Com tantas transformações acontecendo, cada vez mais as empresas do mercado de engenharia e construção civil precisarão promover mudanças em seus processos e estruturas para prosperarem.
Neste cenário, é importante entender como guiar essas mudanças de maneira efetiva.
Mais do que pensar em alterar políticas e metodologias, é fundamental incluir as transformações na cultura organizacional e também mudar o mindset dos colaboradores.
Está na hora de descobrir como fazer isso!
O que são transformações nas empresas
Toda mudança profunda na estratégia, no modelo de negócios, na organização, na cultura, nas pessoas ou nos processos de uma empresa ou em uma área ou unidade específica pode ser chamada de transformação.
Essas transformações são impulsionadas por questões como:
- Desenvolvimento tecnológico;
- Globalização;
- Alterações em regulamentos setoriais ou legislação;
- Mudanças no comportamento do consumidor;
- Inovações de mercado.
No setor de construção civil, por exemplo, a evolução das tecnologias de big data e inteligência artificial fomentou o desenvolvimento de ferramentas que têm alterado significativamente a forma de planejar, desenvolver e gerenciar obras.
Uma dessas ferramentas, aliás, é o BIM, sobre o qual já falamos aqui no blog da Celere.
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Mudar ou mudar, eis a questão
“Acompanhar as mudanças do mercado é fundamental para se manter relevante.”
Você já deve ter ouvido ou lido isso antes. Mas o que muitas empresas negligenciam neste processo de transformação é a forma como as mudanças devem ser desenvolvidas internamente.
Em um estudo da BCG, 85% das organizações revelaram que passaram por mais de um tipo de transformação nas últimas duas décadas. No entanto, apenas 24% ultrapassaram seus concorrentes por conta dessas transformações.
Mas se a mudança é algo tão necessário, o simples fato de ela acontecer já deveria trazer resultados positivos, certo?
Nem sempre!
A forma como a mudança é conduzida na organização pode fazer toda a diferença nos resultados que ela irá ou não trazer.
Erros na condução de mudanças na organização
De acordo com o relatório A Leader’s Guide to “Always-On” Transformation, desenvolvido pela BCG, a falta de alinhamento com a cultura e de atenção ao mindset dos profissionais são alguns dos principais erros na execução das estratégias de transformação.
Os pesquisadores apontaram que muitas vezes as transformações são executadas sob pressão de conselhos e outras partes interessadas, o que faz com que os gestores busquem soluções rápidas e resultados imediatos. Consequentemente, muitas empresas simplesmente “obrigam” os funcionários a mudarem seus comportamentos.
Em muitos casos, eles são motivados no esquema “cenoura e chicote”, ao invés de serem estimulados e capacitados a entender os benefícios intrínsecos daquela mudança.
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Nesse sentido, em um artigo publicado na Harvard Business Review, Tony Schwartz, autor do livro The Way We’re Working Isn’t Working (A maneira como estamos trabalhando não está funcionando, em tradução livre – ainda não publicado no Brasil), oferece um insight interessante sobre a importância de se trabalhar a mudança interna no posicionamento e na mentalidade dos funcionários.
Schwartz destaca que muitos líderes se preocupam apenas com a aplicação das táticas de mudanças, sem levar em conta uma questão crucial: muitas pessoas são resistentes a mudanças.
“Estratégias de transformação são fundamentais, mas uma execução bem-sucedida exige uma análise contínua dos motivos invisíveis que fazem com que as pessoas frequentemente resistam à mudança, mesmo quando a maneira como estão trabalhando não está funcionando”, destaca.
Falta de cultura e estrutura adequadas
O levantamento indica ainda que, na maioria das vezes, as empresas não conseguem oferecer as ferramentas e os recursos necessários para permitir que as pessoas trabalhem de maneiras diferentes. Sem essa cultura voltada às mudanças, as empresas não alcançam ou não sustentam os resultados que desejam obter com as transformações.
Digamos, por exemplo, que uma construtora passe a exigir o uso de plataformas digitais – como o BIM. No entanto, ela não se preocupa em preparar a equipe e os parceiros, não pensa em maneiras de desenvolver novos processos em torno dessa ferramenta e não muda seus próprios processos e sua estrutura para uma abordagem mais digital.
Dá para imaginar que mesmo que o BIM tenha um enorme potencial para trazer mais eficiência e produtividade para os projetos, isso não vai ser alcançado, certo? Afinal, a cultura e os profissionais da empresa não estão devidamente preparados para essa mudança.
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Apesar de tudo isso, muitas empresas estão implementando transformações organizacionais com sucesso. E é possível aprender com elas.
Neste sentido, o relatório da BCG listou os seis fatores cruciais nas estratégias que dão certo. Como você vai perceber, eles têm algo em comum: colocam as pessoas em primeiro lugar. Acompanhe!
1) Inspiração por propósito
Para fazer com que os funcionários “comprem” a ideia de uma mudança, em vez de focar apenas em metas financeiras, é importante que os objetivos da transformação estejam ligados ao propósito mais profundo e inspirador da empresa.
2) Manutenção da energia
Ao invés de demandar alto nível de engajamento ininterrupto dos funcionários, a empresa deve intercalar projetos de alta demanda, dando tempo para uma “recuperação”. Assim, os profissionais se envolverão com entusiasmo em cada nova tarefa, sem perder energia.
3) Desenvolvimento de capacidades fundamentais
Por vezes, as transformações exigem novas habilidades, conhecimentos e comportamentos. Saber identificar e desenvolver essas capacidades é fundamental para que a transformação traga resultados.
4) Cultura agile
No cenário atual, a capacidade de mudar rapidamente em resposta às transformações no mercado é crucial. Organizações ágeis não apenas acomodam mudanças, como incorporam a cultura de transformação constante.
5) Mindset de aprendizado constante
Isso significa incentivar as pessoas a buscarem novos conhecimentos e usá-los para melhorar o desempenho da empresa. Essa mentalidade de aprendizado constante encoraja os profissionais a desafiarem o pensamento convencional – o que é muito benéfico para o desenvolvimento de transformações internas.
6) Gestão das mudanças
Estabelecer processos de gerenciamento constante das mudanças é fundamental para garantir que as transformações gerem resultados. Neste sentido, em vez de criar ações isoladas para cada transformação, as empresas devem considerar ter áreas e profissionais específicos para realizar a gestão dessas transições.
Para pensar
Esperamos que as informações deste artigo façam você refletir sobre a importância de não apenas acompanhar as transformações do seu mercado, mas também de conduzir mudanças de maneira estratégica.
Conte com a ajuda de nossos especialistas para identificar as melhores estratégias e práticas para aprimorar a gestão de sua empresa e, assim, prepará-la para as transformações do setor de engenharia e construção.
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