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A importância da gestão integrada na engenharia pré-obra

Design thinking na gestão de obras

Entenda o papel do design thinking na gestão de obras, saiba como incorporar esse conceito ao seu dia a dia e proporcione mais inovação, criatividade e empatia ao seu trabalho

 Não dá para negar: o mercado de engenharia e construção está passando por uma verdadeira revolução. Gêmeos digitais, inteligência artificial, Internet das coisas, Drones e Biotecnologia são alguns dos conceitos que provam isso. Além disso, volta e meia surgem novas tecnologias focadas em resolver problemas crônicos em nosso mercado – como, por exemplo, ineficiência e baixa produtividade. 

No entanto, ao mesmo tempo, em muitas empresas, a gestão de obras ainda é realizada como se estivéssemos vivendo no século passado… 

Acontece que, mais do que ferramentas digitais, o que conta de verdade para impulsionar mudanças significativas no desempenho dos profissionais e dos projetos como um todo é a forma de gerenciar a equipe e os processos.

Por isso mesmo, é crucial que gestores de obras tenham a capacidade de inovar, de se adaptar e de serem flexíveis para acompanhar as novas demandas do mercado e as novas possibilidades geradas pelo avanço tecnológico. Indo além, essa abordagem mais inovadora também é fundamental para atrair profissionais da nova geração, mais preparados para lidar com as demandas e os desafios do futuro.

É nesse sentido, aliás, que o design thinking pode ser um diferencial para transportar a gestão de obras para a nova era!

 O que é design thinking?

Para entender design thinking, primeiramente, é importante compreender o conceito de human-centered design – ou “design centrado no ser humano” ou “no usuário”, em tradução livre.

Human-centered design é uma metodologia de resolução de problemas com foco total nos usuários – nas pessoas que estão diretamente relacionadas às questões a serem resolvidas. Essa abordagem começa com a identificação dos principais desafios e demandas dos usuários e termina com a criação de novas soluções criadas para atender necessidades específicas deste público.

Ou seja, no design centrado no usuário, a perspectiva das pessoas que irão utilizar o produto, serviço ou processo final é o que mais importa e, portanto, é isso que vai guiar a geração de ideias e a realização de testes para comprovar o sucesso da solução na prática.

“Ok, mas onde o design thinking entra nessa história?”, você pode perguntar.

A gente responde: os dois conceitos estão diretamente relacionados!

Afinal, design thinking é uma forma de levar a abordagem centrada no usuário para além do design, aplicando esse conceito em diferentes áreas e negócios. É, portanto, uma metodologia que ajuda profissionais de qualquer área a “pensarem como um designer”.

IDEO, a agência de design e inovação responsável por popularizar tal conceito, explica:

“Pensar como um designer pode transformar a maneira como as organizações desenvolvem produtos, serviços, processos e estratégias. O design thinking reúne o que é desejável do ponto de vista do usuário, com o que é viável tecnológica e economicamente. Além disso, essa abordagem também permite que pessoas que não são designers treinados utilizem ferramentas criativas para enfrentar uma vasta gama de desafios.”

Então, a metodologia de design thinking foca nas necessidades do usuário, mas também leva em conta as possibilidades em termos de ferramentas e orçamento para o desenvolvimento de soluções inovadores. Assim, as soluções propostas precisam ser desejáveis pelos usuários, praticáveis na organização e viavelmente econômicas.

Design thinking na gestão de obras

Imagem: The Field Guide to Human-Centered Design

 O processo de design thinking acontece em três fases: 

1) Inspiração

Etapa de investigação, em que acontece a análise do problema e o entendimento do ponto de vista do usuário.

2) Ideação

Momento da captação e geração de novas ideias em torno do problema e das necessidades dos usuários.

3) Implementação 

Fase de desenvolvimento de protótipos e implementação de testes para avaliar a performance da solução. 

De maneira geral, é importante entender que design thinking não diz respeito apenas a criar novos produtos ou serviços, mas também a oferecer novas e melhores maneiras de as pessoas realizarem tarefas.

No ambiente corporativo, isso pode significar a criação de um novo processo que traga mais eficiência e qualidade de vida para os profissionais, ou de uma nova estratégia que ajude a empresa a gerar mais valor para seu público e parceiros de negócios. E é por isso que a gestão de obras tem muito a ganhar com o design thinking!

Design thinking na gestão de obras

design thinking na gestão de obras

A grande vantagem de adotar o design thinking na gestão de obras é que esse processo ajuda a identificar necessidades específicas das pessoas envolvidas nos projetos de construção. Assim, com uma abordagem mais centrada nos diferentes públicos com os quais ele se relaciona, o gestor de obra consegue inovar de maneira mais efetiva, levando em conta não só as movimentações do mercado e a evolução tecnológica, mas também os objetivos e as metas de seus parceiros, times e clientes.

