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Giro de notícias do mercado de construção civil

O caminho para um mercado de construção mais eficiente

Bruno Balbinot, fundador da construtech Ambar, destaca a importância da industrialização do mercado de construção e indica que a transformação digital pode trazer mais colaboração, eficiência, sustentabilidade e produtividade para o setor construtivo 

– BIM;
– Construção modular;
– Canteiros de obras inteligentes e sustentáveis;
– Integração da cadeia da construção civil;
Lean construction. 

Se você acompanha nosso blog, já deve estar acostumado com esses conceitos. Afinal, eles estão sempre presentes quando abordamos as principais tendências em Engenharia e Construção 

Hoje, vamos mostrar como uma construtech brasileira está levando essas tendências para a realidade dos projetos e canteiros de obras.

Em entrevista exclusiva ao blog da Celere, Bruno Balbinot, CEO e fundador da Ambar, falou sobre as principais movimentações no mercado de construção brasileiro e sobre as tendências que devem revolucionar o setor nos próximos anos. 

Além disso, defendendo o conceito de construção inteligente, o executivo ressaltou a importância da digitalização dos processos, que deve ser acompanhada por uma cultura voltada à inovação e à colaboração.

Acompanhe!

Atenção!
Não deixe de ler os artigos indicados ao longo da entrevista. Eles trazem informações aprofundadas sobre os temas debatidos.

Quais são as principais mudanças que vocês observaram no mercado de construção nos últimos anos? 

O caminho para o futuro do mercado de construção civil – Entrevista Bruno BalbinotBruno Balbinot – A construção civil está entre os setores econômicos menos produtivos e digitalizados. Há uma série de atividades e processos ainda baseados em um sistema quase artesanal, que leva as empresas a gastarem mais tempo e dinheiro do que deveriam nas obras.

Fazer dos canteiros ambientes eficientes e sustentáveis é uma preocupação cada vez mais presente entre os empresários do setor no país. Industrializar essa atividade até então artesanal passou a ser visto com bons olhos. O conceito de construção inteligente – como são chamados os projetos que, baseados em novas tecnologias e modelos de trabalho, são mais eficientes e baratos – deixou de ser uma completa novidade. Hoje, é uma aspiração factível para as construtoras, além de um diferencial para os consumidores.

Como a Ambar atua para ajudar empresas do mercado de construção a acompanharem essas transformações? 

Minha experiência vem do setor automobilístico. Trabalhei durante 12 anos em uma empresa que prestava serviços para a Volkswagen, e sempre achei que poderia aplicar os conhecimentos sobre a indústria automobilística nos canteiros de obra. Por isso, nossa visão inicial foi a de industrializar a construção

A Ambar foi fundada em 2013 e nossa primeira solução, voltada para construção modular, aplicou conceitos de offsite construction, supply chain, entre outros. Nos concentramos no segmento de novas construções, vendendo tecnologia para as construtoras e incorporadoras. Fizemos isso bem, crescemos, nos consolidamos e seguimos nessa jornada da industrialização.

Estando muito próximos da construção civil, começamos a entender que havia mais oportunidades. Além de industrializar, também poderíamos integrar a cadeia, que é muito fragmentada. 

Uma obra envolve arquitetos, engenheiros, projetistas, empreiteiros, financeiro e dezenas de outras áreas e profissionais. Essa conversa é cheia de buracos, e havia oportunidade para organizá-la. Portanto, nossa segunda grande visão passou a ser: promover a integração da cadeia, e fazer isso potencializado pela digitalização, com software, repensando a jornada.

Com essas duas visões – industrializar e integrar a construção civil –, fizemos algumas aquisições entre 2018 e 2019. Compramos a Polar, uma marca líder de componentes para obras, no contexto da industrialização. Depois, pensando na integração da cadeia, compramos a Conaz, um marketplace que digitaliza o processo de compra no setor; a Controller, uma plataforma para gestão da produtividade da construção; e trouxemos um time de infraestrutura de software. Colocamos todos para trabalhar juntos, e desse trabalho surgiu o EVA, sistema que integra toda a cadeia de desenvolvimento da obra.

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Na sua visão, quais são as tendências e tecnologias que mais têm impactado os processos de construção civil? 

O BIM e o mercado de construção

Sem dúvida, as construtoras e incorporadoras demandam cada vez mais processos ágeis, limpos e funcionais, do desenvolvimento do projeto ao canteiro de obras. É o que chamamos de Lean Construction, um conceito que é aplicado mais integralmente quando as empresas se dispõem a incorporar ferramentas digitais cotidianamente.

