Nascidos entre 1995 e 2010, os jovens da geração Z nunca viveram sem internet, sem smartphone, sem Google ou sem redes sociais. No que diz respeito às características pessoais, eles costumam ser mais tolerantes e realistas do que os membros das gerações anteriores. Além disso, valorizam marcas que consideram transparentes e verdadeiras.
Está se perguntando se deveria se preocupar com uma geração que ainda não faz parte da sua base de clientes? Pois saiba que a resposta é simples: sim! Afinal, se ainda não são decisores de compra, estes jovens já podem ser influenciadores. E não tardará para serem também os próprios clientes!
Neste sentido, entender melhor esse público é importante para poder adaptar empreendimentos, serviços e ações de comunicação e marketing ao que eles desejam e necessitam.
Sabendo disso, neste artigo, exploramos o perfil da geração Z em detalhes e revelamos o que você precisa fazer para atender as demandas desses consumidores do futuro. Acompanhe!
Conheça a Geração Z
– De acordo com uma análise da Bloomberg, em 2019 a Geração Z deve representar 32% da população global. Ou seja, 2.47 bilhões de habitantes do planeta terra terão entre 9 e 24 anos.
– No Brasil, segundo um estudo feito pelas consultorias McKinsey e Box1824, os também chamados pós-millennials representam 20% da nação.
Ou seja, a geração Z está dominando o globo em termos de quantidade.
Mas não é só isso!
Esse grupo também está trazendo mudanças de comportamento que podem se refletir em transformações profundas na forma de se comunicar, se relacionar e consumir.
As pessoas dessa geração cresceram tendo acesso a uma quantidade imensa de informações, vindas de múltiplos canais. Diferentemente da geração anterior (os millennials), os membros da geração Z não viveram uma transição da vida off-line para online. Eles já nasceram em uma época em que o online fazia parte da vida cotidiana.
Portanto, para eles, tudo está conectado, e a realidade na web e fora dela são complementares – e não algo separado. Esse contexto influenciou diretamente a forma como pensam e processam as informações.
Segundo o estudo sobre pós-millennials feito no Brasil, estas são as principais características dos jovens dessa geração:
– Identidade indefinida. Eles não seguem estereótipos e não gostam de rotular ninguém – muito menos a si mesmos.
– Inclusão e diversidade. Eles conseguem se relacionar com pessoas com gostos e opiniões diferentes – contanto que tenham uma causa em comum.
– Diálogo como ferramenta. Os pós-millennials acreditam que o diálogo pode ajudar a transformar o mundo, e apostam em uma boa conversa para resolver conflitos.
– Realistas. Eles cresceram junto com a crise econômica, e isso os tornou mais realistas e pragmáticos. Procuram se informar bastante, são “pé no chão” e priorizam estabilidade.
Como empresas dos setores Imobiliário e de Construção podem se preparar para a Geração Z
O grupo mais velho da Geração Z está apenas começando a vida adulta. No entanto, o aluguel e até mesmo a compra de um imóvel já fazem parte da vida de muitos deles.
Além disso, os pós-millennials também influenciam a decisão de compra de seus pais – sendo que eles próprios serão a principal força econômica em futuro próximo.
– De acordo um levantamento da Euromonitor, até 2030 a Geração Z formará a maior base de consumidores de todo o mundo.
Ou seja, motivos não faltam para sua empresa se preparar para atender às demandas dessa nova geração.
A seguir, entenda as principais preferências e comportamentos de consumo da Geração Z e saiba como se adaptar às exigências dos novos consumidores.
Transparência e ética
Na pesquisa com jovens brasileiros da Geração Z:
→ 87% dos participantes afirmaram que deixaram de comprar de uma empresa porque ela estava envolvida em algum escândalo.
→ 81% dos entrevistados disseram que deixaram de comprar e advogaram contra marcas que realizaram campanhas machistas – 79% contaram ter feito o mesmo com campanhas racistas; e 76% agiram da mesma forma com campanhas homofóbicas.
Ou seja, as causas e os valores que os pós-millennials defendem influenciam também as decisões de compra deles – e eles usam o poder de consumo como uma forma de protestar contra ações com as quais não concordam.
Indo além, mais do que campanhas de marketing, esse público valoriza as ações das empresas. Sendo assim, eles preferem se relacionar com marcas que são transparentes em relação a seus processos, que mostram que estão agindo eticamente e que não têm nada a esconder.
O mercado imobiliário e de construção e estas exigências da geração Z:
Portanto, construtoras, imobiliárias e incorporadoras que desejam alcançar esse público precisam demonstrar, através de suas ações e processos, quais são os valores e as causas que defendem.
Isso pode ser percebido por meio de práticas como:
– Utilização de materiais e processos ambientalmente responsáveis.
