Nas últimas semanas, tenho acompanhado com atenção as discussões em torno da nova fase do Minha Casa, Minha Vida.
Demorei um pouco para escrever sobre o tema porque queria entender melhor o que essas mudanças realmente significam para quem atua com viabilidade, incorporação e construção.
Agora, com os dados mais consolidados e as medidas aprovadas pelo Conselho Curador do FGTS, dá para enxergar com mais clareza: o programa habitacional está sendo redesenhado para incluir a classe média – e isso pode abrir um novo ciclo de oportunidades (e desafios) para o setor.
O que mudou?

Com a criação da Faixa 4 do programa, famílias com renda mensal de até R$ 12 mil passam a ter acesso a financiamento com juros reduzidos (10,5% ao ano) e prazos de até 420 meses para aquisição de imóveis de até R$ 500 mil. A nova faixa é viabilizada com R$ 30 bilhões em recursos – metade desse valor vindo do FGTS, metade de instituições financeiras habilitadas.
Além disso:
- A Faixa 3 foi ampliada, agora atendendo famílias com renda de até R$ 8,6 mil;
- Os tetos de valor dos imóveis foram ajustados, especialmente para municípios menores;
- O Fundo Social do Pré-Sal foi incorporado à política habitacional, com horizonte de investimentos até 2032.
Segundo o governo, mais de 120 mil famílias devem ser beneficiadas já em 2025.
Por que isso importa para o seu planejamento?
Se você trabalha com empreendimentos voltados à classe média (ou está considerando entrar nesse segmento), essa expansão do MCMV muda o jogo.
Mais do que um incentivo de crédito, ela cria novas referências de produto, preço e localização para os próximos ciclos do mercado. Mas, como sempre, o desafio está em responder rápido – sem perder a precisão.
Em um cenário de margens apertadas, é essencial modelar bem os custos desde o início, entendendo:
- Qual tipologia cabe nesse novo teto de financiamento?
- Quais regiões podem receber projetos competitivos com os novos parâmetros?
- Como ajustar o orçamento para garantir viabilidade mesmo com juros mais baixos?
Como a Celere pode ajudar?
Se, por um lado, a nova faixa do Minha Casa, Minha Vida amplia o mercado, por outro, exige decisões rápidas, estruturadas e com base em números reais. E é exatamente para esse momento – de validação rápida de terrenos, produtos e margens – que o Budget Paramétrico da Celere foi criado.
Diferente de orçamentos genéricos baseados apenas em R$/m², nosso modelo paramétrico vai além:
- Levantamos as informações iniciais do produto, como áreas, pavimentos, ambientes e metodologias construtivas prováveis;
- Buscamos projetos semelhantes na nossa base com mais de 550 empreendimentos orçados;
- Rodamos análises comparativas com o CUB e outros índices, mas ajustamos cada item às particularidades do seu negócio.
O resultado é um orçamento de viabilidade técnico, rápido e confiável – que ajuda você a entender se aquele produto, naquele terreno, com aquele preço de venda, realmente se sustenta.
Além de economizar tempo e evitar retrabalho, esse tipo de orçamento permite:
- Avaliar terrenos com mais segurança antes de fechar a compra;
- Simular diferentes combinações de produto e preço com agilidade;
- Reduzir o risco de seguir adiante com um negócio que não se paga.
Tudo isso com base em uma plataforma de dados que acumula, em média, 400 vezes mais informações do que um orçamento tradicional.
Se você está analisando empreendimentos para aproveitar o novo momento do MCMV ou quer entender se os produtos que já está desenvolvendo fazem sentido nesse novo cenário, podemos te ajudar a tomar decisões mais seguras desde já. Entre em contato e vamos conversar.
Boa semana!
Raphael Chelin
CEO
Leia também: Custo Unitário Básico (CUB) x orçamentos precisos na construção