Entenda como o acompanhamento de indicadores pode traçar um panorama mais preciso da saúde da obra, indicar possíveis melhorias e evitar prejuízos e danos
Na medicina, os check-ups têm o objetivo de prevenir doenças e verificar as condições de saúde de um paciente. Normalmente, diversos tipos de exames são realizados e, para traçar o diagnóstico, o médico utiliza indicadores e parâmetros para avaliar os resultados e concluir se estão normais ou se é necessário algum tratamento específico.
Um caminho parecido poderia ser seguido na construção civil. Porém, verdade seja dita: estamos muito longe disso!
No Brasil, por exemplo, não sabemos como está a “saúde” da maioria das obras – seja no aspecto financeiro, técnico ou legal. Na maioria das vezes, analisar os mais diversos indicadores de custos, prazos, projetos, qualidade e fornecedores com o devido critério é algo que está fora da rotina das equipes de engenharia.
No entanto, nós acreditamos que é preciso mudar isso!
A seguir, entenda a importância de se utilizar indicadores na gestão de obras, saiba como isso está relacionado à evolução do mercado e de tecnologias de análise de dados e entenda de que maneira a Celere está acompanhando esses movimentos.
O que a construção pode aprender com o setor da saúde no que diz respeito à análise de indicadores
O setor da saúde sempre investiu em estudos e pesquisas para avançar em seus processos e tratamentos. Além disso, a cultura do compartilhamento de informações é bastante forte na área científica – seja através da publicação de pesquisas e artigos, ou em congressos.
Ao mesmo tempo, nas últimas décadas, o aumento de dados gerados e o aprimoramento das técnicas de análise dessas informações permitiram melhorar ainda mais os processos e a eficiência no atendimento a pacientes.
Especialistas afirmam, por exemplo, que a evolução da inteligência artificial permitirá prever possíveis mudanças na saúde de pacientes. Neste sentido, aliás, o futurista Ross Dawson, fundador da Future Exploration Network, explica que graças ao progresso das tecnologias de análise de dados, já é possível detectar potenciais problemas de saúde e, a partir disso, indicar mudanças específicas no estilo de vida de pacientes para prevenir doenças antes mesmo do surgimento de sintomas.
E no mercado de construção?
Por outro lado, porém, o setor de construção brasileiro nunca teve essa preocupação com a organização e o estudo de dados. Além disso, as áreas atuantes nesse mercado sempre foram muito dispersas e pouco colaborativas.
Nos raros casos em que acontecia, o compartilhamento de informações, de cases e aprendizados sempre foi limitado ao ambiente interno das empresas – que, inclusive, utilizavam isso como uma vantagem competitiva.
Por muito tempo, a difusão de conhecimento de forma consistente aconteceu apenas no setor acadêmico e por meio de algumas consultorias. E ainda, os eventos e congressos sempre foram muito superficiais em relação aos cases de sucesso, sem muito detalhamento sobre insights e aprendizados.
Essa cultura conservadora em relação à disseminação do conhecimento fez com que a capacidade de evoluir e inovar com rapidez ficasse restrita às empresas de maior porte. Consequentemente, a velocidade de disseminação do conhecimento foi extremamente lenta no mercado como um todo.
Devido à essa lentidão na difusão de informações, o setor de construção também teve uma transformação digital tardia – iniciativas em novas tecnologias e processos demoraram para decolar em nosso mercado. Como resultado, a construção está entre os setores menos digitais do mundo.
Mas esse cenário está mudando rapidamente…
Com a expansão das redes sociais, o crescimento das startups e o progresso da cultura digital em outras áreas, essa realidade conservadora do mercado de construção está perdendo cada vez mais espaço.
Prova disso é que uma quantidade significativa de startups do setor – as chamadas construtechs – vem surgindo e trazendo mais velocidade, tecnologia e inovação para os processos construtivos.
Esse movimento, muito mais colaborativo e integrado, está forçando o setor a se mexer. Com a velocidade da inovação e das mudanças de mercado, não fazer nada é o maior risco que as empresas de construção podem correr.
Como funcionaria o check-up e a análise de indicadores na construção civil?
Imagine um cenário em que poderíamos fazer um verdadeiro check-up em um empreendimento, para saber se ele está “doente”, se poderá “adoecer” no futuro, quais são as áreas em risco e quais são os sintomas de alerta…
Como seria essa realidade?
Primeiramente, seria preciso avaliar todos os indicadores do projeto, com foco em detectar pontos de possíveis ineficiências, levando em consideração o local e a tipologia do empreendimento.
Estamos falando de dados específicos e certeiros, que levam em consideração o perfil da obra, o contexto do empreendimento e as necessidades dos clientes finais. Ou seja, seriam analisados parâmetros como, por exemplo:
✓ Relação área privativa por área construída
- Será que essa relação está saudável para o empreendimento?