– Programas de valorização da comunidade em que os empreendimentos de seu portfólio estão presentes.
– Ações de reconhecimento e desenvolvimento dos profissionais envolvidos nas obras.
– Campanhas de marketing diversas e inclusivas (evitando estereótipos).
– Comunicação aberta e transparente em relação aos processos e materiais utilizados nos empreendimentos.
Novas formas de comunicação
Os membros da geração Z cresceram tendo as redes sociais como principal canal de informação e comunicação. Como já nasceram no ambiente digital e conectado, eles usam a internet no dia a dia para conversar com os amigos, para estudar, para se informar, para se expressar e para consumir.
– Um estudo da Criteo revelou que mais da metade desse público usa o Snapchat, o Instagram e o Facebook várias vezes ao dia e consome 23 horas de vídeos por streaming semanalmente.
– Além disso, o levantamento apontou que os pós-millennials passam mais tempo em seus dispositivos mobile do que qualquer outra geração.
O mercado imobiliário e de construção e estas exigências da geração Z:
Essa nova geração de consumidores toma decisões com base nas informações que recebe nas redes sociais – seja por meio de influenciadores digitais, canais de conteúdo ou mesmo pela recomendação de amigos.
Por isso, empresas do mercado imobiliário que quiserem conquistar esses consumidores precisam estar presentes nestes canais. Para isso, é possível, por exemplo:
– Fazer parcerias com influenciadores digitais para promover seus empreendimentos e serviços.
– Criar conteúdo digital especialmente para as redes sociais.
– Incluir essas plataformas em seus canais de comunicação (SAC via Instagram ou reclamação via YouTube, por exemplo, são valorizados por consumidores da Geração Z).
Personalização e cocriação
– Em um estudo feito nos Estados Unidos, 44% dos post-millennials disseram que estão dispostos a fornecer seus dados pessoais para ter acesso a experiências e serviços mais personalizados.
– Entre os jovens brasileiros dessa geração, 50% dizem que pagariam mais para ter um produto ou serviço personalizado.
A personalização já era uma demanda dos millennials, mas a geração Z vai além. Os pós-millennials não querem somente que as empresas ofereçam opções alinhadas aos seus gostos e necessidades, eles querem participar do processo de criação e desenvolvimento de produtos e serviços e poder adaptá-los sempre que acharem necessário.
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O mercado imobiliário e de construção e estas exigências da geração Z:
A personalização em empreendimentos imobiliários pode ser oferecida de diferentes maneiras:
– Através de pesquisas direcionadas, as empresas podem coletar informações para criar projetos alinhados às demandas dessa nova geração.
– Por meio de plataformas de compartilhamento de informação, construtoras e incorporadoras podem envolver os clientes na fase de planejamento e desenvolvimento das obras.
– Estruturas pré-fabricadas e modulares possibilitam que projetos sejam mais flexíveis e tenham maior mobilidade.
– O oferecimento de imóveis com design diferenciado e exclusivo pode ser um caminho para ajudar os pós-millennials a expressarem a sua individualidade.
Praticidade e realismo
A pesquisa da Box1824 indicou que:
– 73% dos membros da Geração Z pensam duas vezes antes de comprar algo.
– E 63% compram apenas o que é realmente necessário.
Ou seja, essa nova geração toma decisões de compra de uma forma mais analítica e pragmática que as anteriores. Para isso, eles analisam e estudam muito bem não apenas os itens que desejam comprar, mas também o ato da compra em si. Afinal, para a Geração Z, consumo significa ter acesso a produtos ou serviços, não necessariamente posse.
Para entender este conceito, basta pensar em serviços de compartilhamento, como Uber e Airbnb, por exemplo.
O mercado imobiliário e de construção e estas exigências da geração Z:
Se os membros da geração Z são analíticos e pragmáticos na hora de comprar um tênis, imagine, então, no momento de decidir qual imóvel alugar ou comprar…
Por isso mesmo, antes de mais nada, é preciso oferecer as informações que esse público demanda. Este é o básico do básico. Porém, é possível ir além!
Imobiliárias e incorporadoras que desejem atender a demanda dos pós-millennials por acesso a produtos e serviços compartilhados podem, por exemplo, apostar em empreendimentos no sistema cohousing ou coliving.
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Por fim, para chamar a atenção dessa geração mais pragmática, é importante ressaltar a qualidade do projeto, evidenciando seu valor e sua valorização no longo prazo, indicando a aquisição de imóvel como um investimento inteligente para o futuro.
Esperamos que essas informações o ajudem a entender melhor a nova geração de compradores e alugadores de imóveis. Adaptar seus processos e projetos para esse público é fundamental para que sua empresa possa se manter relevante nos próximos anos.
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