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Guia da análise de custos no desenvolvimento de produtos na incorporação 

Guia da análise de custos no desenvolvimento de produtos na incorporação 

Conheça boas práticas de engenharia que podem contribuir para aumentar a eficiência e a precisão da análise de custos ao longo do ciclo de incorporação

Como a análise de custos no desenvolvimento de produtos pode ajudar a garantir a lucratividade e a eficiência operacional em projetos de construção?

Essa foi a pergunta central da quinta edição do Incorpod, webinar recorrente promovido pela Celere com o objetivo de discutir temas relevantes para o mercado imobiliário e de incorporação, e compartilhar conhecimentos, experiências e melhores práticas. 

O convidado de Raphael Chelin (engenheiro civil e CEO da Celere) no Incorpod #5 foi Rodrigo Valente, diretor de engenharia e operações da Hype Empreendimentos

Durante o evento, os dois compartilharam boas práticas de engenharia e governança que podem contribuir para uma análise mais precisa e eficaz dos custos ao longo do ciclo de incorporação.

A seguir, acompanhe os principais insights dessa conversa.

A importância da análise de custos no desenvolvimento de produtos na incorporação

A importância da análise de custos no desenvolvimento de produtos na incorporação
Imagem: rawpixel.com

Um levantamento realizado com a base da Celere nos últimos 18 meses mostrou que apenas 18% das empresas realizam uma análise de custos detalhada durante o desenvolvimento do projeto.

Raphael Chelin“Isso resulta em perdas significativas. Afinal, muitas vezes os custos de construção só são identificados após o lançamento do projeto ou durante o processo de orçamentação da obra, quando as opções de ajuste são limitadas devido ao produto e à tabela de vendas já estarem fechados”, alerta Raphael.

Na avaliação do executivo da Celere, estes são alguns benefícios que a análise de custos no desenvolvimento de produtos pode trazer para as incorporadoras:

#1 Viabilidade econômica 

A análise de custos permite que a incorporadora avalie se um projeto é financeiramente viável antes de iniciar sua execução. Ou seja, ao analisar os custos envolvidos, é possível determinar se o retorno esperado justifica o investimento necessário.

#2 Tomada de decisão informada

A análise de custos fornece informações essenciais para tomar decisões estratégicas durante o processo de desenvolvimento do produto. Com base nisso, os incorporadores podem fazer ajustes nos projetos para maximizar a eficiência e a rentabilidade.

#3 Controle de orçamento

A análise de custos ajuda a estabelecer e controlar o orçamento do projeto, garantindo que os gastos permaneçam dentro dos limites planejados. Isso é fundamental para evitar custos excessivos e garantir a lucratividade do empreendimento.

#4 Identificação de oportunidades de economia 

Ao analisar detalhadamente os custos envolvidos em cada fase do desenvolvimento do produto, os incorporadores podem identificar oportunidades de economia e otimização de recursos, contribuindo para a maximização dos lucros.

#5 Minimização de riscos

Por fim, a análise de custos permite identificar e mitigar potenciais riscos diversos associados ao projeto que, ao final, se traduzem em riscos financeiros. Isso inclui a identificação de custos imprevistos e a avaliação de alternativas para reduzir a exposição a esses riscos.

Ou seja, a análise de custos nesta etapa pode representar um salto de controle e governança para as incorporadoras.

Leia também: [Case] Controle de custos eficiente leva à margem de lucro de 25%

A importância de adaptar a análise de custos a cada etapa do ciclo de incorporação

A importância de adaptar a análise de custos a cada etapa do ciclo de incorporação
Imagem criada por freepik – www.freepik.com

Durante o Incorpod #5, Raphael falou sobre o ciclo de incorporação e compartilhou métodos e estratégias para otimizar cada etapa.

Ele ressalta que uma questão importante em relação ao ciclo de incorporação – que dura cerca de cinco anos – é que é preciso adaptá-lo ao perfil e às necessidades do negócio e do produto. 

“No final das contas, o próprio negócio dita o ciclo de incorporação. Ele é o protagonista. A engenharia precisa se adaptar a esse ciclo, pois o objetivo é vender unidades para o cliente final ou para investidores. Assim como o padeiro precisa fazer pães para vender, nós, na construção, somos responsáveis por construir os prédios (produtos) que vendemos”, indica.

