• Home
  • A Celere
  • Soluções
    • Budget Paramétrico (Orçamento Paramétrico)
    • Budget Express (Orçamento Preliminar)
    • Levantamento de Quantitativo de Obra
    • Budget Analytics (Orçamento Executivo)
    • Planejamento de Obras
    • Acompanhamento de Prazo
    • Acompanhamento de Custos
  • Projetos
    • Clientes
    • Portfólio
  • Conteúdos
    • Artigos
    • Materiais Ricos
    • Vídeos
  • Contato
    • Comercial e Parcerias
    • Cotações e fornecedores
    • Trabalhe Conosco
Movimentações do mercado e o crédito imobiliário: o que esperar?
Foto de Equipe Celere

Equipe Celere

Movimentações do mercado e o crédito imobiliário: o que esperar?

  • outubro 20, 2022
  • , 6:30 pm
  • , Mercado

Confira os destaques do Summit Imobiliário Brasil 2022 sobre movimentações e tendências de mercado que afetam o crédito imobiliário e prepare-se melhor para o que vem por aí

Nos dias 22 e 23 de setembro, especialistas e lideranças do mercado imobiliário e da construção civil participaram do Summit Imobiliário 2022, evento que promoveu debates importantes sobre os principais movimentos e tendências do mercado.

Com o objetivo de apresentar os destaques deste encontro promovido pelo Estadão para você, nossa equipe estava na plateia virtual. A seguir, revelamos o que esteve em pauta no painel Rumos do Mercado e Crédito Imobiliário e apresentamos tendências e perspectivas em relação aos financiamentos de imóveis.

→ É possível assistir aos painéis do evento no YouTube do Estadão

O impacto da taxa Selic no crédito imobiliário

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central divulgou recentemente a decisão de manter a taxa Selic em 13,75%. Essa manutenção interrompe um ciclo de 12 altas seguidas, iniciado em março do ano passado. 

José Ramos Rocha Neto – Summit Imobiliário – Crédito Imobiliário
José Ramos Rocha Neto

Na visão dos painelistas, ainda que a taxa Selic continue alta, o crédito imobiliário não deve ser afetado diretamente. 

José Ramos Rocha Neto, presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), explica que não existe uma correlação direta entre essas duas taxas.

“No ano passado, chegamos a ter uma multiplicação de seis vezes da taxa básica de juros – ela saiu de 3%, até chegar em 13,75 %. Por outro lado, avaliando a taxa média aplicada pelos bancos no crédito imobiliário, saímos de uma taxa média de 6,5% e hoje ela está no patamar de 9,30%. Então, eu diria que não existe uma correlação direta entre o que está acontecendo com a taxa de juros e a taxa média aplicada no crédito imobiliário”, frisa. 

Nesse sentido, ele prevê que mesmo que a taxa Selic diminua nos próximos meses, é provável que o crédito imobiliário não acompanhe essa desaceleração na mesma proporção. “Assim como não houve uma proporcionalidade na subida, também não haverá na descida”, ressalta.

José Carlos Martins – Summit Imobiliário – Crédito Imobiliário
José Carlos Martins

José Carlos Martins, Presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), concorda. Além disso, ele reforça que o crédito imobiliário atingiu um teto e, por isso, o efeito direto da Selic é muito pequeno.

“Poderia ter um efeito indireto que é o seguinte: quando a taxa Selic aumenta, o ritmo econômico desacelera, e isso pode gerar desemprego. Mas não é o que estamos observando, o crescimento do emprego continua”, reflete.

Em relação ao que efetivamente impacta o crédito imobiliário, Sandro Gamba, Diretor de Negócios Imobiliários do Santander Brasil, esclarece que a poupança é o fator mais relevante. “O crédito imobiliário está totalmente atrelado à poupança. A tomada de decisão em relação a taxas e juros do crédito imobiliário está relacionada à poupança. É o comportamento da poupança que precisamos avaliar”, comenta.

Leia também: A influência da taxa Selic na construção civil

Perspectivas

Sandro Gamba – crédito imobiliário
Sandro Gamba

Analisando a tendência de distribuição do crédito imobiliário, Sandro destaca que há uma previsão de que 2022 seja o segundo melhor ano histórico de financiamentos imobiliários.

“Estamos falando que a produção está muito forte. Crédito imobiliário é decorrente de transação imobiliária, de compra e venda. Então, percebemos que o mercado está muito ativo, mesmo em um cenário em que a Selic cresceu consideravelmente”, aponta.

O executivo reforça que o crédito imobiliário na instituição que representa deve continuar bastante relevante e com crescimento, seguindo as demandas dos mercados – tanto primários (novos empreendimentos) como secundários (revenda).

“O volume maior de crédito imobiliário ano passado foi decorrente do mercado secundário. Neste ano, o mercado secundário continua forte, mas deve diminuir, porque nos próximos meses haverá um volume de entrega de empreendimentos novos muito grande. Então, o repasse do crédito imobiliário deve continuar forte”, prevê.

crédito imobiliário
Henriete Alexandra Sartori Bernabé

Henriete Alexandra Sartori Bernabé, vice-presidente de Habitação da Caixa Econômica Federal (CEF), conta que a Caixa também continua com uma oferta forte de crédito imobiliário.

