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Como a painelização pode reduzir custos e prazos na construção civil
Foto de Equipe Celere

Equipe Celere

Como a painelização pode reduzir custos e prazos na construção civil

  • abril 21, 2025
  • , 3:49 am
  • , Tendências

Entenda como a técnica industrial da painelização muda a lógica do canteiro de obras e responde aos desafios estruturais do setor

O cenário atual da construção civil pode ser desafiador, principalmente se levarmos em consideração a escassez de mão de obra qualificada e a pressão por maior produtividade.

Para se ter uma ideia, dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) apontam que 7 em cada 10 construtoras enfrentam dificuldade para contratar profissionais qualificados. Além disso, a idade média dos trabalhadores do setor já chega aos 43 anos. Essa situação evidencia um problema estrutural: a mão de obra está escassa e envelhecendo, enquanto a demanda por produtividade permanece alta.

Essa escassez de profissionais não é isolada. “Fazemos reuniões presenciais com construtoras de todas as regiões do Brasil. E em 100% delas o assunto ‘apagão de mão de obra’ aparece”, relata Mauro de Couet, diretor executivo da Alpha Engenharia.

Para ele, esse cenário, somado à pressão por prazos curtos e custos elevados, torna a industrialização não mais uma escolha por inovação ou sustentabilidade – mas uma necessidade urgente.

Dentro dessa demanda, a técnica da painelização – que consiste na fabricação industrial de paredes de vedação para posterior montagem no canteiro – surge como uma solução eficiente e viável para acelerar obras, melhorar a qualidade e tornar os empreendimentos mais rentáveis.

Na oitava edição do INCORPOD, webinar promovido pela Celere para debater pautas importantes para o mercado, Raphael Chelin, CEO da construtech, conversou com Alan Schütz, da Bauser, e Mauro de Couet, da Alpha Engenharia. Os três falaram sobre os principais desafios da industrialização no Brasil e mostraram, na prática, como a painelização pode transformar a lógica tradicional dos canteiros de obra.

A seguir, entenda quais são os principais ganhos que essa ferramenta oferece e de que forma ela pode impactar diretamente suas obras. 

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Caminho da industrialização

Para que a industrialização funcione de forma plena, é preciso mudar a forma de pensar e planejar os empreendimentos. Isso começa pela valorização dos projetos. “Não tem como industrializar se os projetos continuam sendo entregues de forma superficial, com prazos apertados e contratos ativados tarde demais”, explica Alan Schütz.

A nova lógica passa por projetar para a indústria, não mais apenas para o canteiro. Isso significa, por exemplo, escolher sistemas como painelização, construção modular, impressão 3D e kits hidrossanitários/elétricos ainda na fase de concepção. “É preciso perguntar: o que consigo utilizar da indústria para que meu projeto seja absorvido por ela?”, completa.

Nesse contexto, Alan acredita que a tendência é que incorporadoras e fábricas se alinhem para desenvolver empreendimentos em conjunto.

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Obras híbridas: eficiência sem abrir mão da estrutura em concreto

A Bauser aposta em um modelo de obra híbrida: estrutura moldada in loco com concreto protendido e vedação com painéis industrializados em light steel frame. Essa combinação garante ganhos expressivos sem abandonar a base mais consolidada do setor.

A protensão é uma técnica que antecipa os esforços estruturais aplicando força às cordoalhas de aço antes da concretagem. Diferente do concreto armado, no qual o aço começa a trabalhar apenas após a estrutura apresentar fissuras, o concreto protendido já nasce comprimido, evitando trincas e deformações desde o início.

Solução Bauser para obras híbridas: eficiência sem abrir mão da estrutura em concreto

Esse detalhe faz toda a diferença para a painelização. Com alturas uniformes entre pavimentos, a instalação dos painéis se torna muito mais simples e rápida – tanto nas fachadas quanto internamente. 

Ou seja, a protensão prepara o terreno para uma painelização mais eficiente, favorecendo a padronização e reduzindo retrabalhos.

Além disso, o concreto protendido permite:

  • Ciclos de execução das lajes até três vezes mais rápidos;
  • Redução de até 40% da mão de obra na execução da estrutura;
  • Uso de 50% menos escoramento nas lajes;
  • Estruturas mais baratas;
  • Economia nas fundações;
  • Mais liberdade arquitetônica, com menos pilares e ausência de vigas.

