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Governo Federal cria Estratégia Nacional de Disseminação do BIM 

Conheça a Estratégia Nacional de Disseminação do BIM e descubra outras notícias que impactaram a construção civil em janeiro

Janeiro chegou ao fim. Este, que é o primeiro “Giro de Notícias” de 2024, é uma pequena amostra do que aconteceu na construção civil na reta final de 2023 e também nos 31 dias que abriram este ano. 

A criação da Estratégia Nacional de Disseminação do BIM abre nosso recorte mensal, que traz ainda as seguintes manchetes:

Siga a leitura e fique bem informado. 

Estratégia Nacional de Disseminação do BIM vai incluir uso da tecnologia em obras públicas, reduzindo tempo e custos

Estratégia Nacional de Disseminação do BIM vai incluir uso da tecnologia em obras públicas, reduzindo tempo e custos

No dia 22 de janeiro, o presidente da República assinou um decreto que cria a Estratégia Nacional de Disseminação do BIM

O objetivo é promover a transformação digital no setor da construção e impulsionar a adoção da tecnologia BIM (Building Information Modeling) no Brasil para contribuir para a diminuição dos custos e do tempo de obras. 

A Estratégia BIM-BR faz parte das iniciativas da Nova Indústria Brasil, que visa fortalecer as cadeias produtivas nacionais de construção e infraestrutura através do uso de sistemas construtivos digitais. Além disso, está integrada ao Novo PAC, que prevê o uso do BIM em obras estratégicas. 

As principais ações iniciais da Estratégia BIM-BR são:

1) Estruturar o setor público para uso do BIM, em conformidade com a nova lei de licitações e contratos. 

2) Capacitar e formar profissionais em BIM por meio da adequação da grade curricular dos cursos de engenharia – tanto na graduação e pós-graduação, como no ensino profissionalizante.

3) Desenvolver novas aplicações em BIM, fomentando a concorrência e criando condições para que mais desenvolvedores cheguem ao mercado de softwares de modelagem de informação.

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Agenda cheia vai gerar aumento na demanda por mão de obra no setor da construção, afirma presidente da CBIC

Em entrevista à agência de notícias Reuters, Renato Correia, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), disse que o setor de construção no Brasil prevê um aumento significativo na demanda por trabalhadores a partir do segundo semestre.  Ele atribui essa previsão aos novos projetos governamentais planejados para 2024.

Em sua análise, o presidente da CBIC destacou, por exemplo, o aumento de 30% nos recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) previsto no orçamento de 2024, uma reserva de R$ 13,7 bilhões para a faixa 1 do programa habitacional Minha Casa Minha Vida e os investimentos para obras de infraestrutura do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Além disso, é importante lembrar que o Conselho Curador do FGTS aprovou um orçamento de R$ 117,65 bilhões para políticas públicas de habitação, saneamento básico e infraestrutura urbana em 2024, mantendo essa alocação para os anos seguintes. 

Segundo Correia, as construtoras têm se preparado para esse cenário de maior demanda por trabalhadores das seguintes formas:

Na visão do presidente da CBIC, o número de trabalhadores no setor poderá passar de 3 milhões até o início de 2025.

Hedge anuncia fundo de investimento para projetos do Minha Casa Minha Vida

Imagem criada por jcomp – www.freepik.com

A gestora de fundos imobiliários Hedge anunciou a captação de R$ 30 milhões para o Hedge YEES Habitações Econômicas (YEES11). A captação envolveu aproximadamente 100 investidores profissionais com mais de R$ 10 milhões em liquidez. O FII tem um prazo de sete anos, com a expectativa de uma Taxa Interna de Retorno (TIR) superior a 20% ao ano, começando a devolver recursos aos cotistas a partir do terceiro ano.

O YEES11 é um fundo de investimento imobiliário (FII) que se destaca por entrar no equity de projetos do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), capitalizando sobre as recentes mudanças no setor e a projeção de queda nas taxas de juros. 

O fundo investirá em sete projetos da incorporadora YEES focados em habitações de baixa renda e planeja alocar cerca de 50% do capital nos empreendimentos. O restante ficará com a YEES. 

Em entrevista ao Brazil Journal, André Freitas, gestor do fundo, disse que acredita que o segmento de MCMV é o mais resiliente no mercado residencial atual, destacando o déficit habitacional e os estímulos governamentais.

Índice Nacional da Construção Civil varia 0,26% em dezembro

O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) teve uma variação de 0,26% em dezembro de 2023, representando um aumento de 0,18 ponto percentual em comparação com novembro (0,08%). 

