Saiba quais notícias mexeram com o mercado de construção em abril e fique por dentro de tudo que pode impactar o seu trabalho direta ou indiretamente
Neste mês, nosso giro pelo mercado de construção traz os detalhes sobre as seguintes notícias:
- Revisão da estimativa de crescimento da construção;
- Alta do Índice Nacional de Custo da Construção Civil (INCC);
- Queda do Custo Unitário Básico (CUB) da construção;
- Definição do teto para subsídio do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida;
- Aumento da taxa de juros de financiamento imobiliário da Caixa.
Acompanhe!
Construção civil deve crescer 2% em 2023, aponta CBIC
Depois de crescer 10% em 2021 e 6,9% no ano passado, a construção civil deve fechar 2023 com uma expansão de 2%, estima a CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção).
Esta foi a primeira vez em dez trimestres que a estimativa de crescimento foi revisada para baixo (a previsão anterior era de alta de 2,5%).
José Carlos Martins, presidente da CBIC, explica que entre os fatores que levaram à essa revisão estão a perda de recursos da caderneta de poupança – motivada pela migração para investimentos mais atrativos por causa da taxa de juros elevada – e a falta de atualização dos valores para construção do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
De acordo com dados da CBIC, a poupança perdeu R$ 41,5 bilhões somente no primeiro trimestre deste ano, mais do que o total de R$ 34,75 bi de 2021 e cerca da metade da captação líquida negativa recorde de R$ 81 bilhões de reais do ano passado.
A entidade aponta ainda que a construção de edifícios foi o segmento do setor com a maior redução no ritmo do mercado de trabalho no primeiro bimestre, com uma queda de 29,4%. Enquanto em 2022 foram gerados 36.397 empregos nesse segmento, 25.705 novos postos de trabalho foram criados no mesmo período deste ano.
Além disso, o índice de expectativa de novos empreendimentos também caiu – para 51,2 pontos, perto da linha de 50, que divide crescimento de contração. Há um ano, o indicador estava em 55,7 pontos.
Índice Nacional de Custo da Construção Civil sobe 0,30% em março
De acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) aumentou 0,30% em março.
Com este resultado, o indicador encerra o primeiro trimestre com alta de 0,81%. Nos últimos 12 meses, o INCC acumulou alta de 8,04%.
O custo com a mão de obra cresceu 0,49% no mês passado, puxado pela alta de 5,05% registrada em Salvador. Nas demais capitais componentes do indicador (Belo Horizonte, Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, Recife e Porto Alegre), a mão de obra não sofreu variação.
Nos primeiros três meses de 2023, o componente mão de obra já apresentou alta de 1,22%. Nos últimos 12 meses encerrados em março, aumentou 11,39%.
O custo com materiais e equipamentos recuou pelo segundo mês consecutivo. Em março, a variação foi de -0,07%. No trimestre, a queda foi de 0,15% – desde 2009, essa é a primeira vez que o custo com materiais e equipamentos encerra esse período com variação negativa. Em 12 meses, porém, a alta foi de 4,32%.
Leia o comunicado completo e saiba mais
Custo Unitário Básico (CUB) da construção registra queda de 0,18% em março
O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) e a Fundação Getulio Vargas (FGV) revelam que o Custo Unitário Básico (CUB) global da indústria da construção registrou queda de 0,18% em março.
A variação com materiais foi de -0,55%; a variação com custos com administrativo (ou seja, de salários dos engenheiros) foi nula; já a relativa à mão de obra cresceu 0,09%.
Em relação ao mês de fevereiro, os custos com o administrativo tiveram variação nula, os custos desonerados relacionados aos materiais foram negativos (-0,55%), e, com a mão de obra, de 0,11%.
Com esse resultado, o indicador acumula variação negativa de 0,24% no ano e aumento de 8,02% no acumulado de 12 meses.
Em 12 meses, aliás, as variações acumularam altas de 10,48% com mão de obra; 4,82% com materiais; e 9,91% com custos administrativos.
Nas construções incluídas na desoneração da folha de pagamentos, o CUB registrou declínio de 0,19% em março. O acumulado no ano foi de -0,26%, e, em 12 meses, de 7,81% para o mês de março.
Informações: SindusCon-SP
Leia também: Custo Unitário Básico – tudo o que você precisa saber e cuidados ao utilizar o CUB
Governo define teto de R$ 170 mil para subsídio do Minha Casa, Minha Vida
No dia 13 de abril, o Governo Federal publicou no Diário Oficial da União uma portaria que indica que as linhas de atendimento do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida serão limitadas da seguinte maneira:
- Até R$ 170 mil para novos imóveis em áreas urbanas e locação social, com recursos do Fundo de Arrendamento Residencial ou do Fundo de Desenvolvimento Social;
- Até R$ 75 mil para novos imóveis em áreas rurais, com recursos da União;
- Até R$ 40 mil para melhoria habitacional em áreas rurais, com recursos da União.
O subsídio é a parte do financiamento que é paga pela União por meio do programa habitacional. Em alguns casos, o subsídio do governo pode chegar a 95% – ou seja, a família paga apenas 5% do montante.
A portaria indica também que os subsídios estarão limitados às famílias enquadradas nas faixas de renda urbano e rural 1 e 2.
- Faixa Urbano 1: renda bruta familiar mensal até R$ 2.640; Faixa Urbano 2: renda bruta familiar mensal de R$ 2.640,01 até R$ 4.400.
- Faixa Rural 1: renda bruta familiar anual até R$ 31.680; Faixa Rural 2: renda bruta familiar anual de R$ 31.680,01 até R$ 52.800.
Por fim, o documento oficializou a meta de o programa atender 2 milhões de famílias até 2026. Esse objetivo leva em consideração os benefícios do Minha Casa, Minha Vida que forem distribuídos entre todas as faixas do programa.
Caixa aumenta taxa de juros de financiamento imobiliário
Desde 3 de abril, a taxa de juros de novos contratos de financiamento imobiliário na modalidade do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), da Caixa Econômica Federal, é de 8,99% ao ano. Isso representa um aumento de 0,5% em relação ao valor operado até então.
Em comunicado, a Caixa informa que as taxas de juros são definidas em função de fatores mercadológicos e conjunturais, dentro das regras prudenciais do banco.
Além disso, a nota aponta que contratos que estavam em vigor não serão reajustados, e que as linhas de financiamento de habitação popular e pré-cotista não foram reajustadas.
Leia também: Movimentações do mercado e o crédito imobiliário: o que esperar?
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