- Ou existem pavimentos em que cabe a diminuição das áreas comuns?
✓ Possibilidades de otimização de revestimentos
- Para este tipo de empreendimento, algumas das áreas molhadas poderiam ser entregues com menos revestimento de parede?
- Neste padrão e na cultura desta região, poderia entregar mais?
✓ Relação entre fachada e área construída
- Será que existe um outro tipo de planta mais eficiente para diminuir a área da fachada?
✓ Possibilidades de otimizações de especificações
- Para o padrão do empreendimento, existe alguma especificação (memorial) acima em algum ambiente?
- Qual é o impacto e quanto é a variação comparado com o que seria normal?
Pense que a avaliação desses pontos seria realizada como uma leitura de um exame de sangue, em que já se sabe o que é considerado normal. Então, este check-up (relatório) apontaria exatamente as distorções desse padrão.
Essa mesma análise, aliás, poderia ser realizada em diversas áreas do projeto – como na avaliação de custos, de prazos e de outros indicadores relacionado à execução da obra.
Por exemplo:
- Volume de concreto (fundação) pela densidade do empreendimento (por tipo de solo);
- Volume de concreto por área construída;
- Área de forma por volume de concreto;
- Área de vedação (paredes) por área construída
A questão central é que, nesse contexto em que a gestão da obra é baseada em indicadores e na análise constante da saúde do empreendimento, diminui-se a praticamente zero a possibilidade de um projeto “doente” ir para frente. Afinal, o check-up da obra permite que ajustes e alterações sejam realizados antecipadamente, com custo muito baixo, antes que gerem danos e prejuízos maiores ou até mesmo evitando que eles aconteçam.
Em uma etapa posterior, mais próximo à obra, vários outros parâmetros do check-up podem ser avaliados – como, por exemplo, a avaliação dos:
- Fornecedores e prestadores de serviços;
- Riscos geológicos;
- Riscos com o entorno/vizinhança.
Além disso, é importante analisar também a performance da equipe, o nível de segurança do trabalho e o nível de desperdício de materiais.
Você acredita que essa deve ser uma evolução natural do nosso setor?
Nós acreditamos!
E é exatamente nesta direção que estamos caminhando com nossa plataforma Budget Analytics, que já entrega vários desses parâmetros para que construtoras e incorporadoras possam analisar a saúde do orçamento da obra.
Geramos essas informações independente se os projetos estão em BIM (modelagem 3D) ou em 2D (AutoCAD). Ou seja, não há necessidade de alteração do processo de contratação e gerenciamento dos projetos.
Foram 5 anos de desenvolvimento dessa metodologia, que entrega 100 vezes mais dados quando comparado com a forma tradicional de se orçar uma obra. Isso permite que construtoras e incorporadoras analisem informações que não estavam acostumadas a analisar, possibilitando novas ações e novas otimizações.
Essa economia pode se traduzir tanto em melhoria do resultado financeiro do projeto, quanto em benefício para o cliente final. Assista ao vídeo abaixo e saiba mais!
https://www.youtube.com/watch?v=EPAD_w_0u14
Leia também!
Saiba mais sobre a importância do acompanhamento de indicadores na construção
Na Celere, nosso foco é um só: proporcionar mais eficiência para o mercado de construção.
Para isso, além do Budget Analytics, aplicamos metodologias de gerenciamento que utilizam indicadores e dados para elevar a performance da gestão da obra.
Nós acreditamos que a verdadeira revolução da construção civil só acontecerá por meio do fortalecimento de uma cultura focada na organização de dados. Por isso, a base do nosso trabalho é ajudar construtoras e incorporadoras a transformar as informações relacionadas às suas obras em conhecimento relevante, que se traduz em diferenciais de mercado.
Os artigos abaixo comprovam a importância do acompanhamento constante dos dados para tornar a gestão de obras mais eficiente e lucrativa. Recomndamos a leitura!
- Big data na gestão de obras – a importância e os benefícios da análise de dados na construção civil
- Gestão de obras: checklist para uma obra eficiente e lucrativa
- 6 formas de reduzir a ineficiência na construção civil
- 5 melhores práticas para a fase de pré-obra
- 3 ferramentas da celere para ajudá-lo na fase de pré-obra
- 8 sinais de que seu gerenciamento de obra está falhando – e como resolver esse problema
- A importância da colaboração em projetos de construção – e como integrar melhor seus processos
Quer saber mais sobre como você pode levar sua empresa para o futuro da construção, realizando o check-up das obras de maneira constante?
Entre em contato e saiba como o Budget Analytics pode realizar um diagnóstico preciso do orçamento dos seus empreendimentos.