Conheça o projeto Construção 2030, que tem o propósito de traçar soluções para as construtoras do Brasil acompanharem as transformações do mercado
Degradação da biodiversidade, poluição e mudanças climáticas. Essa é a tripla crise global pela qual estamos passando, que impacta diretamente o meio ambiente, a qualidade de vida e até mesmo a sobrevivência de gerações futuras.
Diante desse cenário, fica cada vez mais evidente que a sociedade como um todo precisa agir para garantir um futuro mais sustentável.
O setor de construção especificamente tem uma grande responsabilidade nesse sentido. Afinal, segundo o relatório Circularity Gap 2022, o segundo maior emissor de gases de efeito estufa do mundo é a construção e a manutenção de moradias – com 13,5 bilhões de emissões.
Além disso, o estudo aponta que a adoção de práticas sustentáveis na construção teria o potencial de diminuir significativamente o impacto deste mercado nas emissões globais. Isso, por sua vez, ajudaria a evitar futuras catástrofes climáticas.
Por exemplo, o uso de soluções naturais em moradias (como ecotelhado e uso de energia renovável) e a diminuição dos espaços utilizados para residências (por meio de prédios multifuncionais e coliving) teria o potencial de gerar uma economia de 9.63 bilhões de toneladas de emissões e 8.45 bilhões de toneladas de materiais utilizados na construção.
Neste sentido, para impulsionar as transformações necessárias para tornar o mercado de construção mais sustentável, é importante repensar a forma de planejar e construir. Para isso, vale pensar em inovações em soluções, design e materiais que ajudem a diminuir o impacto ambiental dos processos construtivos.
Aliando essa demanda às transformações cada vez mais velozes em termos de adoção de ferramentas digitais, fica claro que o mercado de construção está passando por uma revolução que deve impactar drasticamente o setor no futuro.
Foi justamente para acompanhar as movimentações nesse sentido que a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) criou o projeto Construção 2030.
O que é o projeto Construção 2030
Resultado de uma parceria entre o CBIC e o SENAI Nacional, o projeto Construção 2030 tem o propósito de analisar o futuro da construção civil no cenário mundial e traçar soluções para que as construtoras do Brasil possam acompanhar as transformações.
O objetivo da iniciativa é fomentar uma cultura voltada para inovação nas empresas de construção, por meio de tecnologias e construções sustentáveis.
O projeto propõe avaliar:
- O modelo e as oportunidades de negócio;
- Materiais, equipamentos e tecnologias;
- Automação;
- Perfil, capacitação e formalização da força de trabalho;
- A relação com o poder público nas suas diversas instâncias, em um ambiente de maior integração dos diversos segmentos dessa indústria.
A ideia é acelerar a modernização do setor e aproximá-lo cada vez mais de seus públicos.
O que você encontra na plataforma Construção 2030
Dentro da plataforma Construção 2030 é possível conhecer tendências e exemplos práticos de inovações nas áreas de habitação e infraestrutura.
“A iniciativa tem um olhar para o futuro da construção no mundo e os cenários para o Brasil nesse futuro. O empresário que quer inovar tem no projeto Construção 2030 um roteiro necessário para se pautar”, explica o vice-presidente da Área de Inovação da CBIC, Dionyzio Klavdianos.
Na área que indica as novas transformações, a plataforma lista diversas movimentações e tendências do setor de construção no cenário mundial, destaca o nível de maturidade dessas questões no mercado e, além disso, aponta exemplos práticos dessas inovações.
Uma das tendências tecnológicas sustentáveis em destaque é o Canteiro de Obra Zero Resíduos.
O Construção 2030 aponta que a combinação de novos materiais, construção modular e automatização da construção, com o uso intensivo de robótica e impressão 3D, fará surgir uma construção de habitações que não produzirá resíduo no canteiro de obras.
Outra tendência é a Moradia Temporária. Sobre ela, o Construção 2030 destaca: “com novas habitações e formas de compartilhamento dos espaços, surgirão novos modelos de propriedade junto com uma cultura de morar provisório e de habitação como serviço”.
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Revolução digital e sustentável na construção
O mercado de construção é universalmente conhecido por suas ineficiências e também pelo grande impacto ambiental que suas operações causam.
Não é à toa que essas são duas questões interligadas. Afinal, ineficiências levam a desperdícios e à falta de planejamento estratégico, que pode resultar em consequências ambientais graves.
É por isso que a revolução digital e sustentável pela qual estamos passando é tão relevante. Trazer a tecnologia para a construção vai torná-la mais eficiente. Essa eficiência, por sua vez, facilitará a transição para práticas mais sustentáveis.
A adoção de tecnologia de dados é um exemplo do potencial dessa conexão entre digitalização e sustentabilidade. Afinal, sistemas de coleta e análise de dados podem ajudar os gestores de obras a identificar e diagnosticar problemas e processos nocivos ao meio ambiente. É o caso, por exemplo, do desperdício de recursos e de impactos em áreas com biodiversidade vulnerável.
Aqui na CELERE, sabemos que para se manterem relevantes no futuro, as construtoras e incorporadoras precisam, cada vez mais, adotar práticas e soluções que aumentem a eficiência de seus projetos e as preparem para acompanhar as transformações do mercado.
Por meio de uma gestão de obra baseada em dados estratégicos, nossas soluções e metodologias nas áreas de planejamento, orçamento e acompanhamento de obras podem ajudar sua empresa a dar esse passo rumo ao futuro.
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