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Giro de notícias da construção civil: um resumo do mercado em julho

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Muitas notícias movimentaram a construção civil este mês. Apresentamos algumas das mais importantes neste artigo!

Julho está chegando ao fim. Chegou o momento de compartilharmos as informações que mais chamaram a atenção no mercado da construção neste mês, pensando em ajudá-lo a se manter bem informado e preparado para o que pode influenciar seus resultados daqui pra frente.

A seguir, você vai descobrir:

Acompanhe!

Índice Nacional da Construção Civil sobe em maio e junho

O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) subiu nos últimos dois meses. Em maio, a variação foi de 0,36% – aumento de 0,09 ponto percentual em comparação com abril (0,27%). Em junho, o índice subiu 0,03 ponto percentual em relação ao mês anterior, variando 0,39%.

No acumulado dos últimos 12 meses o índice teve uma elevação de 4,82% – inferior aos 6,13% registrados no período anterior. 

O custo nacional da construção por metro quadrado, que fechou maio em R$ 1.699,79, aumentou para R$ 1.706,50 em junho. Esse indicador é calculado com base em custos e índices para o setor habitacional, bem como em séries mensais de salários medianos de mão de obra e preços medianos de materiais, máquinas, equipamentos e serviços da construção.

Em junho, os materiais apresentaram uma variação negativa de 0,28%, mantendo a tendência de queda observada no mês anterior. 

Influenciada por acordos coletivos firmados em alguns estados, a mão de obra registrou um aumento de 1,36%, contribuindo para a alta do indicador mensal.

Devido ao reajuste nas categorias profissionais em Santa Catarina, a Região Sul teve a maior variação regional, com um aumento de 0,98%. As demais regiões apresentaram as seguintes variações: 

No recorte por estados, o Espírito Santo teve a maior taxa em junho, com 2,54%. O resultado se deve aos novos salários acordados em dissídio coletivo e ao aumento na parcela dos materiais. Santa Catarina registrou 2,38% e Minas Gerais teve a menor variação, de -0,50%.

Guias de contratação BIM oferecem orientações práticas para empresas e setor público

Guias de contratação BIM oferecem orientações práticas para empresas e setor públicoO uso da metodologia BIM vem crescendo na construção civil brasileira. 

De acordo com dados da pesquisa Cenário Construtivo Brasileiro 2023, mais de 70% das empresas de alto padrão já trabalham com BIM. Além disso, empresas com maior maturidade BIM tendem a entregar 12% mais obras dentro ou antes do prazo em comparação com as que não trabalham com BIM. 

Ou seja, BIM é uma revolução em andamento no nosso mercado e, portanto, merece sua atenção.

Por isso mesmo, aliás, esse assunto está sempre em pauta no nosso blog. Você pode ler todos os artigos que já publicamos sobre o tema aqui.

Com objetivo de contribuir com o processo de digitalização da construção civil e consolidar a metodologia BIM no Brasil, recentemente, a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e o BIM Fórum Brasil lançaram o projeto “Guias de Contratação BIM”, uma coletânea em três volumes que oferece orientações práticas sobre modelagem BIM para empresas e o setor público.

O primeiro volume – “Conceitos básicos e requisitos para contratação BIM” – já está disponível para download gratuito

O guia introduz o tema da contratação BIM, destacando as diferenças entre empreendimentos que usam BIM e os que se baseiam no CAD, e traça o panorama dos impactos nas etapas do processo de contratação.

Além disso, em breve, a Celere lançará seu próprio guia do BIM. Fique de olho em nosso blog para não perder!

Leia também: BIM e orçamento na construção: qual é a relação?

Investimento no setor de infraestrutura deve crescer 11,1% no Brasil

Segundo a Carta de Infraestrutura 2023 da Inter.B Consultoria Internacional de Negócios, o investimento no setor de infraestrutura no Brasil deve crescer 11,1% este ano em comparação com o ano passado, atingindo R$ 204,6 bilhões. 

Desse total, R$ 132 bilhões (65%) devem vir do setor privado. O aporte público, concentrado em transportes e saneamento, será de cerca de R$ 73 bilhões.

Considerando a projeção do Produto Interno Bruto de R$ 10,7 trilhões (de acordo com o relatório de acompanhamento fiscal de março da Instituição Fiscal Independente), a carta indica que os aportes poderão representar 1,95% do PIB.

Investimentos por segmentos

O levantamento aponta telecomunicações como o único segmento a ter redução de aporte na comparação anual. O investimento previsto de R$ 26,5 bilhões representa uma contração de 2,2% em relação a 2022. No entanto, a Inter.B destaca que esse cenário deve mudar a partir de 2024, com o avanço da implementação da tecnologia 5G no país.

No setor de energia elétrica, os investimentos devem crescer 15,5%. Isso significa um aporte de mais de R$ 86 bilhões – desses, quase R$ 77 bilhões vindos do setor privado. 

