cenários e tendências, é possível se preparar melhor para encarar os desafios e conquistar bons resultados.

Por isso mesmo, seja você gestor de obras, engenheiro que trabalha em uma construtora ou incorporadora, sócio, CEO ou executivo de uma empresa do mercado de construção, acompanhar nosso Giro de Notícias deveria fazer parte da sua rotina. 

Aliás, que tal aproveitar e colocar o blog da Celere na sua barra de favoritos? Além do resumo mensal, publicamos artigos novos semanalmente. Orçamento, Gestão de obras, eficiência na construção civil, BIM, tendências e tecnologia são alguns dos temas mais frequentes por aqui!

Vamos ao resumo mensal de junho?

Emprego na indústria sobe em maio

Emprego na indústria da construção sobe em maio
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Maio costuma ser um mês de queda no emprego na construção no Brasil. Porém, este ano foi diferente… 

De acordo com a pesquisa  Sondagem da Indústria da Construção, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a capacidade operacional e o número de empregados na construção aumentaram no mês passado. 

O índice de evolução do emprego alcançou 50,7 pontos, superando os resultados de maio de 2022 e abril de 2023. Além disso, a utilização da capacidade operacional atingiu 67% – maior valor desde 2014. 

No entanto, apesar dos dados positivos com relação ao desempenho do setor, os índices de expectativas da indústria da construção para os próximos seis meses recuaram. 

Por fim, segundo o levantamento da CNI, o Índice de Confiança do Empresário (ICEI) teve uma alta de 0,3 ponto. Assim, foi de 51,9 pontos para 52,2 pontos.

De acordo com a entidade, por estar se afastando da linha de corte (50 pontos), a variação significa que o empresário do setor da construção está com uma confiança “ligeiramente maior e mais disseminada”.

Faturamento da indústria de materiais de construção cresce 0,3% em maio

A última edição da pesquisa Índice, elaborada pela FGV com dados do IBGE e divulgada pela ABRAMAT (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção) no dia 20 de junho, revelou que o faturamento deflacionado das indústrias de materiais registrou um aumento de 0,3% em maio em relação a abril. 

Porém, em comparação com o mesmo mês do ano anterior, o indicador retraiu 5,6%. Aliás, nos primeiros cinco meses de 2023, o faturamento da indústria de materiais de construção acumula queda de 3,8%.

Além disso, os dados consolidados de abril mostram que a indústria de materiais de construção teve um faturamento 4,7% menor em comparação com o mesmo mês do ano passado.

Os materiais básicos tiveram uma contração de 1,6%, enquanto os materiais de acabamento tiveram uma diminuição de 9,5% na comparação interanual.

A partir desses dados, depois de uma revisão, a estimativa preliminar do faturamento para 2023 passou a ser uma contração de 1,0% em relação a 2022.  

Custo Unitário Básico acumula alta de 1,49% em 2023

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O Custo Unitário Básico (CUB) da indústria da construção no Estado de São Paulo acumula alta de 1,49% em 2023, de acordo com dados do SindusCon-SP e FGV. Em maio, o CUB registrou variação positiva de 1,44% e, nos últimos 12 meses, uma alta de 4,79%.

O aumento foi impulsionado principalmente pela alta na mão de obra, com um reajuste de 4,6% devido ao dissídio coletivo.

O setor de material teve um aumento de 0,12% no mês e 1,12% nos últimos 12 meses, enquanto o setor administrativo teve alta de 1,11% em maio e 6,27% em 12 meses. Apesar do aumento recente, os números indicam que ainda há espaço para redução dos custos anuais.

A pandemia e a escassez de mão de obra e materiais impactaram os preços, que agora estão em um processo de deflação. A demanda por materiais de construção diminuiu devido ao alto desemprego, juros altos e queda na renda das famílias, o que contribui para a redução dos preços.

Leia também: Custo Unitário Básico – tudo o que você precisa saber e cuidados ao utilizar o CUB

FGV anuncia revisão metodológica de índice que mede inflação da construção

O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) anunciou uma revisão metodológica do Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) a partir de julho.

