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Indústria da construção inicia o ano com resultado acima das expectativas

Indústria da construção inicia o ano com resultado acima das expectativas

Existe um ditado que diz que, no Brasil, “o ano só começa depois do Carnaval”. Mas, definitivamente, isso não é verdade na indústria da construção. Nosso Giro de Notícias de fevereiro mostra que o mercado de construção civil já estava a todo vapor antes do carnaval…

A seguir, trazemos os detalhes das seguintes manchetes: 

  • Desempenho da indústria da construção supera expectativas em janeiro.
  • Vendas da indústria de materiais caem 2% em janeiro.
  • Vendas de cimento caem em janeiro, mas perspectiva para 2024 é positiva.
  • Custo Unitário Básico da construção em São Paulo fica estável em janeiro.
  • Preços da construção civil têm variação de 0,19% em janeiro.
  • Startup usa IA para calcular impacto da crise climática no mercado imobiliário.

Boa leitura!

Desempenho da indústria da construção supera expectativas em janeiro

A pesquisa Sondagem Indústria da Construção, desenvolvida pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), revelou que apesar de o nível de atividade e o número de empregados da Indústria da Construção terem caído em janeiro, ainda assim ambos apresentaram comportamento médio acima do esperado para o mês. 

  • O índice de evolução da atividade da indústria ficou em 45,4 pontos (queda de 2,3 pontos) – um ponto acima da média para janeiro.
  • O índice de evolução do número de empregados na construção diminuiu 0,6 ponto, registrando 44,9 pontos. Essa é a terceira queda consecutiva do indicador. Apesar disso, ele também permanece acima da média histórica para o mês (44,1 pontos).

Sondagem Indústria da Construção

Além disso, a Sondagem Indústria da Construção revelou que o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) da indústria da construção caiu 2,1 pontos em fevereiro em comparação com janeiro de 2024, ficando em 53,4 pontos. 

A queda indica uma menor intensidade e disseminação da confiança no setor. Porém, como o índice permanece acima dos 50 pontos, é possível dizer que a confiança continua presente no mercado.

Confiança do empresário na construção civil apresenta leve queda em fevereiro

Vendas da indústria de materiais caem 2% em janeiro

Em janeiro, o faturamento deflacionado das indústrias de materiais apresentou uma queda de 2% em comparação com o mesmo período de 2023, indicando um início de ano desafiador para o setor. Além disso, houve uma redução de 1,7% em relação a dezembro de 2023.

Esses dados fazem parte da última edição da pesquisa Índice da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), elaborada em parceria com a FGV e utilizando dados do IBGE. 

O estudo destaca ainda que o faturamento deflacionado dos materiais básicos recuou 2,5% em janeiro, enquanto os materiais de acabamento apresentaram uma queda de 1,2% em relação ao mesmo mês do ano passado. 

No acumulado de 2023, o setor registrou uma queda de 2% no faturamento. Porém, a Abramat projeta uma retomada em 2024, prevendo um crescimento de 2% no faturamento total deflacionado.

Em nota, Rodrigo Navarro, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção, expressou otimismo para 2024, destacando fatores como a reforma tributária, retomada de obras públicas e lançamento de materiais inovadores. 

Navarro também mencionou a necessária recuperação do varejo e expectativas de mais lançamentos no mercado imobiliário, que podem contribuir para um ano robusto no setor.

Vendas de cimento têm queda em janeiro, mas perspectiva para 2024 é positiva

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De acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC), 4,8 milhões de toneladas de cimento foram vendidas em janeiro no Brasil. Esse resultado representa uma queda de 2,4% em relação ao mesmo período de 2023. 

Apesar de uma alta de 5,9% em comparação com dezembro de 2023, a análise por dia útil revela uma retração de 2,1% nas vendas de cimento em relação a janeiro do ano passado e de 0,6% em comparação com o mês anterior. 

O SNIC destaca que o desempenho fraco de 2023 parece persistir, influenciado por fatores como juros elevados, endividamento e queda na confiança do consumidor. Porém, a entidade projeta um crescimento de 2% no consumo de cimento em 2024, impulsionado por programas governamentais e mudanças nas condições econômicas ao longo do ano.

Paulo Camillo Penna, presidente do SNIC, observa que, embora as expectativas sejam favoráveis, a recuperação para compensar as perdas acumuladas em 2022 e 2023 ainda está distante. 

A indústria espera um aumento na massa salarial, crédito mais acessível devido à redução dos juros e programas governamentais – como ‘Desenrola’ e ‘Minha Casa Minha Vida’ – para impulsionar a atividade da construção e melhorar o desempenho do setor de cimento.

