Um giro pelas principais movimentações e novidades do mercado de construção para você ficar por dentro do que acontece no setor
O compromisso da CELERE é ajudar construtoras e incorporadoras a trabalharem de maneira mais estratégica e eficiente. Fazemos isso por meio de metodologias e serviços exclusivos e também com a entrega de conteúdo qualificado.
Para ajudá-lo a entender as movimentações do mercado e ficar a par de informações que podem afetar o seu dia a dia, em setembro lançamos o “Giro de notícias”, série de artigos em que destacamos alguns dos principais acontecimentos recentes do setor de construção.
Na edição de hoje (referente ao mês de outubro de 2022), você vai conhecer as perspectivas de crescimento do mercado de construção, ver análises sobre o número de lançamentos de imóveis no Brasil e descobrir os principais resultados de vendas no terceiro trimestre. Acompanhe!
Incorporadoras conseguem derrubar cobranças de IPTU Predial no TJSP
Empreendimentos imobiliários têm conseguido cancelar no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) cobranças milionárias de IPTU Predial efetuadas pela Prefeitura de São Paulo.
As ações judiciais tratam de valores referentes a diferenças de metragem entre o terreno e a obra concluída, exigidos, anos depois, de forma retroativa pelo município. A alegação é que a prefeitura não tem cobrado o IPTU no prazo devido – em alguns casos, demorando até dois anos para fazer a cobrança.
Os empreendimentos que processaram o governo paulista defendem que, uma vez transmitida a Declaração Tributária de Conclusão de Obra (DTCO) – obrigação acessória que deve conter a informação sobre a metragem adicional construída para pagamento do IPTU Predial –, a prefeitura deveria cobrar o imposto já no mês seguinte, sob pena de perder o prazo, com base no artigo 149, inciso VIII do Código Tributário Nacional (CTN).
Com base nessa alegação, os empreendimentos têm derrubado cobranças milionárias. Há casos de lançamentos retroativos, por exemplo, que envolvem mais de R$ 40 milhões.
Informações: Valor Econômico
Leia também: Como reduzir as cargas tributárias na construção civil
CBIC prevê expansão de 3,5% para o mercado de construção civil em 2022
Depois de elevar a previsão de crescimento deste ano de 2% para 2,5% em abril, agora a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) projeta nova expansão de 3,5% para o setor em 2022. Este dado representa um aumento maior que o do PIB brasileiro que, de acordo com a Pesquisa Focus, tem previsão de alta de 2,65%.
Ieda Vasconcelos, economista da CBIC, aponta que a construção civil cresce acima da economia nacional em todas as bases de comparação dos resultados do PIB. “Enquanto a economia cresceu 1,2% neste segundo trimestre com relação ao primeiro, a construção civil cresceu 2,7%. Se compararmos ao resultado anual, o país cresce 2,5%, enquanto o setor cresce 10,5%”, ressalta.
Além disso, Ieda destaca que a construção civil está 12,5% acima do nível de atividade do período pré-pandemia.
Informações: Assessoria de imprensa CBIC
Número de novos imóveis comercializados no Brasil aumenta 18%
Um levantamento feito pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) aponta que houve um aumento de 18% nos imóveis comercializados no primeiro semestre deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado.
Segundo a entidade, ao todo, 87.655 unidades foram vendidas nos seis primeiros meses de 2022. A análise da Abrainc revela ainda que, se forem contabilizados somente os lançamentos, este número é de 62.414 unidades, o que representa um aumento de 3% em relação aos seis primeiros meses de 2021.
Luiz França, presidente da Abrainc, comenta que o volume de financiamentos de imóveis novos no 1º semestre deste ano cresceu 5% em relação ao mesmo período de 2021. “Apesar da alta na Selic, que subiu de 2% (2021) para 13,75% (agosto/22), o aumento na taxa de financiamento imobiliário foi inferior a 2% ao ano”, ressalta.
Informações: Assessoria de imprensa Abrainc
Leia também: Movimentações do mercado e o crédito imobiliário
MRV e Tenda revelam menor número de lançamentos e foco no aumento de preços
Duas das principais incorporadoras de padrão econômico, Tenda e MRV&Co, divulgaram queda em vendas e lançamentos na comparação com o terceiro trimestre do ano passado.
A MRV&Co, holding que engloba MRV, Sensia, Urba, Luggo e Resia, reportou R$ 1,8 bilhão de valor geral de venda (VGV) em lançamentos no terceiro trimestre, queda de 13,6% em relação ao mesmo período de 2021. Se comparado ao trimestre anterior, o recuo foi de 14,9%.
Segundo Ricardo Paixão, diretor-financeiro da MRV&Co, os lançamentos da empresa ficaram 25,5% mais caros do que há um ano. Ele detalha que a margem bruta mais apertada, além do alto custo da construção, condicionaram esse aumento dos preços.
Nessa mesma linha, a Tenda reportou queda de 40,6% nos lançamentos no terceiro trimestre, se comparado com o mesmo período do ano passado. Foram R$ 376,2 milhões em VGV, em cinco empreendimentos.
A empresa afirma que o menor volume de novos projetos também se refletiu em um foco maior “no ganho de preço”. Entre julho e setembro, o valor médio da unidade lançada pela Tenda foi de R$ 210,2 mil, 41,2% superior ao do terceiro trimestre de 2021.
Informações: Valor Econômico
Resultados do mercado de construção
A seguir, confira um resumo dos resultados de vendas e lançamentos no terceiro trimestre de 2022, divulgado por algumas das maiores incorporadoras do Brasil nas últimas semanas.
Acompanhar esses indicadores é importante para entender as tendências de vendas, número de lançamentos e precificação do mercado de construção civil.
Lançamentos da EZTec caem 11% no 3º trimestre, mas vendas sobem 72,5%
A EZTec somou R$ 1,3 bilhão em lançamentos e R$ 962 milhões em vendas líquidas no último trimestre. Em comparação com o mesmo período do ano passado, esses resultados representam uma queda de 7,2% nos imóveis lançados, mas alta de 22,2% nas vendas.
➔ Leia o relatório da EZTec e saiba mais
Vendas e lançamentos da Cury (CURY3) sobem 28% no trimestre
De janeiro a setembro, a Cury registrou R$ 2,76 bilhões em lançamentos e R$ 2,53 bilhões em vendas líquidas, indicando, respectivamente, uma alta de 38% e de 29,7% em relação aos primeiros nove meses de 2021.
➔ Leia o relatório da Cury e saiba mais
Tenda tem queda de 40% em vendas e lançamentos no 3º trimestre
As vendas líquidas da Tenda recuaram em proporção similar aos lançamentos. No terceiro trimestre, totalizaram R$ 489,3 milhões, queda de 36,5% ante o mesmo período do ano anterior.
➔ Leia o relatório da Tenda e saiba mais
Direcional bate recorde no 3º trimestre
A incorporadora Direcional registrou seu melhor trimestre em lançamentos e vendas líquidas, com aumento de 10% nos lançamentos na comparação com o mesmo período de 2021, e com R$ 1,19 bilhão em valor geral de venda (VGV) potencial.
➔ Leia o relatório da Direcional e saiba mais
Informações sobre os resultados: Valor Econômico
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