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Os benefícios da cultura de controle na gestão de obras

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Entenda a importância da cultura de controle para gerenciar as variações de custos na construção e tornar orçamentos mais precisos

Lidar com as variações nos custos de construção é um desafio comum entre os profissionais que trabalham com gestão de obras.

Como contamos neste artigo, existem algumas maneiras de mitigar flutuações inesperadas de preços de materiais e serviços – como a antecipação de compra e a análise estratégica para saber o melhor momento de adquirir os insumos. Porém, é importante entender que, quando se trata de desenvolver um orçamento realmente eficiente, uma cultura de controle é o que faz toda a diferença. 

Esse, aliás, foi um dos temas em pauta no INCORPOD 3 – evento em que Raphael Chelin (CEO da Celere), José Herbert Rocha de Almeida (engenheiro civil e sócio-diretor da Construtora Massai) e Fábio Nutini (arquiteto urbanista e diretor técnico da Construtora Mirman) debateram as variações de custos na construção.

Acompanhe os destaques da conversa.

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A importância da cultura de controle na gestão de obras

Durante o webinar, Raphael apresentou o estudo desenvolvido pela Celere que mostra que, entre 2019 e 2023, houve variações significativas entre os custos indicados pelo INCC e o aumento dos custos sentidos pelos gestores de obras – especialmente durante a pandemia. 

Na avaliação de Herbert, essa situação evidenciou a importância de os gestores acompanharem de perto as flutuações do mercado.

“Se enfrentarmos problemas como, por exemplo, importação de algum insumo ou mudanças políticas, é crucial estar atento para identificar tendências de alta ou baixa. Isso é particularmente verdadeiro para as commodities, cujo comportamento precisamos monitorar constantemente para ajustar nossas ações de mitigação”, ressalta. 

Ele comenta ainda que esse acompanhamento é essencial para reconhecer se o INCC reflete a realidade das variações. “É necessário estar muito atento, pois variações significativas em determinados itens podem ter um grande impacto nas obras. Precisamos estar preparados para ajustar e equalizar esses custos dentro do nosso mercado, acionando alertas quando necessário”, aponta. 

Análise do mercado e revisão orçamentária

Herbert destaca que a Massai realiza um controle constante junto ao setor de suprimentos para identificar as tendências de alta e baixa de cada grupo de insumos da cesta. O objetivo é manter o time sempre antenado às movimentações do mercado. 

Na sequência, ele acrescenta que, com base nas análises de mercado, a construtora revisa projetos periodicamente. Assim, consegue buscar maneiras de otimizar custos sem comprometer a qualidade. “É uma reengenharia que precisa ser feita diariamente. Nenhum construtor pode perder o foco nos custos. É essencial manter atenção constante para evitar perda de performance e potenciais resultados desastrosos”, reflete. 

Raphael Chelin ressalta que as variações de custos impactam significativamente a gestão da obra, exigindo que tais flutuações sejam consideradas no gerenciamento diário do contrato e na administração geral das obras. Segundo o CEO da Celere, essa revisão constante do orçamento com base nas variações do mercado é uma prática fundamental para garantir a viabilidade do projeto.

“É essencial realizar análises periódicas do orçamento, mapear riscos, identificar oportunidades e ajustar estratégias de acordo com as mudanças de custo. A revisão sistemática do orçamento, a análise de tendências e a comunicação eficaz são fundamentais para acompanhar e gerir os custos de forma eficiente”, indica. 

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A cultura de controle e a eficiência do projeto

A cultura do controle e a eficiência do projeto

Na visão dos especialistas que participaram do INCORPOD 3, o acompanhamento constante do mercado e de revisão estratégica do orçamento só acontece em organizações cuja cultura de controle está bem estabelecida.

Nessa linha, Fábio Nutini, arquiteto urbanista e diretor técnico da Construtora Mirman, salienta que a cultura de controle deve ser incorporada desde o início, independentemente do tamanho da empresa. 

“A implementação de uma cultura de controle permite o gerenciamento efetivo da obra, com ferramentas que facilitam o controle mensal, abrangendo todos os aspectos executados e a executar, e acompanhando os parâmetros de mercado, como o INCC. Essa abordagem assegura a criação de processos que se adaptam à estrutura existente, promovendo uma cultura de controle que previne surpresas no futuro”, aponta. 

Herbert concorda e reforça que a implementação da cultura de controle é função intrínseca do gestor. 

Ele compartilha que, muitas vezes, colocar processos de controle na prática pode ser desafiador, pois muitos veem isso como punição. Contudo, é possível superar essa visão equivocada, demonstrando que o objetivo é otimizar recursos e evitar desperdícios.

“A implementação dessa cultura de controle nos mostrou que, muitas vezes, pequenas ações podem resultar em economias significativas. Precisamos evitar criar processos excessivamente complexos ou onerosos, pois isso pode tornar a gestão impraticável e, em alguns casos, o custo de implementação pode superar os benefícios. Portanto, é crucial encontrar um equilíbrio, focando nas áreas que realmente trazem valor ao projeto. Isso garante que a cultura de controle seja genuína e sustentável, não apenas uma prática momentânea”, recomenda. 

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Inteligência dados a favor da cultura controle e da precisão do orçamento de obras

Imagem: DCStudio para Freepik

Tanto Fábio quanto Herbert enfatizaram o impacto positivo do trabalho com a Celere. Segundo eles, essa parceria elevou a precisão orçamentária e o detalhamento dos cálculos, facilitando a identificação de melhorias.

“A troca de conhecimento com a Celere, que tem parcerias em todo o Brasil, tem sido muito benéfica, permitindo comparações e ajustes baseados em desempenhos de outras regiões e empresas”, comenta Herbert. 

Ele reflete que o modelo de trabalho da Celere reforça a ideia de que o orçamento não deve ser uma estimativa inicial esquecida, mas sim um alvo constante, ajustado ao longo do projeto para refletir a realidade.

Fábio evidenciou o papel da Celere para que a Mirman possa ter uma visão clara dos custos em todas as etapas da obra. 

“A Celere nos fornece orçamentos de mercado enquanto elaboramos os projetos complementares, o que nos ajuda a definir as expectativas de custo desde o início. Isso inclui a revisão periódica do orçamento, que é uma prática essencial para entender e navegar pelas curvas A, B e C, onde podemos economizar desde o início até a execução da obra”, frisa. 

Ele conta ainda que a construtora mantém uma planilha de acompanhamento desenvolvida em conjunto com a Celere. Assim, é possível revisar mensalmente todas as tendências dos itens pendentes na obra, permitindo à Mirman antecipar problemas e se preparar para qualquer eventualidade.

“Essa abordagem proativa na análise de riscos, criação de contingências financeiras ou técnicas e revisão constante do projeto nos permite estar sempre à frente, preparados para mitigar riscos antes mesmo de eles se materializarem, garantindo que possamos atingir os objetivos previstos desde o início”, salienta. 

Entre em contato e entenda como a Celere pode ajudar a implementar uma cultura de controle em sua empresa. 

Quer saber mais sobre as variações de custos na construção nos últimos anos? 

O estudo desenvolvido pela Celere analisa flutuações de custos na construção. Além disso, revela como entender essas variações pode ajudar a tornar orçamentos de obras mais eficientes e os projetos mais lucrativos.

Em breve, ele estará disponível para download aqui. Fique de olho para não perder.

 

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