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Desempenho da construção civil fica aquém das expectativas em 2023

Desempenho da construção civil fica aquém das expectativas em 2023

Dezembro nem terminou e já trouxe diversas notícias importantes para a construção civil brasileira. Apresentamos os detalhes de cinco delas no último Giro de Notícias do ano.

Boa leitura!

Construção deve fechar o ano com queda

No início deste mês, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) revisou a projeção de desempenho da construção e indicou que o setor deve fechar o ano com queda de 0,5%. Esse resultado frustra as expectativas iniciais de crescimento de 2,5%. 

Em entrevista coletiva, Ieda Vasconcelos, economista da CBIC, disse que o desempenho abaixo do esperado se deve ao impacto significativo das taxas de juros elevadas dos últimos anos, que desaceleraram vários setores produtivos.

O levantamento da CBIC divulgado no dia 08 de dezembro indica ainda uma queda de 3,8% no PIB do setor no terceiro trimestre de 2023 em relação ao trimestre anterior. Fatores como a demora no anúncio das novas condições do programa Minha Casa Minha Vida e a incerteza econômica também contribuíram para esse resultado. 

Apesar disso, os números de emprego formal mostram que a construção continua contribuindo para a economia nacional. Só em outubro, o setor empregou 2,675 milhões de trabalhadores com carteira assinada – o maior número desde julho de 2015 (2,693 milhões). 

O estudo disponibilizado pela CBIC também mostrou que de janeiro a outubro de 2023 houve um crescimento de 10,49% no número de empregos formais criados. Nos últimos 12 meses encerrados em outubro, o aumento foi de 6,21%. 

Construção deve fechar o ano com queda

Para 2024, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção projeta crescimento de 1,3% na indústria da construção. 

Na visão de Renato Correia, presidente da CBIC, contribuem para esse cenário:

  • Continuidade da queda das taxas de juros
  • Avanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 
  • Expectativa de crescimento no mercado econômico com o novo ciclo do programa Minha Casa Minha Vida.

Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) varia 0,08% em novembro

O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) apresentou uma variação de 0,08% em novembro. Com esse resultado, o acumulado nos últimos 12 meses ficou em 2,36% – abaixo dos 2,44% registrados no período anterior. 

Além disso, o custo nacional da construção por metro quadrado passou de R$ 1.716,30 em outubro para R$ 1.717,71 em novembro. Desse valor, R$ 999,15 são referentes a materiais e R$ 718,56, à mão de obra.

A Região Norte registrou a maior variação regional pelo terceiro mês consecutivo – com 0,18%. Esse resultado foi impulsionado pelo aumento na parcela dos materiais em cinco dos sete estados. As demais regiões apresentaram os seguintes desempenhos: 

  • Nordeste: 0,14%
  • Sudeste: 0,06%
  • Sul: 0,13%
  • Centro-oeste: -0,17% (Centro-Oeste)

Venda de imóveis cresce 22,2% no acumulado de 2023

O número de novos imóveis comercializados no Brasil aumentou 22,2% no acumulado de janeiro a setembro de 2023, quando comparado ao mesmo período do ano passado.

Venda de imóveis cresce 22,2% no acumulado de 2023

Os dados, provenientes do indicador ABRAINC-FIPE, compilam informações de 20 empresas associadas à Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) em colaboração com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE).

O programa Minha Casa, Minha Vida desempenhou um papel crucial nesse avanço, apresentando aumento de 22,9% no volume de unidades comercializadas e de 32,9% no valor das vendas nos nove meses avaliados. O segmento de Médio e Alto Padrão (MAP) também demonstrou resultados positivos, com um crescimento de 18,9% nas unidades comercializadas e 13% no valor das vendas.

Na avaliação de Luiz França, presidente da ABRAINC, os números refletem as dinâmicas do mercado imobiliário brasileiro. Além disso, ele destaca a importância de programas de habitação popular – como o Minha Casa Minha Vida – para combater o déficit de moradias. 

“A performance do setor imobiliário em 2023 vem mostrando resiliência frente aos diversos desafios enfrentados ao longo do ano, como a alta taxa do financiamento habitacional. Em 2024, se continuarmos com o processo de redução da taxa Selic, o setor da incorporação certamente será um protagonista no processo de crescimento econômico e geração de empregos”, avalia.

Indústria de materiais de construção apresenta otimismo cauteloso em novembro

44% dos associados da Abramat relataram um bom desempenho em novembro, enquanto 39% consideraram o período regular e 11% o classificaram como ruim.

Foi o que revelou a última edição da pesquisa Termômetro da Indústria de Materiais de Construção.

Rodrigo Navarro, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), avalia que o momento é de otimismo cauteloso. Ele atribui a percepção a fatores como:

  • Esperada queda nas taxas de juros;
  • Melhoria gradual do crédito;
  • Retomada de obras de infraestrutura.

Para dezembro, a expectativa é de regularidade para 56%, com 22% expressando otimismo e 17% prevendo um mês desafiador para os negócios. 

Nos próximos 12 meses, apenas 44% das indústrias associadas planejam investir. Isso representa uma queda de 28 pontos percentuais em comparação com novembro de 2022.

Mudanças climáticas afetam indústria do cimento

Segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC), as vendas de cimento totalizaram 5,3 milhões de toneladas em novembro, uma queda de 1,7% em relação ao mesmo mês do ano passado. 

Os números também foram negativos no acumulado de 2023 até novembro. Houve uma queda de 1,8% em comparação com o mesmo período de 2022, atingindo 57,5 milhões de toneladas.

Entre as principais causas da queda do desempenho do setor estão:

  • Condições climáticas adversas (temperaturas extremas, chuvas acima da média e secas);
  • Endividamento das famílias atingindo 76,6%;
  • Retração de 2,4% nas vendas de materiais de construção no varejo até outubro.

Startup transforma plástico reciclado em blocos de construção de qualidade

Startup transforma plástico reciclado em blocos de construção de qualidade

Por A Economia B*

Com o agravamento da crise climática, cada vez mais surgem empresas que nascem com o propósito de resolver problemas específicos que contribuem para o aquecimento global e suas consequências.

Esse é o caso da ByFusion, uma startup que desenvolveu o primeiro material de construção de grau industrial feito inteiramente a partir de resíduos plásticos reaproveitados, frequentemente não recicláveis.

A ByFusion utiliza principalmente unidades de processamento totalmente elétricas para fabricar tijolos que geram 83% menos poluição por carbono na produção do que blocos de concreto. 

A empresa espera levar seus blocos para o mercado global e tem a meta de reutilizar 100 milhões de toneladas de plástico até 2030.

Uma solução que tem o potencial de mudar o mundo.

*A Economia B é uma plataforma de conteúdo jornalístico de negócios voltados a ajudar empresas de diversos setores a contribuírem para a construção de um futuro mais justo, equitativo e regenerativo. Na Celere, nós entendemos a importância da construção civil nesse processo. Por isso, convidamos A Economia B para trazer mensalmente para o Giro de Notícias uma informação relacionada ao nosso mercado que ajude a promover reflexões sobre como fazer isso, na prática.

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