Conheça três tendências no setor imobiliário impulsionadas pelas novas demandas dos consumidores em termos de espaços de moradia e trabalho
- Mais pessoas trabalhando de casa;
- Maior foco em conforto doméstico;
- Escritórios com novos propósitos;
- Prédios multiusos;
- Crescente preocupação com saúde e bem-estar.
Esses são alguns dos movimentos resultantes da pandemia de Covid-19 que devem se refletir diretamente em novas demandas no mercado de construção.
Este artigo tem o objetivo de entender as previsões sobre essas tendências no setor imobiliário e, assim, ajudá-lo a se preparar para o futuro. Acompanhe!
Leia os outros artigos dessa série:
- Cenários para a construção civil pós-Covid
- Impactos da Covid-19 na construção civil – tendências emergentes e como se preparar para elas
Tendências no setor imobiliário pós-Covid:
#1 Mais espaços para home-office
O trabalho remoto foi uma das principais medidas adotadas pelas empresas para evitar a propagação da Covid-19. De acordo com um estudo nacional, 46% das companhias entrevistadas disseram ter migrado para o home office em algum momento durante a pandemia.
Nesse cenário, muitos profissionais se viram despreparados para acomodar um espaço de trabalho dentro de casa, improvisando com mesas no meio da sala, do quarto ou até no corredor.
Ao que tudo indica, mesmo depois do fim da necessidade de isolamento social essa modalidade de trabalho continuará em crescimento – com algumas organizações adotando o teletrabalho de forma integral e outras aderindo ao home office parcial.
Dessa forma, as pessoas passarão a levar a possibilidade do trabalho remoto em consideração na hora de construir casas ou ao escolher uma nova moradia.
Isso, por sua vez, poderá se refletir da seguinte maneira no mercado imobiliário e de construção:
- Os consumidores passarão a procurar casas e apartamentos que ofereçam espaço para que eles tenham um local exclusivo para o home office. Assim, a divisão dos ambientes em casas e apartamentos precisará ser repensada, levando essa demanda em consideração.
- Outra possibilidade é que os condomínios ofereçam espaços de coworking para os moradores utilizarem – algo que já acontece em certa medida, mas que pode se tornar mais comum com o crescimento do trabalho remoto.
- Indo além, essa mudança na forma de trabalho deve se refletir também na maneira como os escritórios são utilizados. Assim, os espaços para empresas deverão levar em consideração a possibilidade, por exemplo, de se oferecer locais e ambientes compartilhados ao invés de escritórios e mesas individuais.
Tendências no setor imobiliário pós-Covid:
#2 Busca por mais espaço e menos aglomeração
Depois de passar meses de isolamento em casa, muitas pessoas estão repensando a maneira como vivem. Esse período de “retiro doméstico” forçado evidenciou a importância de um lar confortável especialmente em grandes metrópoles, onde os espaços são escassos, com apartamentos pequenos e por vezes mal planejados.
Nesse sentido, uma tendência global observada durante a pandemia foi o movimento crescente de pessoas saindo das cidades e indo para o interior, onde podem ter moradias mais espaçosas e menos contato com aglomerações.
Inclusive, um levantamento do Grupo Zap apontou que a procura por imóveis nas cidades com mais de 100 quilômetros de distância da capital paulista subiu 340% entre janeiro de 2020 (antes da pandemia chegar ao Brasil) e maio, quando as medidas de isolamento já haviam sido amplamente adotadas no país.
Especialistas alertam que esse movimento de “interiorização” não é um fenômeno novo no país e que mesmo antes da Covid-19 isso já vinha crescendo – especialmente por conta da melhoria da infraestrutura fora das metrópoles. Contudo, essa é mais uma tendência que foi fortalecida e acelerada pela pandemia e que também deve se refletir nos processos e nas demandas do mercado de construção.
Por exemplo:
- A busca por habitações com mais espaço deve orientar as decisões de compra dos consumidores nos próximos anos – independentemente, aliás, de essa migração seguir acontecendo ou não.
- Levando em conta esse possível movimento, as construtoras e imobiliárias deverão rever seus investimentos e buscar alternativas de terrenos em lugares mais isolados.
- O crescimento do home office também está atrelado a essa tendência. Afinal, a ausência da necessidade de se morar perto do trabalho faz com que as pessoas considerem comprar moradias longe dos centros urbanos. Então, as habitações oferecidas no interior também precisam levar isso em consideração e oferecer ambientes para trabalho remoto.
- Além disso, millennials e membros mais velhos da Geração Z estão entre os que encabeçam esse êxodo urbano. Portanto, as moradias fora da cidade precisam estar alinhadas às demandas desse público.
Saiba mais!
- Como os millennials podem mudar as regras do mercado de construção civil
- Como se preparar para o impacto da Geração Z no setor imobiliário e de construção
Tendências no setor imobiliário pós-Covid:
#3 Maior preocupação com saúde e bem-estar
Máscaras e álcool em gel podem até se tornar coisa do passado uma vez que a pandemia efetivamente acabe. Contudo, a preocupação com saúde e bem-estar permanecerá viva depois desse período – e isso, por sua vez, deve impactar na forma como os ambientes públicos e privados são pensados e construídos.
O fato é que a Covid-19 nos fez mais conscientes do quanto compartilhamos espaços e objetos. Então, há a possibilidade de que isso afete diretamente os hábitos e decisões de compra das pessoas.
Neste sentido, construtoras e incorporadoras precisam entender que oferecer espaços que levem em conta a higienização, a saúde e o bem-estar será importante para conquistar os consumidores no mundo pós-pandemia.
Por exemplo:
- Com mais pessoas lavando as mãos constantemente, o desejo de ter lavabos perto da cozinha ou na entrada na casa pode ser uma demanda daqui pra frente.
- Durante o isolamento, muitas pessoas passaram a se exercitar dentro de casa – hábito que pode permanecer após o fim da pandemia. Então, oferecer moradias (casas e condomínios) com espaços dedicados à prática de exercícios pode ser um diferencial importante.
- A correta ventilação dos ambientes também foi uma preocupação trazida pela pandemia e que deve continuar depois desse período. Então, as construções precisam levar em conta essa questão para atender às necessidades das pessoas no pós-Covid.
Saiba mais!
Como serão as moradias do futuro?
Essas possíveis mudanças são apenas algumas das tendências no setor imobiliário pós-pandemia de Covid-19. O fato é que a evolução tecnológica e as variações no comportamento dos consumidores deverão impulsionar transformações importantes para o nosso setor nos próximos anos. Então, a pergunta que fica é:
Sua empresa está preparada para acompanhar essas movimentações?
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