Custo Unitário Básico da construção em São Paulo fica estável em janeiro

Custo Unitário Básico da construção em São Paulo fica estável em janeiro

O Custo Unitário Básico (CUB) global da indústria da construção do Estado de São Paulo permaneceu estável em janeiro. No acumulado dos últimos 12 meses, porém, o índice – que é essencial nos registros de incorporação de empreendimentos imobiliários – teve alta de 2,37%.

De acordo com o SindusCon-SP e a FGV, no desdobramento do CUB, os custos administrativos (representados pelos salários dos engenheiros) permaneceram inalterados no mês, com uma variação positiva de 2,71% em 12 meses. 

A mão de obra apresentou uma variação positiva de 0,02%, enquanto os custos com materiais tiveram uma variação negativa de 0,03% no mês. 

No geral, o CUB representativo da construção paulista, ou CUB onerado, ficou em R$ 1.957,89 por metro quadrado em janeiro.

Nas obras beneficiadas pela desoneração da folha de pagamentos, o CUB também registrou uma variação nula em janeiro. Em 12 meses, porém, houve aumento de 2,21%. 

Nesse contexto, o CUB desonerado ficou em R$ 1.826,50 por metro quadrado. Os custos dos insumos apresentaram variações, com 18 itens mostrando aumentos, incluindo brita, esquadrias de alumínio e cimento, enquanto outros 24 itens registraram variações acima do IGP-M em 12 meses, destacando a dinâmica do mercado de insumos na construção civil.

Leia também:
CUB e INCC: no que se diferenciam e como podem impactar o orçamento de obras?

Preços da construção civil registram variação de 0,19% em janeiro

Preços da construção civil registram variação de 0,19% em janeiro
Imagem: DCStudio para Freepik

O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), divulgado pelo IBGE, apresentou variação de 0,19% em janeiro, queda de 0,07 ponto percentual em relação a dezembro (0,26%). Esse resultado marca a menor variação para janeiro desde o início da série histórica que considera a desoneração da folha de pagamento no segmento da construção civil, iniciada em julho de 2013. 

O custo nacional da construção por metro quadrado foi de R$ 1.725,52, dividido entre R$ 1.003,26 relativos aos materiais e R$ 722,26 à mão de obra.

A parcela da mão de obra teve uma variação de 0,27%, impulsionada pelo reajuste do salário-mínimo nacional para 2024. Já a parcela dos materiais apresentou uma variação de 0,14%, uma queda de 0,13 ponto percentual em relação a dezembro do ano anterior. 

No acumulado dos últimos 12 meses, a parcela dos materiais registrou +0,23%, e a parcela da mão de obra atingiu +5,65%. 

A Região Norte liderou as variações regionais em janeiro, com um aumento de 0,60%, destacando-se Tocantins, que registrou alta de 0,95%.

Produzido em conjunto pelo IBGE e pela Caixa, o Sinapi é fundamental na programação de investimentos, principalmente para o setor público. Os dados do Sinapi auxiliam na elaboração, análise e avaliação de orçamentos na construção civil, sendo uma ferramenta essencial para a atualização de valores em contratos e orçamentos no setor. A próxima divulgação do Sinapi, referente a fevereiro, está programada para o dia 12 de março.

Startup usa IA para calcular impacto da crise climática no mercado imobiliário

Por A Economia B*

É inegável que a crise climática existe e impacta a vida de cada vez mais pessoas. Nesse contexto, entender especificamente como as mudanças do clima podem atingir o seu dia a dia é fundamental para encontrar caminhos para mitigar eventuais problemas.

Neste sentido, o trabalho da startup Climate Alpha merece destaque. 

A empresa, que tem sede em Singapura, desenvolveu uma plataforma para ajudar proprietários e investidores imobiliários a analisar o impacto das alterações climáticas no setor.

A aplicação da tecnologia implica uma transformação na maneira como construtoras, incorporadoras e investidores avaliam e gerenciam riscos. Na prática, essa inovação aumenta a eficiência na seleção de investimentos e gestão de imóveis. Além disso, reforça a segurança e a previsibilidade em um mercado cada vez mais influenciado por eventos ambientais extremos.

*A Economia B é uma plataforma de conteúdo jornalístico de negócios voltados a ajudar empresas de diversos setores a contribuírem para a construção de um futuro mais justo, equitativo e regenerativo. Na Celere, nós entendemos a importância da construção civil nesse processo. Por isso, convidamos A Economia B para trazer mensalmente para o Giro de Notícias uma informação relacionada ao nosso mercado que ajude a promover reflexões sobre como fazer isso, na prática.

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