Entre essas ferramentas, destaco a tecnologia BIM.

Como se baseia na modelagem virtual dos projetos, o BIM possibilita antever possíveis problemas na execução e analisar as eventuais interferências de um projeto sobre o outro. Ou seja, é essencial para reduzir a chance de erros e economizar tempo e recursos. Como o seu uso se tornará obrigatório no Brasil nos próximos anos, quem trabalha no setor precisa se familiarizar rapidamente com ele.

No entanto, há outras tendências que merecem destaque.

Caso, por exemplo, do uso da impressão 3D para a criação de peças e estruturas personalizadas; da adoção de drones na inspeção do canteiro de obras, para monitorar o andamento dos processos; e da ampliação do uso de componentes modulares e pré-fabricados para otimizar processos e acelerar a construção.

Além disso, agora que a construção civil está mais atenta à inovação e à transformação digital, devemos acompanhar uma adoção mais massiva de materiais industrializados (como wood frame e fachadas, por exemplo), de IoT (internet das coisas), de realidade aumentada, de construção impressa, entre outras. Os canteiros serão cada vez mais conectados.

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Quais são os principais desafios para as empresas do mercado de construção atualmente no Brasil?

Pelas características históricas do setor, implementar uma mentalidade digital é um desafio e tanto. Ao mesmo tempo, ganhou caráter de urgência nos últimos anos. Mas como equalizar os resultados, que precisam continuar sendo entregues todos os meses, com a necessidade de inovar em métodos e processos?

O que é necessário para resolver esta questão? 

É necessário estabelecer a inovação como prioridade na agenda, e não como iniciativa para as horas vagas. 

As empresas devem fazer um balanço do que já têm e no que as equipes já estão avançando. Além disso, precisam definir quais aspectos – processos, métodos ou sistemas – precisam ser renovados com urgência, para que estejam no começo da fila; e devem implementar as mudanças aos poucos, oferecendo treinamento, suporte e acompanhamento a todos os colaboradores.

Os mercados imobiliário e de construção estão passando por uma revolução digital. O que é preciso para que essa transformação tecnológica possa se acelerar no Brasil?

Nesses setores, inovar envolve a industrialização de práticas e processos, a sustentabilidade e a transformação digital. E por transformação digital, entendo uma nova maneira de pensar os negócios. Muito mais do que implementar novas tecnologias para resolver problemas tradicionais, é preciso promover uma verdadeira mudança de mindset.

A transformação digital só funciona em uma empresa se os colaboradores estiverem engajados nela. É papel dos líderes despertar o interesse dos funcionários no assunto, mostrando o quanto essa postura é valorizada. 

Pensando de um ponto de vista mais amplo, no país como um todo, é importante lembrar que há mais de 700 entidades representativas da construção civil nos níveis federal, estaduais e municipais. É uma enorme variedade de interesses e prioridades, que muitas vezes não se conversam e dispersam os esforços. Penso que uma agenda única de ações certamente ajudaria a acelerar a transformação digital no setor no Brasil.

Quais são suas dicas para as pequenas e médias empresas do mercado de construção que gostariam de acompanhar as movimentações do setor, mas não sabem por onde começar? 

O primeiro passo é se informar.

Há muitas novas tecnologias surgindo e processos mais modernos ganhando espaço. Os empreendedores da construção civil – pequenos, médios ou grandes – devem acompanhar essas mudanças e avaliar a própria situação e necessidades, de modo a identificar o que realmente faria diferença para si.

Encarar a inovação como uma “moda” é um erro que custa tempo e dinheiro – o que certamente não está sobrando para ninguém. Inovar é uma decisão estratégica que pode render excelentes resultados se for tomada com critério e determinação.

Quer saber mais sobre como levar sua empresa para a era digital?

Como Balbinot citou ao longo da entrevista, é fundamental que a empresa tenha uma cultura adequada, que possibilite que gestores e profissionais tenham um mindset inovador e voltado à colaboração.

Nesse sentido, sugerimos a leitura dos artigos abaixo. Eles trazem informações e dicas práticas sobre como sua empresa pode verdadeiramente se preparar para promover uma transformação digital:

E se quiser saber como colocamos em prática todo esse conhecimento na gestão das suas obras, entre em contato conosco que agendamos uma reunião para mostrar em detalhes.

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