Entenda o grande desafio de eficiência da construção e saiba como elevar a produtividade e a inteligência estratégica da gestão de obras usando a inteligência de dados
Obras atrasadas, orçamento estourado, desorganização, estresse e burnout.
Infelizmente, tudo isso é comum em projetos de construção. Você se identifica com esse cenário?
Em mais de 20 anos de experiência, o engenheiro Guilherme David já presenciou e sentiu na pele todos esses problemas na gestão de obras. Hoje, porém, o fundador da GD Soluções Integradas e sócio-fundador da construtora Vibrion vive um momento diferente…
Raphael Chelin, fundador e CEO da Celere, conversou com Guilherme para debater os principais desafios e entraves que bloqueiam a produtividade e a lucratividade na gestão de obras e entender como Guilherme superou esses desafios e atingiu um nível de eficiência e inteligência estratégica inédito no mercado.
Essa história deixa excelentes lições para todo gestor de obra de construtora ou incorporadora que entende que é possível encontrar formas de não apenas conseguir resultados melhores, mas fazer isso de forma mais saudável. Acompanhe!
A origem de todos os problemas: falta de planejamento
Ao longo de sua carreira, Guilherme desempenhou diferentes papéis até chegar a cargos de direção. Além disso, esteve envolvido na estruturação de um departamento de qualidade e na criação de um setor de planejamento e controle. Também desenvolveu sistemas de gestão para a engenharia de uma construtora.
Com o passar dos anos, o engenheiro entendeu que existia uma relação de causa e efeito nos principais problemas que afligem o mercado de construção.
“Por conta de todas as experiências que tive, em diferentes áreas e cargos, comecei a notar padrões de erros que acontecem em todas as construtoras, em praticamente todas as obras: sempre problemas relacionados à desorganização da operação. É como se o mercado não aprendesse com os erros, cometendo sempre as mesmas falhas o tempo todo”, analisa.
Guilherme identificou que, seja qual for o tamanho da empresa e da obra, a raiz do problema da desorganização era sempre a mesma: falta de planejamento e falta de comunicação entre as áreas.
“A origem de grande parte dos problemas na gestão de obras é a falta de um bom planejamento que perdure de ponta a ponta. As construtoras costumam ser excessivamente departamentalizadas. Existem diversas áreas – como produtos, projetos, orçamento – que não se comunicam entre si. Essa falta de integração nas etapas da cadeia produtiva gera uma série de problemas em efeito cascata, que se manifestam na obra. Então, quando uma obra estoura os prazos ou custos, por exemplo, isso se deve – em grande parte – a um planejamento ineficiente”, frisa.
Problemas culturais que impedem mudanças no mercado
Mas, se esse é um problema comum, por que continua acontecendo?
O sócio da Vibrion explica que, quando as coisas não vão bem, muitos gestores buscam explicação em fatores externos (economia, juros, inflação). Porém, deveriam olhar para aquilo que podem controlar: sua própria operação e estilo de gestão.
Além disso, ele cita também o fato de que as pessoas acabam se acomodando, simplesmente aceitam que “é assim que o mercado funciona”.
“Eu já vi muitos amigos precisarem sair de obras em ambulâncias. Alguns tiveram que ser internados por estresse absoluto e exaustão mental, incapazes de continuar. Eu mesmo já tive burnouts, que hoje vejo que poderiam ter sido evitados. Ou seja, as pessoas estão perdendo saúde no trabalho. Não é possível que as empresas se organizem de tal maneira que isso acabe acontecendo. Como pode haver produtividade com uma pessoa nesse estado mental?”, reflete.
Foi justamente por isso que ele decidiu deixar o cargo de direção que ocupava para abrir uma consultoria: a GD Soluções Integradas. “Foi um chamado pessoal. A minha verdadeira missão é desenvolver pessoas para ajudar a mudar esse cenário”, frisa.
Nesse sentido, ele conta que para transformar essa realidade é preciso mudar a forma de liderar e a maneira de gerenciar as obras, dando mais ênfase ao planejamento e focando na preparação necessária na fase pré-obra.
“São pequenas decisões da liderança que podem fazer a diferença. É a pessoa falar: eu vou fazer as contas que precisam ser feitas, vou fazer o trabalho que precisa ser feito. Se há uma gestão de obras eficiente, se há uma liderança inspiradora, as chances de sucesso são muito maiores”, ressalta.
Indo além, ele conta que sua intenção é criar um movimento de pessoas que não aceitam o status quo, que querem fazer diferente.
“Quero estimular as lideranças a entenderem que é preciso, sim, cobrar seu time, mas também é necessário criar condições e oferecer metodologias e ferramentas adequadas. Para se ter uma ideia, tenho clientes que triplicaram seus lançamentos sem precisar contratar mais, graças à reorganização da equipe e dos processos de gestão de obras”, detalha.
Leia também: A importância da gestão integrada na engenharia pré-obra
Um caminho melhor é possível: a inteligência de dados como base da gestão de obras
Depois de atuar alguns anos com a consultoria, Guilherme decidiu abrir a Vibrion Inteligência e Construção, construtora em que tem como sócio seu parceiro Pedro Esper.
O propósito continuou o mesmo: ajudar a transformar o mercado de construção civil. Dessa vez, porém, dando o exemplo na prática, em seu próprio negócio.
Para ajudá-lo nessa missão de provar que é possível elevar a eficiência e a produtividade da construção sem destruir a saúde mental dos profissionais, a Vibrion buscou o apoio da Celere.
Guilherme conta que, desde o primeiro dia da Vibrion, se propôs a fazer diferente: ele não busca “apenas” entregar boas obras, mas também agregar valor a cada projeto. A proposta é ter um negócio totalmente integrado, tecnológico, com inteligência na cadeia inteira, de ponta a ponta. A Celere se encaixa perfeitamente nessa visão.
Além disso, ele detalha que outro diferencial importante da Celere é o checklist fornecido na fase de coleta de dados.
“Quando percebi a qualidade do banco de dados e checklist de análise que a Celere oferecia antes de iniciar o orçamento, com todas aquelas perguntas cruciais, que geralmente não são consideradas nas empresas, fiquei impressionado. Com essa metodologia, todas as decisões importantes são tomadas durante o orçamento, no momento certo, e todas as informações necessárias para prosseguir estão disponíveis”, conta.
Por fim, Guilherme destaca que o processo da Celere faz muito sentido especialmente quando se leva em conta erros de orçamento comuns. Ele cita, por exemplo, o fato de que, muitas vezes, as pessoas não param para analisar detalhadamente o projeto no momento mais adequado, não fazem as perguntas certas para obter definições precisas.
“As informações de pré-orçamentação e pós-orçamentação oferecidas pela plataforma da Celere resolvem esse problema e se encaixam perfeitamente nesse modelo de negócio que acreditamos ser sinônimo de maturidade e inteligência – aplicados no momento certo para gerar mais valor”, conclui.