A nova estrutura terá alterações na cesta e no peso dos itens pesquisados. O objetivo do ajuste é refletir de forma mais realista a estrutura de custos do setor de construção.

Os pesos das regiões também serão modificados, com as cidades do Sudeste ganhando mais importância.

A nova cesta será composta por 79 tipos de materiais, equipamentos e serviços, incluindo 19 categorias de mão de obra relevantes.

Os custos dos materiais e equipamentos representarão 54,78% do novo INCC, os serviços 5,80%, e a mão de obra 39,42%.

Alguns itens – como servente, carpinteiro e engenheiro, por exemplo – perderam peso no cálculo do INCC, enquanto vergalhões, materiais elétricos e pedreiro ganharam importância.

Os preços continuarão sendo coletados em sete cidades, com alterações nas participações de cada uma delas.

A revisão da estrutura de ponderação do INCC visa torná-lo mais aderente à modernização dos processos construtivos e às diferentes categorias de construção.

O Ibre/FGV disponibilizará uma tabela de correspondência entre a estrutura antiga e a nova para orientação dos usuários do indicador.

Leia também: Estudo da CELERE revela o real impacto do aumento dos preços na construção civil

Índice da construção civil tem alta de 0,36% em maio 

O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) registrou um aumento de 0,36% em maio, subindo 0,27% em relação ao mês anterior. O acumulado nos últimos 12 meses foi de 6,13% (resultado abaixo dos 8,05% registrados nos 12 meses anteriores).

O custo nacional da construção por metro quadrado foi para R$ 1.699,79 no mês passado. Desse valor, R$ 1.004,40 são referentes aos materiais e R$ 695,39, à mão de obra.

Os materiais apresentaram uma queda de -0,24% em maio, enquanto a mão de obra teve um aumento de 1,24% devido ao aumento do salário-mínimo e a acordos coletivos em alguns estados.

Na Região Sudeste houve a maior variação mensal em maio, com destaque para São Paulo. As demais regiões apresentaram variações menores.

O estado do Maranhão registrou a maior taxa de aumento no mês, seguido pelo Distrito Federal e São Paulo, influenciados por acordos coletivos e reajustes nas categorias profissionais.

Leia também: Tabelas SINAPI: o que são e como devem ser utilizadas no orçamento de obras

Brasileiros no setor de construção se preocupam menos com o meio ambiente que a média global

Por A Economia B*

De acordo com uma pesquisa feita pela consultoria McKinsey, a construção civil é responsável – direta ou indiretamente – por quase 40% das emissões globais de CO₂ a partir da combustão de combustível e por 25% das emissões gerais de gases de efeito estufa, o que a faz um dos grandes focos da urgência climática. 

Porém, aparentemente nem todo mundo entendeu a gravidade desse problema… 

Segundo o Barômetro da Construção Sustentável, pesquisa realizada pela consultoria Saint-Gobain, apenas 51% dos profissionais brasileiros estão familiarizados com o conceito de construção sustentável – a média global é de 58%.  

A falta de treinamento e qualificação profissional é uma preocupação importante nos países em desenvolvimento, enquanto os custos são citados como a principal barreira global para a adoção de métodos sustentáveis.

O financiamento para a adoção de métodos sustentáveis também é considerado um obstáculo, apesar das previsões de investimento significativo no setor de construção até 2030. 

A gente não muda o mundo todo de uma vez. Porém, dá, sim, para fazer pequenas mudanças transformadoras no nosso cotidiano.

A Celere já publicou diversos artigos sobre sustentabilidade na construção. Ler todos eles é um ótimo primeiro passo para entender o que é possível fazer, como fazer e com quem fazer.

*A Economia B é uma plataforma de conteúdo jornalístico de negócios voltados a ajudar empresas de diversos setores a contribuírem para a construção de um futuro mais justo, equitativo e regenerativo.

Leia também: Sidac: a plataforma que mede a emissão de CO2 na construção civil

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