Em geral, existem duas maneiras pelas quais o design thinking pode contribuir para uma gestão de obras mais eficiente e inovadora. São elas:

1) Melhor entendimento dos processos e profissionais envolvidos nos projetos

Gestão de projetos é uma tarefa complexa, que abrange diferentes setores, processos e profissionais. Para lidar com os problemas e obstáculos que surgem nesse contexto, é fundamental que o gestor entenda as necessidades específicas de cada área e indivíduo envolvidos.

E é aí que o design thinking pode ser bastante útil. Afinal, utilizando a abordagem centrada no usuário, ao se deparar com alguma dificuldade, antes de tomar qualquer decisão, o gestor irá conversar com as pessoas envolvidas nessa questão.

Pode ser, por exemplo, que um problema esteja relacionado a profissionais de diferentes perfis e áreas. Nesse caso, é preciso avaliar o ponto de vista e as demandas de todos os envolvidos e utilizar esses insights para selecionar as ideias que atendam às necessidades da maioria.

2) Aprimoramento mais certeiro e eficiente dos processos

Ao se deparar com um problema, grande parte dos gestores de obra foca em como resolver a questão o mais rápido possível. No entanto, essa pressa pode acabar restringindo a visão do gestor, impedindo que ele enxergue de forma mais abrangente todos os fatores envolvidos.

Muitas vezes, um erro ou uma ineficiência nos processos envolvidos na construção pode ser apenas a consequência de um problema maior – e não o problema em si. É por isso que o design thinking pode ser uma abordagem muito mais eficiente. Afinal, ao investigar o ponto de vista das pessoas envolvidas na questão a ser resolvida, o gestor de obras vai descobrir a cadeia de acontecimentos e/ou processos que está causando tal problema.

Por exemplo: a princípio, a baixa produtividade dos profissionais do canteiro de obras pode indicar falta de capacitação. No entanto, ao analisar a fundo essa questão, o gestor poderá descobrir que os atrasos nas entregas e os problemas de desempenho estão sendo causados por conta de processos manuais que tomam muito tempo dos profissionais.

Nesse caso, a melhoria dos processos – seja pela incorporação de novos métodos ou de ferramentas digitais – é o que vai trazer resultados mais significativos para o aumento da produtividade.

Dicas práticas para aplicar os ideais do design thinking na gestão de obras

design thinking na gestão de obras

Dica #1 para aplicar os ideais do design thinking na gestão de obras:
Seja mais empático

A sua experiência e o seu conhecimento são, sim, extremamente relevantes para o seu trabalho na gestão de obras. No entanto, para entender a fundo os problemas que surgem no seu projeto, é preciso sair da “sua bolha”. 

Nesse sentido, recomendamos que você converse com as pessoas. Ou seja, por meio de entrevistas, pesquisas ou mesmo de um papo informal, tente entender o ponto de vista dos diferentes profissionais envolvidos na questão que você precisa resolver.

Dica #2 para aplicar os ideais do design thinking na gestão de obras:
Tenha um time multidisciplinar

Quando você se rodeia de pessoas que pensam como você, fica difícil encontrar novas soluções. Ao trabalhar com profissionais de diferentes perfis e com diferentes conhecimentos, você terá a chance de entender os problemas por diversos pontos de vista. Consequentemente, essa diversidade aumentará as chances de surgirem ideias realmente inovadoras – e que não seriam levantadas se o time não confrontasse diferentes percepções.   

Dica #3 para aplicar os ideais do design thinking na gestão de obras:
Faça testes e analise os feedbacks

Na maioria das vezes, as mudanças nas organizações acontecem de maneira hierárquica. Ou seja, o líder decide algo e os colaboradores são orientados a seguir. O design thinking propõe que, antes de se chegar a uma solução, a ideia seja testada e aprovada pelo público final. 

Digamos, por exemplo, que você tem uma ideia de um novo processo que pode trazer mais eficiência para o acompanhamento da obra. Seguindo essa filosofia, você não deverá forçar os profissionais a “engolirem” sua proposta. Deverá fazer testes, perguntar o que eles acharam, pedir opiniões e sugestões de melhorias e, assim, aprimorar o processo para estar efetivamente de acordo com as necessidades dos usuários.

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Para pensar!

As inovações criadas a partir da metodologia de design thinking podem gerar novos processos, adoção de novas ferramentas, aprimoramento de práticas já conhecidas e até o surgimento de uma estratégia totalmente diferenciada. Mas, acima de tudo, essa abordagem mais centrada nos usuários ajuda gestores de obra a entenderem melhor as pessoas envolvidas nos projetos de construção. Isso, por sua vez, contribui para uma gestão mais humana e realmente eficiente.

E isso é extremamente relevante para esse momento pelo qual nosso mercado está passado!

Nesse cenário de constante transformação, mais importante que conhecer as novas tecnologias, é ter a habilidade de saber compreender os profissionais e o funcionamento dos processos relacionados ao seu trabalho. Afinal, é isso que vai ajudá-lo a entender como adaptar as novas possibilidades e ferramentas da era digital para verdadeiramente trazer mais valor para a sua gestão de obras.

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