No acumulado do ano, o índice alcançou 2,55%, marcando uma redução de 8,35 pontos percentuais em relação à taxa acumulada em 2022, que foi de 10,90%. 

O custo nacional da construção por metro quadrado fechou dezembro em R$ 1.717,71, com R$ 1.001,89 destinados a materiais e R$ 720,30 à mão de obra.

A parcela dos materiais apresentou uma variação de 0,27%, subindo 0,19 ponto percentual em relação a novembro. No entanto, o acumulado no ano de 2023 para os materiais foi de 0,06%.

Já a mão de obra, com uma taxa de 0,24%, registrou um aumento de 0,16 ponto percentual em relação a novembro, resultando em um acumulado no ano de 6,22%. Em 2022, a parcela dos materiais foi de 10,02%, enquanto a mão de obra representou 12,18%.

Análise regional: 

O estado do Piauí registrou a maior taxa para o último mês do ano, com 2,52%. Por outro lado, o Amazonas liderou o acumulado do ano, atingindo 6,80%.

→ Estamos preparando uma nova edição do nosso estudo INCC x impacto real da inflação na construção civil. Fique de olho nas nossas redes sociais (Instagram e LinkedIn) para não perder.
A primeira edição do estudo foi feita a partir da análise de 39 projetos desenvolvidos pela Celere entre 2019 e 2022, e está disponível aqui.

Índice de Confiança da Construção se manteve estável em dezembro

O Índice de Confiança da Construção (ICST) do FGV IBRE apresentou uma variação de -0,2 ponto em dezembro, atingindo 96 pontos. No entanto, a média móvel trimestral do índice recuou 0,7 ponto. 

Na avaliação de Ana Maria Castelo, Coordenadora de Projetos da Construção do FGV IBRE, o ICST consolidou uma posição de pessimismo moderado, que prevaleceu ao longo do ano. “De fato, o ano de 2023 não foi de crescimento robusto: o percentual de assinalações de melhora da atividade se reduziu na comparação interanual. O balanço do ano também mostra que a Infraestrutura esteve à frente de Edificações”, observou.

A queda do ICST no último mês do ano foi principalmente devido à piora na percepção dos empresários sobre o momento atual, evidenciada pelo recuo de 0,4 ponto no Índice de Situação Atual (ISA-CST) para 94,2 pontos.

Os indicadores de Expectativas (IE-CST) se mantiveram estáveis, variando -0,1 ponto para 98,0 pontos. O destaque ficou com o indicador de demanda prevista para os próximos três meses, que subiu 0,7 ponto. 

O Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) da Construção diminuiu 0,2 ponto percentual, alcançando 78,8%. 

As limitações no setor (como competição entre empresas, dificuldades de acesso ao crédito e escassez de mão de obra qualificada) foram destacadas como desafios crescentes, com a escassez de trabalhadores prevista para continuar dificultando a retomada setorial, apesar das expectativas de crescimento da demanda em 2024.

Justiça climática para o setor de construção civil

Por A Economia B*

De acordo com informações do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), aproximadamente 37% das emissões globais de gases de efeito estufa (GEE) são de responsabilidade da construção civil. Ou seja, não dá pra ignorar o peso do setor nas mudanças climáticas e, consequentemente, no futuro do planeta.

Sabendo disso e pensando em ajudar empresas da construção a se engajarem na luta pela justiça climática, o Pacto Global da ONU no Brasil, em parceria com o Centro de Direitos Humanos e Empresas da FGV Direito São Paulo, lançou recentemente o guia Justiça climática para o setor de construção civil.

Organizado em quatro capítulos, o guia tem o objetivo de responder às seguintes questões centrais: 

1) Como uma empresa pode impactar o clima?

2) Como o setor da construção civil pode impactar e ser impactado pelo clima?

3) O que significa não causar danos ao meio ambiente e ao clima no setor da construção civil?

4) Quais ações podem ser realizadas pelas empresas da construção civil em prol da justiça climática?

Vale a leitura! Baixe gratuitamente.

*A Economia B é uma plataforma de conteúdo jornalístico de negócios voltados a ajudar empresas de diversos setores a contribuírem para a construção de um futuro mais justo, equitativo e regenerativo. Na Celere, nós entendemos a importância da construção civil nesse processo. Por isso, convidamos A Economia B para trazer mensalmente para o Giro de Notícias uma informação relacionada ao nosso mercado que ajude a promover reflexões sobre como fazer isso, na prática.

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