De acordo com dados apresentados por ela, o banco tem uma carteira de crédito imobiliário de R$ 600 bilhões – a maior do mercado. Henriete salienta que, independentemente da movimentação Selic, essa oferta permanece.

José Ramos reitera que além de estar atrelado à poupança, o funding do crédito imobiliário também está cada vez mais conectado a outras fontes alternativas. Ele detalha que uma pesquisa realizada entre junho de 2021 e junho de 2022 entre os associados da Abecip identificou que:

  • A participação da modalidade de investimento LIG (Letra Imobiliária Garantida) no funding imobiliário cresceu de 2% para 4% (de R$ 30 para R$ 70 bilhões).

  • Já a participação da LCI (Letra de Crédito Imobiliário), subiu de 7% para 10% (de R$ 116 para R$ 180 bilhões).

“Ou seja, tivemos pelo menos 64 bilhões a mais de funding  para o crédito imobiliário vindo de fontes alternativas. Então, a poupança continua forte, mas a melhor mensagem é que as fontes de captação alternativas vêm aumentando. Isso é um sinal muito positivo de que não vai faltar funding para o setor”, frisa.

Crédito imobiliário pelo FGTS

3 mudanças no Programa Casa Verde e Amarela que você precisa conhecer
Imagem criada por jcomp – www.freepik.com

Outro tema debatido durante o evento foi o programa Casa Verde e Amarela, que em julho passou por mudanças para aumentar o alcance do projeto e o número de cidadãos elegíveis.

Segundo Henriete, as mudanças já repercutiram positivamente no número de contratação. “Em agosto tivemos um mês recorde, com crescimento acima de 40% em relação a julho. Além disso, em setembro, pudemos observar a manutenção desse alto ritmo de contratações”, detalhou.

A executiva ressalta que a meta da CEF é aplicar em torno de 68 bilhões do orçamento com funding vindo do FGTS. Isso representaria um aumento de 20% em relação a 2021.

Além disso, ela falou sobre a medida já aprovada por lei que permite ao cidadão usar o saldo futuro do FGTS para conseguir crédito imobiliário. “A Lei do FGTS agora permite o uso dos depósitos futuros dos trabalhadores como garantia no financiamento imobiliário. Os detalhes de como isso vai funcionar ainda estão sendo acertados, mas o objetivo é que esse caução do FGTS possa beneficiar famílias de baixa renda, que hoje têm uma aprovação de crédito, mas a capacidade de pagamento aprovada não é suficiente para pagar a parcela do financiamento”, explica a vice-presidente de Habitação da CEF .

Por fim, Henriete destacou que essa é uma maneira de mitigar riscos do financiamento e ajudar a reduzir ainda mais o déficit habitacional, já que essa alteração permite que uma parcela significativa da população que não tem acesso ao crédito imobiliário tenha a possibilidade de realizar o financiamento.

Home equity: oportunidade para crédito imobiliário

O debate sobre home equity – crédito pessoal que usa o imóvel como garantia – teve início com Sandro Gamba, do Santander, destacando que esse tema ainda é pouco conhecido pelos brasileiros. Segundo ele, 75% dos participantes de uma pesquisa feita pelo banco disseram não saber do que se trata.

O resultado disso se dá, claro, nos números dessa modalidade de crédito pessoal. “A carteira de home equity no Brasil é de R$ 14 bilhões atualmente, porém, o Banco Central avalia que há um potencial de crescimento para chegar até R$ 500 bilhões. Isso porque temos cerca de 70 milhões de imóveis hoje no país, sendo que 50 milhões estão desalienados e poderiam estar gerando crédito”, pondera.

Ele explica ainda que, como a garantia com o imóvel é mais segura, a taxa de juros do home equity é bem menor em comparação com outras modalidades de financiamento. Além disso, Sandro lembra que qualquer imóvel pode ser utilizado como garantia (pessoa física e jurídica), com oferta de crédito de até 20 anos para financiar até 60% do valor do imóvel.

José Ramos reforça que uma das questões mais importantes para o crescimento do home equity no Brasil é a digitalização dos processos. “Como o Sandro comentou, existe, sim, um grande potencial. Porém, o custo muitas vezes pesa. Você tem que alienar, então, tem o tempo e o custo. Temos dialogado e trabalhado para buscar mecanismos para que seja possível realizar esse processo digitalmente, de maneira mais atrativa e menos custosa para o cliente”, aponta.

Nesse sentido, Henriete comenta que a oferta de crédito imobiliário por meio de canais digitais já está bastante avançada na CEF. Contudo, segundo a executiva, as assinaturas que necessitam registro em cartório ainda são um entrave.

Por fim, ela acredita que com a implementação do Sistema Eletrônico de Registros Públicos (Serp), em 2023, será possível resolver essa questão. “A partir de janeiro devemos ter uma evolução na contratação 100% digital do crédito imobiliário, tanto diretamente com as construtoras, quanto com as pessoas físicas”, indica.

AnteriorAnteriorPor dentro do Aeroporto Internacional de Kansai, o Monumento de Engenharia Civil do Milênio
PróximoResultados do mercado de construção e outras notícias do seu interessePróximo

Entenda como a Celere pode implantar BIM-5D no seu próximo projeto de forma simples e barata

E VOCÊ NEM PRECISA TER SEUS PROJETOS EM BIM!

Preencha seus dados e solicite o contato de um consultor especialista Celere para apresentação do Budget Analytics.