Saiba como montar um cronograma físico-financeiro de obras e entenda como esse tipo de controle pode aumentar a eficiência de seus projetos
Finalizar um empreendimento dentro do prazo estipulado e do orçamento previsto é o objetivo de todo gestor de obras. Porém, apesar da inegável importância desses indicadores, muitas empresas não os acompanham e controlam ao longo do projeto. Muitas vezes, aliás, o gestor se atenta a esses fatores quando já é tarde demais – ou seja, quando a obra já está atrasada e o orçamento já estourou.
Para evitar que isso aconteça, é fundamental que haja um controle contínuo da execução do planejamento e dos gastos do projeto. Ou seja, conforme a obra evolui, é preciso analisar se o que foi planejado (em termos de estrutura, design, materiais e custos) está sendo colocado em prática. Dessa forma, é possível identificar a tempo potenciais desvios e necessidades de ajustes e também antecipar imprevistos.
Uma das ferramentas que podem auxiliar nesse processo é o cronograma físico-financeiro de obras.
O que é um cronograma físico-financeiro de obras?
O cronograma físico-financeiro é uma ferramenta de controle que avalia o planejamento dos custos de acordo com a etapa física (ou construída) da obra, verificando quanto dos recursos do orçamento foram usados em cada fase.
Ou seja, esse documento detalha todas as atividades realizadas em cada etapa da obra, indicando seu progresso (bem como prazos de início e fim) e os custos envolvidos nelas.
O cronograma físico-financeiro de obras está previsto na NBR 1353 da ABNT. No que se refere ao controle das atividades executivas de uma obra, a norma especifica:
“3.3.6 – As atividades técnicas de projeto devem ser apresentadas em cronograma físico-financeiro que informe os prazos necessários, as datas dos eventos e os seus custos.”
É importante diferenciar um cronograma físico-financeiro de uma previsão de caixa ou cronograma de desembolsos. Afinal, o cronograma físico-financeiro considera os valores orçados das atividades, sem levar em conta outras questões importantes quando se trata de caixa – com parcelamentos, compras antecipadas para estoque e critérios de medição de terceiros, por exemplo.
Leia também: Dicas, ferramentas e metodologias para acompanhamento e controle de obras
Exemplo de cronograma físico-financeiro:
Benefícios do cronograma físico-financeiro
Estas são algumas das vantagens do uso do cronograma físico-financeiro de obras:
#1 Melhor planejamento
A montagem do cronograma físico-financeiro demanda uma análise detalhada de todas as atividades e custos envolvidos em cada etapa da obra. Isso, por si só, ajuda a dar um panorama mais claro das necessidades da obra.
Com essas informações em mãos, fica mais fácil se preparar e se planejar antecipadamente, evitando surpresas desagradáveis e custos extras inesperados.
Leia também: 5 melhores práticas para a fase de pré-obra
#2 Mais controle
Ao acompanhar passo a passo a execução das atividades, é possível verificar se o planejamento da construção está sendo seguido. Assim, o gestor consegue identificar atrasos que podem prejudicar o cumprimento do prazo de entrega.
Além disso, o controle em relação ao cumprimento do orçamento traz mais segurança financeira ao projeto, garantindo um fluxo de caixa saudável e evitando custos inesperados.
Leia também: Acompanhamento e controle de obra: o segredo para a melhoria contínua na gestão de obras
#3 Melhor comunicação
O desenvolvimento do cronograma físico-financeiro exige a participação de diferentes partes envolvidas no projeto – engenheiros, orçamentistas, gestores de obras, coordenadores do canteiro de obras etc.
Sendo assim, essa ferramenta acaba contribuindo também para melhorar a comunicação entre as diferentes áreas. Afinal, por meio dela, todos ficam a par do que se espera em cada etapa da obra.
Leia também: Como melhorar a comunicação em projetos de construção civil
#4 Mais transparência
O cronograma físico-financeiro também é uma importante ferramenta de prestação de contas. Afinal, o detalhamento da execução da obra e o cumprimento do orçamento geram mais transparência e aumentam a credibilidade.
É por isso, aliás, que muitos casos exigem um cronograma físico-financeiro como forma de monitorar o andamento da obra – como contratos de licitações e/ou financiamentos, por exemplo.
Leia também: Indicadores de performance na construção civil
#5 Melhor previsão de gastos
Como essa ferramenta fornece uma previsão de gastos mais detalhada, ela permite ter uma avaliação mais realista sobre o potencial Retorno sobre Investimento (ROI). Por isso mesmo, o cronograma físico-financeiro também é utilizado por investidores em estudos de viabilidade financeira.
Leia também: A relação entre o orçamento e o ROI na construção civil
4 etapas do desenvolvimento de um cronograma físico-financeiro
Na prática, um cronograma físico-financeiro consiste na junção do orçamento com o cronograma (planejamento da obra). Ou seja, ele estabelece o valor orçado para cada uma das atividades deste cronograma. Então, para montá-lo, é necessário desenvolver o orçamento, o planejamento e depois uni-los em uma EAP de planejamento.
