Há alguns dias, viralizou no LinkedIn um vídeo que mostrava um túnel pré-moldado sendo colocado sob uma rodovia na Holanda em apenas um fim de semana. Em pouco tempo, o post gerou um debate acalorado sobre as diferenças entre obras públicas como essa executadas no Brasil e sobre a eficiência na construção civil, de maneira geral.
Entre piadas, críticas a políticos e à forma como geralmente as obras são conduzidas em nosso país, centenas de engenheiros apresentaram seus pontos de vista e lamentaram a falta de eficiência das obras públicas brasileiras.
É fato que planejamento não é uma palavra muito comum em nossa realidade. Lamentavelmente, na maioria das vezes, o interesse político conta muito mais do que qualquer interesse técnico. E se boa parte das empresas privadas não investe em planejamento, imagine o setor público!
Acontece que muitas destas obras são mal licitadas (apenas com projetos básicos) e, em inúmeros casos, com o local (área) da obra ainda não desapropriado. Além disso, por questões políticas, o setor público pressiona o início de obras, e muitas delas nem chegam a ser concluídas.
Para você ter uma ideia, uma notícia publicada em 08/11/2016 no portal G1 alertou para o fato de que existiam, na época, 22 mil obras inacabadas no Brasil. Na ocasião, para contornar a situação foi criada uma comissão especial de obras inacabadas, liderada pelo senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO). No entanto, até onde conseguimos apurar no site da comissão, pouco houve de concreto desde então.
Má produtividade não é exclusividade do Brasil
A questão política atrapalha, é verdade, mas a falta de produtividade do setor da construção não é uma questão em evidência apenas no Brasil. A McKinsey&Company fez um estudo mostrando que a improdutividade do setor é um problema mundial.
De acordo com a consultoria, nas últimas duas décadas, o crescimento da produtividade da mão de obra na construção civil foi de 1% ao ano, em média, contra 2,8% da economia mundial e de 3,6% da indústria. “Há uma grande lista de empresas pequenas e de baixíssima produtividade em operação, e muitos projetos de construção acabam sofrendo atrasos no cronograma e aumento nos custos”, aponta o levantamento.
Apesar do cenário preocupante, é preciso lembrar que onde há dores e problemas, há oportunidades.
Atualmente, existem diversas iniciativas propondo mudanças em modelos de negócios e a adoção de novas tecnologias. Muitas startups estão sendo criadas e há investimentos sendo feitos nesse sentido (inclusive de empresas consolidadas, que estão recrutando uma quantidade grande de startups, buscando esse aumento de eficiência).
Eficiência na construção civil é o pilar central da Celere
Nós buscamos aumentar a produtividade em todas as nossas ações. Nosso próprio modelo de negócio é alinhado a esse pensamento. Na era do compartilhamento, pensamos em um escritório de engenharia compartilhado (co-engineering), um modelo que, por si só, já é mais eficiente.
Em nossa opinião, este movimento faz parte da mudança do cenário que nosso mercado tanto precisa. Nós estamos vivendo essa mudança. Mais do que isso, fazemos parte dela.
Se você deseja o mesmo, fale com a gente.