Saiba como funciona e para quais situações o diagrama de Ishikawa é indicado e conheça as principais vantagens de utilizar essa ferramenta na gestão de projetos
- Está buscando uma ferramenta que ajude a identificar questões importantes que podem prejudicar a eficiência de seus projetos de construção?
- Quer traçar um plano e precisa entender as áreas e os processos mais relevantes para conquistar seus objetivos?
Então, o diagrama de Ishikawa pode ser útil para você!
O que é o diagrama de Ishikawa?
O diagrama de Ishikawa foi inventado no Japão, na década de 1960, pelo engenheiro Kaoru Ishikawa, que buscava formas de aprimorar processos industriais.
Por conta de suas funções e do seu formato, essa ferramenta também é conhecida como diagrama de Causa e Efeito, diagrama 6Ms ou diagrama de Espinha de peixe.
Esse é um tipo de diagrama causal, ou seja, tem o objetivo de identificar as causas de um evento específico – que pode ser um problema ou um cenário que se deseja alcançar.
O desenho do diagrama de Ishikawa lembra uma espinha de peixe, em que as costelas representam os motivos de determinada situação, com o resultado aparecendo na cabeça do esqueleto. Assim:
Objetivos do diagrama de Ishikawa
O diagrama de Ishikawa visa oferecer uma visão ampla sobre as questões que é preciso considerar para se chegar a um resultado ou evitar um cenário específico.
É possível utilizar essa ferramenta em projetos de criação de produtos que resolvam problemas práticos e, além disso, na prevenção de defeitos de qualidade para identificar fatores potenciais que causam um efeito geral.
É possível aplicar o diagrama Espinha de peixe para:
- Exibir relações causais de uma determinada situação ou problema.
- Debater ou identificar causas potenciais, áreas para investigação adicional e/ou soluções (problema Ishikawa).
- Descrever os fatores que levam a um resultado ou resultado bem-sucedido (Ishikawa positivo).
- Ajudar unidades organizacionais multifuncionais a entender as relações de interação.
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Os 6 Ms do diagrama de Ishikawa
Segundo essa metodologia, determinadas situações que acontecem em um projeto ou empresa podem estar relacionadas, em geral, às seguintes áreas:
- Mão de obra – causas relacionadas ao trabalho operacional e/ou funcional de pessoas envolvidas no projeto e entrega de um produto.
- Por exemplo: falta de capacitação dos profissionais.
- Método – causas relacionadas a um método de produção e a processos de prestação de serviços.
- Por exemplo: processo ineficiente ou não entendido por todos.
- Máquina – causas relacionadas a sistemas, ferramentas, instalações e equipamentos utilizados nos processos e operações.
- Por exemplo: sistemas desatualizados ou máquinas carecem de manutenção.
- Material – causas relacionadas a matérias-primas, componentes e outros insumos necessários para desenvolver um projeto e/ou atingir um objetivo.
- Por exemplo: materiais mal administrados.
- Meio Ambiente – causas relacionadas a fatores ambientais que são imprevisíveis e incontroláveis (como clima, inundações, terremotos, incêndios etc.).
- Por exemplo: chuvas, furacões e enchentes não previstas.
- Medição – causas relacionadas a inspeções manuais ou automáticas e medições físicas (distância, volume, temperatura, pressão etc.).
- Por exemplo: compras de materiais feitos com base em estimativas incorretas.
Essas seis áreas são apenas uma base. Um negócio pode ter mais tipos de causas, enquanto outro pode ter apenas uma ou duas categorias.
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Como desenvolver um diagrama de Ishikawa
É possível desenvolver o diagrama de Ishikawa manualmente – com a ajuda de quadro branco ou flipchart, por exemplo – ou ainda digitalmente, com um software especializado.
Em geral, estas são as etapas de criação do diagrama Espinha de Peixe:
- Defina o problema ou efeito que deseja analisar.
- Reúna profissionais de diferentes áreas para que todos possam oferecer perspectivas diversas de cada um dos setores em relação ao ponto que o diagrama se propõe a analisar.
- Escreva o problema ou efeito na parte direita central do quadro branco, coloque-o em uma caixa e desenhe uma seta horizontal que vai até ele.
- Faça um brainstorming das principais categorias de causas para o problema. Você pode começar com títulos genéricos – como, por exemplo, métodos, máquinas, mão de obra, materiais, medição e meio ambiente – e, conforme a necessidade, pode adaptar as categorias.
- Escreva as categorias de causas como ramificações da seta principal (formando as ‘costelas’ da espinha).
- Avalie as possíveis causas em cada uma das categorias. Pergunte: “Por que isso acontece?”. Vá escrevendo as ideias que aparecerem como um ramo da categoria a que ela pertence. As causas podem ser escritas em mais de um lugar, caso estejam relacionadas a várias categorias.
- Com a lista de causas, pergunte novamente: “Por que isso acontece?”. Escreva as sub-causas. Continue perguntando “Por quê?”, gerando níveis mais profundos de origem do problema ou situação.
- Se o grupo ficar sem ideias, concentre a atenção nas áreas em que as ideias são escassas.
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Abaixo, veja um exemplo de diagrama de Ishikawa utilizado para entender as causas de um problema comum na construção: o atraso na entrega do projeto e o estouro do orçamento.
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Prós e contras do diagrama espinha de peixe
Uma das principais vantagens do diagrama de Ishikawa é que ele é intuitivo, fácil de entender.
Ao dividir as operações da empresa em diferentes segmentos (por exemplo, máquinas, mão de obra etc.), é possível identificar e tratar a causa raiz dos problemas.
Em projetos de engenharia, que são complexos e envolvem tantas partes diferentes, esse tipo de análise é extremamente útil para oferecer um panorama mais amplo sobre os fatores que estão impactando, por exemplo, a produtividade da obra.
O diagrama também possui uma estrutura flexível, em que é possível alterar, remover ou substituir várias ‘nervuras’ conforme necessário para coincidir com os processos específicos de cada organização – e/ou de cada tipo de obra, no caso da construção civil.
Contudo, ao mesmo tempo, sua simplicidade representa também sua principal desvantagem, afinal, o Diagrama de Ishikawa não revela necessariamente o tamanho ou a importância das questões que estão causando um problema, dificultando a priorização de ações.
Sendo assim, pequenos problemas podem receber mais atenção do que precisam, enquanto questões mais importantes ficam de lado.
Como muitas das entradas e interpretações do diagrama são subjetivas, isso também pode levar a divergências entre os gerentes que veem o gráfico de diferentes perspectivas.
A busca pela eficiência na construção civil
Agora você já conhece mais uma ferramenta que pode ajudá-lo a aumentar a eficiência e a melhorar a produtividade de seus processos de construção civil – o que é ótimo!
Mas é interessante notar que o diagrama de Ishikawa, quando utilizado na resolução de problemas, foca em uma consequência, ou seja, em algo que está acontecendo. Porém, o melhor mesmo é tentar evitar situações que gerem atrasos e prejuízos, concorda?
Para isso, basta usar essa ferramenta durante o planejamento de uma obra, verificando, por exemplo, os possíveis caminhos para se chegar à determinada situação. Nesse caso, você listará cenários que contribuem para o atingimento do objetivo em questão.
No entanto, independentemente da aplicação, é importante que as análises do diagrama de Ishikawa baseiem-se em informações reais. Assim, consegue-se chegar às verdadeiras causas dos efeitos e até mesmo identificar as categorias e questões que mais contribuem para determinado problema ou para se alcançar um objetivo.
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Informações: Project Management Institute; Investopedia; Project Management Knowledge Base