Vamos ao detalhamento de cada etapa.
1) Desenvolver o orçamento da obra
O cronograma físico-financeiro utiliza o orçamento como balizador de peso percentual que cada atividade terá no total da obra. Portanto, antes de mais nada, é fundamental desenvolver um orçamento detalhado.
Essa, aliás, é a especialidade da CELERE. Nós ajudamos nossos clientes a desenvolverem orçamentos eficientes em todas as fases do projeto.
Fazemos isso por meio de dois serviços que, seguindo os conceitos de ceiling price e target price, obtêm custos preliminares e detalhados, de acordo com a etapa do projeto.
Dessa forma, ajudamos as empresas a detalhar o orçamento de forma minuciosa desde o início do projeto – evitando mudanças no projeto ao longo do desenvolvimento da obra.
Conheça o Budget Express e o Budget Analytics:
Budget Express
Este é um orçamento preliminar, que realizamos quando ainda não há projetos complementares ou muitas definições de especificações da obra.
O Budget Express serve como orçamento meta, com objetivo de garantir o custo de construção que foi ou será definido na análise de viabilidade. Portanto, ele obtém o ceiling price.
“Desenvolvemos esse orçamento preliminar por meio de modelos BIM e parâmetros do nosso banco de dados. Entregamos o orçamento em um prazo de duas a três semanas, com um nível de assertividade de 97% a 95% do custo deste produto”, explica Carlos Eduardo Roginski, sócio-diretor da Celere.
Saiba mais: Budget Express: Como desenvolver orçamentos preliminares mais precisos em projetos de construção
Budget Analytics
Esse é um orçamento executivo, que gera até 400 vezes mais dados e permite a análise de custos (curva ABC) por ambiente.
Com o Budget Analytics, é possível, por exemplo:
- Entender a necessidade do cliente e realizar um orçamento adequado à sua realidade.
- Destrinchar dados para facilitar a tomada de decisão com o objetivo de reduzir custos de diferentes serviços.
- Criar diferentes cenários e simular a troca de algum acabamento ou até a troca de alguma metodologia construtiva, visando reduções ou otimizações.
- Elaborar indicadores de projetos e indicadores de custos para cada disciplina, detalhados no último nível de abertura. Assim, cria-se um banco de indicadores comparativos que permite a avaliação da eficiência de cada projeto.
- Rastrear 100% dos serviços levantados e segurança da consistência orçamentária.
“Com isso, é possível identificar e alterar custos, com uma média de redução de cerca de R$100/m2. Além da economia com custos de gestão de obra durante a execução do projeto, com todos os quantitativos detalhados também é possível economizar com suprimentos, contratações e medição. Esse tipo de serviço gera o target price”, detalha o sócio da CELERE.
Saiba mais: Budget Analytics: a evolução do big data chegou ao mercado de construção
2) Criar o cronograma da obra
Criar uma EAP: O primeiro passo é dividir todo o projeto em etapas. Consulte o planejamento de obra para separá-lo em pacotes de trabalhos. Esses pacotes devem descrever todas as atividades que serão desenvolvidas, todos os materiais necessários e a mão de obra.
Ao lado de cada pacote de trabalho, indique os prazos para cumprimento das etapas e quanto cada uma custará para o projeto, com base em seu custo global.
3) Sequenciar as atividades
Com as atividades separadas, especifique detalhadamente em qual momento do projeto cada atividade deve ser executada. Depois, defina a ordem delas, revisando os materiais e a mão de obra necessária em cada uma.
É nesse momento que é preciso definir questões como, por exemplo:
- Materiais que chegam primeiro;
- Onde e como será feito o armazenamento de cada material;
- Atividades que acontecerão simultaneamente;
- Atividades que podem passar na frente de outras de forma independente em caso de imprevistos – como problemas com entrega de material e com pessoal.
4) Consolidar o cronograma físico-financeiro
A consolidação do cronograma físico-financeiro é a união do orçamento com o planejamento. Ou seja, coloca o valor orçado para cada atividade do planejamento.
Ponto de atenção: quando bem feitas (de forma detalhada), as EAPs de planejamento e orçamento não coincidem. Então, é preciso fazer uma correlação (de X para) entre estas EAPs. Para isso, é importante que principalmente o orçamento seja feito de forma muito detalhada, e não macro. Isso torna mais fácil e possível colocá-lo dentro da estrutura de planejamento, formando assim o cronograma físico-financeiro.
Quer entender como a CELERE pode desenvolver orçamentos preliminares e também definir custos de maneira específica e detalhada para seus projetos de construção?
Entre em contato e saiba como nossos orçamentos podem ajudá-lo no processo de tomada de decisão, visando redução de custo e aumento de precisão e efetividade do planejamento financeiro.