Segundo o engenheiro, de forma simplista, é possível dividir o ciclo de incorporação nas seguintes etapas:

  • Compra de terreno
  • Lançamento
  • Início das obras
  • Término das obras

Levando em conta essas etapas, ele indica a relevância da análise de custos ao longo do desenvolvimento e evolução do projeto.

Análise de custos no estudo de massa

Antes de comprar o terreno, é importante fazer um estudo de massa para estimar o custo de construção. Contudo, a maioria das empresas não faz isso de forma aprofundada. 

“Muitas empresas não realizam um estudo detalhado e simplesmente calculam utilizando o CUB. Esse método pode trazer diversas imprecisões e comprometer significativamente o resultado do negócio”, avalia.

Leia também: CUB e INCC: no que se diferenciam e como podem impactar o orçamento de obras?

Análise de custos na elaboração de projetos básicos

Após a negociação do terreno, inicia-se o desenvolvimento do projeto básico e a obtenção de aprovações legais para poder lançar o empreendimento.

Nessa etapa, o executivo da Celere comenta que já é fundamental ter uma análise de custos detalhada. Afinal, qualquer ajuste feito no orçamento depois do lançamento pode representar grandes riscos financeiros. 

“Claro que você pode fazer alterações nos projetos complementares e executivos dentro do escopo planejado para o lançamento. No entanto, quanto mais cedo a análise de custos for realizada com precisão e detalhamento, melhor será o resultado entregue pela engenharia”, ressalta.

Análise de custos na elaboração de projetos complementares

Nesta fase, são desenvolvidos os projetos complementares, que englobam todas as disciplinas necessárias para fazer o produto funcionar – instalações, fundações e estrutura etc. 

É fundamental que se detalhe todo o quantitativo (escopo) conforme os critérios de contratação e metodologias construtivas da construtora. Esse detalhamento, juntamente com a base de composições e a consideração dos custos unitários de cada serviço (de acordo com a regionalidade), são essenciais para uma boa condução do gerenciamento da obra.

Raphael alerta que o custo de construção representa cerca de 50% do custo total do negócio de incorporação, com algumas variações regionais de tipologias e de padrão muito significativas, que podem impactar diretamente os resultados do negócio.

“Mesmo assim, é comum que muitas empresas iniciem as obras sem ter todos os projetos complementares, finalizando-os apenas após cinco ou seis meses de obra. Ainda neste cenário, é possível adotar premissas para fechar o custo de construção previsto para obra. Caso contrário, como você sabe por quanto pode contratar, ou então as quantidades a serem contratadas, se você não sabe qual o custo total do empreendimento, e nem tem o escopo fechado?’”, questiona.

A importância de processos equilibrados

A importância de processos equilibrados
Foto de Pixabay

Raphael detalha que é importante ter processos de transição entre uma etapa e outra do ciclo de incorporação – desde a compra do terreno até a construção e entrega do empreendimento. 

Nesse sentido, ele cita que algumas empresas têm comitês envolvendo tanto a equipe de incorporação quanto a equipe de engenharia para validar cada etapa. Em alguns casos, os gerentes de obra realizam uma avaliação para contribuir com a experiência e estudos antes do lançamento. 

Contudo, o CEO da Celere frisa que nem todas as empresas precisam ter essa estrutura. É importante encontrar um equilíbrio entre a análise detalhada e a agilidade na tomada de decisões.

“Cada empresa tem seus próprios processos de transição entre as etapas, mas é importante evitar burocracias excessivas que possam atrasar as decisões e comprometer o timing do projeto”, recomenda.

Rodrigo Valente, diretor de engenharia e operações da Hype Empreendimentos, reforça a visão de Raphael. Além disso, ele destaca a necessidade de encontrar o formato ideal de governança para o tamanho da empresa e a maturidade do time, para evitar desgastes desnecessários nas discussões.

O executivo da Hype indica ainda que é essencial ter uma integração sólida entre as equipes. Assim, é possível realizar o desenvolvimento do produto ao longo do ciclo de incorporação de forma mais eficiente – levando em conta os custos e as necessidades do negócio. 

Rodrigo Valente“Durante esse processo, é normal haver debates entre os envolvidos, e as pessoas precisam aprender a lidar com essa dinâmica. Desde o momento da análise de massa até a compra do terreno, é importante começar a pensar em por que e para quem o projeto será realizado, para direcionar o desenvolvimento do produto. Isso inclui a colaboração da engenharia na análise de custos e planejamento, seguindo uma mesma linha de raciocínio e propósito”, frisa.

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