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O que esperar do setor de construção civil em 2023

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Confira as principais análises de resultados da construção civil em 2022 e conheça as previsões e expectativas para o setor em 2023

Ano novo, novo ciclo, novo governo. O futuro ainda é incerto para o mercado de construção civil, mas muitos especialistas estão otimistas – especialmente com a possível retomada do programa Minha Casa, Minha Vida. 

A seguir, destacamos notícias que trazem análises sobre os resultados da construção em 2022 e apontam as expectativas para o mercado este ano. Confira, informe-se e prepare-se para ter um 2023 excelente!

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Expectativas para o setor de construção civil em 2023

Construção Civil fecha 2022 com alta de 10,9%, mostra INCC

Construção Civil fecha 2022 com alta de 10,9%, mostra INCC

O Índice Nacional da Construção Civil (INCC) encerrou 2022 com elevação de 10,9%, registrando a segunda maior taxa desde 2014. Em relação ao ano anterior, quando ficou em 18,65%, houve recuo de 7,75 pontos percentuais.

O resultado anual foi impactado pela taxa de dezembro, que apresentou variação de 0,08%, ficando 0,07 ponto percentual abaixo da registrada em novembro. Naquele mês, a alta de 0,15% foi o menor índice de 2022 e manteve a tendência de desaceleração no ano. 

O custo nacional para o setor habitacional por metro quadrado, que também é medido pelo Sinapi, subiu para R$ 1.679,25 em dezembro. Desse valor, R$ 1.001,20 correspondem aos materiais e R$ 678,05 à mão de obra.

No acumulado do ano os materiais atingiram 10,02%. A parcela do custo com mão de obra foi mais elevada e alcançou 12,18%. Em 2021, a parcela dos materiais fechou em 28,12% e a mão de obra em 6,78%.

Informações: Agência Brasil

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Custos da construção tendem a recuar em 2023, mas economia é ponto de atenção

Após atingir um pico em 2021, os custos do setor de construção desaceleraram no ano passado e a tendência é que continuem perdendo ritmo, segundo economistas ouvidos pela CNN. Porém, a definição da política econômica do governo eleito ainda segue como ponto de atenção, já que pode alterar a trajetória dos preços no setor.

“Domesticamente, temos que acompanhar como o governo vai lidar com os desafios que tem, sobretudo na questão fiscal, porque isso repercute no dólar e, por fim, na própria evolução na conjuntura macro”, ressalta Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção do FGV Ibre.

Além do efeito transmitido pelo dólar nos custos do setor, os juros também são um ponto de atenção importante. “É esperado que a Selic, no atual patamar de 13,75% ano, comece a baixar, mas a queda deve depender de algumas variáveis, em especial, de como o governo vai aplicar sua política fiscal”, diz Luccas Saqueto Espinoza, Economista da Go Associados.

A especialista do Ibre destaca ainda incertezas na conjuntura global que impactam, sobretudo, o custo de materiais. “Por um lado, há desaceleração nas economias desenvolvidas, o que tende a aliviar os preços de commodities. Por outro, a geopolítica ainda está carregada de incertezas”, diz.

Informações: CNN

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Indústria do cimento espera 2023 morno após queda nas vendas em 2022 

Imagem Morgan Von Gunten para Unsplash

Os fabricantes de cimento esperam alta de 1% nas vendas este ano, depois que a comercialização do material recuou mais que o esperado no ano passado, caindo 2,8%, para cerca de 63 milhões de toneladas. 

Segundo o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (Snic), a previsão é que a construção residencial mostre um desempenho razoável em 2023, com a possibilidade de incorporação de projetos de saneamento e o programa de habitação popular (Minha Casa, Minha Vida) ao longo do ano.

A expectativa do setor, que vive um quadro de mais de 33% de capacidade ociosa por falta de demanda, indicava queda de 2% nas vendas no ano passado, após crescimento de 6,6% em 2021. 

Além da alta dos juros, que impacta o setor imobiliário há meses, chuvas acima do previsto no final do ano, eleições e mesmo a Copa do Mundo pressionaram as vendas de cimento no ano passado.

Informações: Money Times

Faturamento dos fabricantes de materiais cai 7% 

O Índice Abramat, feito pela FGV para a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção, indica que a indústria de materiais de construção encerrou 2022 com queda de 7% no faturamento.

O resultado é um contraste em comparação com o ano anterior, quando houve um crescimento de 8,1%. “Sabíamos que não seria igual a 2021, mas não esperávamos uma queda tão grande”, admitiu Rodrigo Navarro, presidente da Abramat.

Inicialmente, a entidade esperava aumento de 1% no faturamento, o que foi substituído, em outubro, por uma queda de 2,2% e, em novembro, por um recuo de 6%. Já no início de dezembro, no entanto, o acumulado dos últimos 12 meses apontava para queda de 7,2% no faturamento.

De acordo com o presidente da Abramat, os principais fatores para o recuo nos resultados foram o endividamento das famílias, a taxa de juros elevada e a inflação em patamar alto, apesar de sob controle.

Para 2023, a entidade prevê uma pequena recuperação, com alta de 2%. Navarro afirma que o tom é de “otimismo moderado e cauteloso”, com expectativa de retomada de obras de infraestrutura e de habitação de interesse social, via programa Minha Casa, Minha Vida, no novo governo. 

Informações: Valor Econômico

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Prévia de resultados mostra recuo nos lançamentos de incorporadoras no 4T22

Até o fechamento desta edição, 16 empresas tinham apresentado seus resultados referentes ao quarto trimestre de 2022. Dessas, 13 registraram redução no valor geral de vendas (VGV) no período.

Dentre os motivos para tal redução, destacam-se:

Considerados fontes de ‘distração’ para os consumidores, os dois últimos fatores são vistos pelas incorporadoras como prejudiciais às vendas. Justamente por isso, algumas delas optaram por intensificar seus lançamentos no período anterior e no posterior. 

Caso, por exemplo, da Cury, que apesar de ter reduzido o VGV lançado em 40% do terceiro para o quarto trimestre de 2022, pretende passar de R$ 1 bilhão em VGV no primeiro trimestre deste ano, ante R$ 556 milhões no quarto trimestre do ano passado.

André Mazini, analista de real estate do Citi, disse ao Valor Econômico que a tendência de lançamentos mais tímidos deve continuar em 2023. Na visão do especialista, se não houver perspectiva de queda de juros, é difícil as companhias não reduzirem os lançamentos.

Informações: Valor Econômico

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