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Benefícios da painelização

Ao substituir processos tradicionais como alvenaria, chapisco, reboco, pintura e uso de balancim, a painelização entrega um pacote completo de soluções industriais que reduzem riscos, imprevistos e retrabalho no canteiro. A previsibilidade aumenta – e os ganhos, também.

Entre os principais resultados observados em obras reais, destacam-se:

  • Redução de até 25% na necessidade de mão de obra;
  • 80% menos tempo para executar as paredes;
  • 10% de aumento na produtividade geral da obra;
  • Queda de 25% no prazo total de execução;
  • 40% menos entulho gerado no canteiro;
  • Redução de 30% no tempo de exposição a riscos em altura;
  • 25% menos retrabalho, segundo relatos de incorporadoras.

Comparativo de custos: protensão e painelização x método tradicional

Raphael ChelinDurante o Incorpod, Raphael Chelin, CEO da Celere, explicou que a equipe da construtech realizou uma análise comparativa entre o desempenho do método tradicional – com alvenaria e concreto armado convencional – e alternativas industrializadas, como a protensão e a painelização, a partir de cinco obras reais.

“São obras que têm entre 15 mil e 30 mil m² de área construída, uma ou duas torres de 29 a 35 pavimentos e até cinco subsolos”, detalha Raphael. “O prazo total de execução dessas obras variava de 28 a 36 meses, com custos médios entre R$ 3.250 e R$ 3.870 por m² de área construída.”

Quando se substitui a alvenaria tradicional pela painelização, inúmeros serviços deixam de existir no canteiro, como mostra a imagem abaixo. 

Comparativo de custos: protensão e painelização x método tradicional

Embora o custo do painel seja de R$ 504/m², e os serviços substituídos representam R$ 423/m² – ainda há uma redução no custo indireto de R$ 67/m² devido à diminuição de prazo (7 a 8 meses), chegando a uma diferença de 3%, R$ 504/m² o custo do painel, contra R$ 490/m² com a solução tradicional.

“Na prática, temos um empate técnico de custo, com benefícios muito superiores em termos de tempo, qualidade e segurança”, afirma o executivo. “Com um prazo menor, os juros de financiamento são significativamente menores. Começamos a ter impactos não só quantitativos, mas qualitativos também, como previsibilidade e velocidade na entrega”, acrescenta.

Isso sem considerar outras economias indiretas que variam conforme a estrutura de cada empresa. “Você tem menos empreiteiros, menos etapas para gerenciar, menos gente no canteiro. E menos gente, além de significar menos necessidade de equipe de administração de obra, significa também menos riscos trabalhistas e menos exposição a acidentes. Tem empresa que já teve obra paralisada por meses por conta de acidente grave – isso tem um custo gigantesco”, destaca.

Por fim, Raphael também sinaliza os impactos reputacionais: “Fora o ganho de imagem. Entregar antes melhora a marca da empresa e a satisfação do cliente final”, aponta.

Complementando o debate, Alan Schütz reforça que os ganhos da painelização vão além dos custos e prazos. “A gente nem entrou na parte do desempenho da painelização. Você tem um conforto térmico e acústico muito superior, além de menos desperdício, menos consumo de água, menos CO₂. Isso pesa tanto no ESG quanto na percepção de marca”, disse.

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Construir diferente começa com pensar diferente

Para Alan Schütz, diretor da Bauser, o próximo passo da industrialização depende de algo simples: segurança para decidir.

“O desafio da painelização hoje é provar que ela é viável economicamente, que resolve tecnicamente, evita patologias e ainda pode ser competitiva. Mas isso só acontece com números reais, simulando o custo total considerando escopo, tempo e tecnologia”, comenta.

Neste sentido, ele defende que a mudança comece no projeto e no orçamento, com mais tempo e planejamento. “Se não pensar diferente desde o início, não adianta. Painelizar não é simplesmente trocar uma parede. É mudar a lógica da obra, do desenho à execução”, explica, e reforça que essa transição exige preparo técnico, gerencial e educacional. “Empresas que já painelizam não voltam atrás. E esse mercado ainda está só começando no Brasil. Temos uma demanda gigantesca, inclusive por profissionais com mentalidade de fábrica, não só de canteiro.”

Raphael Chelin, CEO da Celere, encerra lembrando que a evolução começa “no papel”. “Mesmo que você ainda não vá industrializar nada, comece repensando o projeto. Só isso, pelos próximos dois ou três empreendimentos, já prepara a base para dar o próximo passo.”

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