Já em saneamento básico, os investimentos projetados em R$ 24,4 bilhões – o que representa um crescimento de 12,4% em relação ao ano passado – resultam de efeito do novo marco legal do setor aprovado em 2020, diz o documento. Segundo a Inter.B, a nova legislação “impõe uma rápida ampliação dos investimentos dos concessionários” para que as metas propostas sejam alcançadas até 2033.

Por fim, o setor de transportes deve receber injeção de R$ 67,5 bilhões no ano – crescimento de 11,2% em relação a 2022. 

Queda dos juros impulsiona retomada de investimentos em fundos imobiliários no Brasil

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Com a perspectiva de queda dos juros no segundo semestre, deve haver uma forte retomada de captações no setor de fundos de investimento imobiliários (FIIs). É o que acreditam os gestores.

A estimativa é que os novos aportes possam superar os R$ 30 bilhões este ano, um aumento significativo em relação aos R$ 21,4 bilhões de 2022.

Embora as captações entre janeiro e junho tenham sido modestas, atualmente existem R$ 12,2 bilhões em ofertas protocoladas na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), totalizando R$ 18,5 bilhões e indicando um reaquecimento do setor. Os gestores consideram que a queda dos juros é um grande fator impulsionador das emissões de cotas de FIIs.

Os investidores que haviam migrado para a renda fixa em busca de melhor remuneração estão voltando para a renda variável, e o Índice de Fundos Imobiliários (Ifix) da Bolsa já subiu 11% este ano, impulsionado principalmente a partir de abril. A perspectiva é que a tendência de alta dos FIIs continue e seja duradoura, com a conjuntura econômica favorável – com inflação controlada, juros em queda, reforma tributária e estabilidade política.

Empresas do setor imobiliário apresentam resultados preliminares do segundo trimestre

Empresas do setor imobiliário com ações negociadas na Bolsa de Valores estão divulgando seus resultados preliminares do segundo trimestre.

As prévias operacionais indicam que não há uma tendência clara em termos de mercado, pois algumas incorporadoras melhoraram suas vendas e aumentaram os lançamentos durante o período, enquanto outras registraram queda em ambos os indicadores ou até mesmo não realizaram novos lançamentos.

No entanto, isso não diminui a importância de conhecer esses resultados e estar atento ao que eles indicam. 

Abaixo, apresentamos os números referentes às vendas líquidas e a comparação com o segundo trimestre de 2022 de dez empresas*:

*Conheça as prévias dos resultados de cada empresa em detalhes clicando nos links acima. Caso queira acompanhar novas divulgações, a editoria “Construção e Engenharia”, do jornal Valor Econômico, é uma excelente fonte.

ABNT apresenta normativa para gerenciamento de resíduos sólidos no Brasil

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Por A Economia B*

Você sabia que estima-se que o setor de construção seja responsável por um terço do lixo global gerado no mundo – e por pelo menos 40% das emissões mundiais de dióxido de carbono? 

Um dos caminhos para tornar o mercado de construção civil mais sustentável passa por criar sistemas mais ambientalmente responsáveis para o descarte de resíduos. 

Nesse sentido, a nova norma para o gerenciamento de resíduos sólidos no Brasil – a ABNT NBR 17100-1 –, lançada recentemente pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), pode ser uma aliada. 

A norma define critérios para classificação dos resíduos, responsabilidades e requisitos para o manejo correto, desde a geração até a destinação final, incluindo coleta seletiva e disposição adequada. A iniciativa estimula a redução, reutilização e reciclagem para minimizar impactos ambientais, incentivando programas de gestão de resíduos e práticas sustentáveis.

A ABNT enfatiza a importância da adoção da norma por empresas, órgãos públicos e instituições para uma gestão eficiente e responsável dos resíduos sólidos, contribuindo para o desenvolvimento sustentável e a preservação ambiental no país. 

“A ABNT NBR 17100-1 é mais uma iniciativa da ABNT para promover a conservação dos recursos naturais e proteção da saúde humana e do ecossistema, além de maximizar a valorização dos recursos presentes nos resíduos e evitar danos ou riscos à saúde pública e ao meio ambiente durante as etapas do gerenciamento dos resíduos”, destacou Mario William Esper, presidente da ABNT.

*A Economia B é uma plataforma de conteúdo jornalístico de negócios voltados a ajudar empresas de diversos setores a contribuírem para a construção de um futuro mais justo, equitativo e regenerativo. Na Celere, nós entendemos a importância da construção civil nesse processo. Por isso, convidamos A Economia B para trazer mensalmente para o Giro de Notícias uma informação relacionada ao nosso mercado que ajude a promover reflexões sobre como fazer isso, na prática.

Leia também: Como gerenciar resíduos de forma responsável na construção civil

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