Saiba quais informações precisam ser levantadas para o desenvolvimento de um orçamento de obras realmente eficiente e entenda como a CELERE pode ajudá-lo nesse processo
Mais eficiência, menos gastos, mais organização e controle, mais economia e lucro…
Quem é que não quer alcançar todos esses resultados?
Para se chegar a esse cenário ideal em seu projeto de construção, é fundamental desenvolver um orçamento realmente eficiente.
Ao contrário do que muitos imaginam, os benefícios de um bom orçamento de obras não se limitam às áreas financeira e de compras. Quando a orçamentação é feita corretamente, o projeto como um todo tem mais potencial de produtividade, eficiência e ganho.
Para apresentar as etapas fundamentais desse processo para você e indicar os erros que precisam ser evitados no desenvolvimento do orçamento de obras, conversamos com Carolina Andrade Souza, coordenadora da área de Levantamento da CELERE Consultoria de Eficiência na Construção. Os principais destaques da entrevista você lê a seguir.
Orçamento de obras X Orçamentação
Carolina recomenda que o responsável pelo processo de orçamentação dentro de uma construtora ou incorporadora seja um profissional técnico com prática de mercado na área – como engenheiro civil, tecnólogo ou técnico em edificações. Afinal, esse profissional terá bagagem para discernir sobre o custo resultante do processo de orçamentação, analisando se há alguma etapa que foge da média de mercado, por exemplo.
Além disso, ela explica que um profissional técnico terá o conhecimento necessário para avaliar um projeto e determinar quais serviços deveriam estar presentes no orçamento. “Assim, caso note que algum não esteja, entenderá se será preciso levantar sua quantidade ou eventualmente estipular uma verba paramétrica”, aponta.
Benefícios de um orçamento de obras eficiente
Análise apurada do VGV (valor geral de venda)
De acordo com Carolina, se o orçamento for realizado corretamente, será possível verificar a viabilidade de uma obra, identificando questões como, por exemplo:
- Se apresenta boa margem de lucro;
- Ou se é preciso ajustar o VGV (valor geral de venda) da obra, caso apresente uma margem negativa de lucro.
“Ou seja, um bom orçamento permite que construtoras e incorporadoras consigam entender e avaliar se o preço de venda estudado para tal produto está condizente ou não com a margem de lucro esperada”, detalha.
Leia também: O que analisar em um estudo de viabilidade econômica
Identificação de oportunidades de economia e lucro
Além disso, a especialista da CELERE indica que as informações deste documento podem ajudar nas decisões de compra e comerciais do projeto.
“Um bom orçamento de obras permite que os responsáveis avaliem quais são os principais serviços que se encontram na curva A (20% dos itens que representam 80% do custo); e se é possível encontrar alguma alternativa para tal grupo (seja mudando o material X para Y ou alterando o sistema construtivo, por exemplo), a fim reduzir o valor da obra. Dessa forma, mantém-se o VGV e aumenta-se o lucro”, frisa.
Além das análises de custo e viabilidade do negócio, Carolina revela outros reflexos positivos de um bom orçamento no desenvolvimento da obra:
- Eficiência e controle do planejamento;
- Redução de gastos;
- Melhor organização financeira;
- Negociação de preços na compra de insumos;
- Obtenção de dados essenciais para operação e execução da construção;
- Quantidades de cada serviço a partir dos projetos;
- Previsão dos insumos aplicados em cada etapa da obra.
O que analisar em cada etapa da orçamentação para desenvolver orçamentos de obras eficientes
Para alcançar os benefícios e resultados listados acima, é importante que algumas informações-chave sejam verificadas durante o processo de orçamentação. É o caso, por exemplo, de:
- Projetos e memorial descritivo (de onde se extraem: metodologia construtiva, principais acabamentos etc.);
- Composição de serviço e banco de insumos;
- Estudo das despesas e custos indiretos;
- Estudo sobre os impostos e taxas a ocorrerem sobre o empreendimento;
- Lucro previsto.
Esse levantamento é realizado em diferentes etapas…
Etapa 1:
Levantamento de custos diretos
Aqui, avaliam-se os custos relacionados aos serviços e materiais diretamente aplicados a um determinado serviço da obra. Ou seja, que estão relacionados a uma área ou tarefa específica e podem ser identificados nos projetos de construção.
Portanto, todos os insumos incluídos no orçamento em uma composição de custo unitário de serviço vindos diretamente dos projetos podem ser considerados custos diretos – como, por exemplo:
- Serviços preliminares gerais e de apoio à produção
- Infraestrutura
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- Movimento de terra
- Contenções
- Construções enterradas
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- Edificação
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- Fundação
- Estrutura
- Vedação
- Cobertura
- Tratamentos e proteções
- Revestimentos em paredes e tetos
- Pisos
- Revestimento – paredes externas
- Esquadrias
- Instalações
- Pedras/louças/metais/acessórios
- Pintura
- Limpeza final de obra
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- Acabamentos áreas externas e comuns
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- Acabamentos áreas externas
- Ffe áreas comuns
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Etapa 2:
Levantamento de custos indiretos
Estes custos são decorrentes da estrutura da obra, mas não podem ser atribuídos diretamente à execução de um dado serviço. No entanto, apesar de essas despesas indiretas não serem incorporadas ao produto final, elas contribuem para a formação do custo total.
O custo do bloco de concreto, por exemplo, é um custo direto, pois está diretamente ligado ao custo da alvenaria. Por outro lado, o custo do engenheiro residente é um custo indireto. Afinal, esse profissional supervisiona todas as atividades da obra – ou seja, não está incluído diretamente na construção, mas é essencial para que ela aconteça.
Além disso, também são custos indiretos, por exemplo:
- Administração da empresa;
- Seguros de obra;
- Garantias do cliente;
- Permissões e aprovações municipais, estaduais e federais;
- Tributos e encargos legais;
- Canteiro de obra;
- Segurança de obra (EPIs, EPCs);
- Entre outros.
Saiba mais: Faça o download gratuito da nossa planilha de orçamento de custos indiretos da obra.
Também entra na orçamentação:
- Taxas de administração local
- Custos de contingência e riscos
- E outros custos específicos.
Como usar essa estrutura de orçamento de obras
Carolina frisa que, de modo geral, a estrutura acima é usada para a maioria dos tipos de obra. Contudo, deve-se alinhar ao perfil do projeto.
Peguemos como exemplo o caso de uma obra de loteamento em que não haja a previsão de imóvel (como casas ou torres). Neste caso, o grupo “Edificação” poderá ser suprimido.
“Essa estrutura é flexível, a depender do escopo da obra. Porém, ter esta base mais completa permite que o responsável pelo orçamento verifique se não falta algum serviço, ou se é preciso estimar alguma verba, por exemplo. Ou seja: a estrutura dessa forma faz despertar no responsável uma visão mais macro do processo de construção e, assim, pode-se analisar etapas que eventualmente sejam omitidas sem que se perceba”, comenta.
Ela complementa dizendo que cada uma dessas etapas do orçamento representa uma etapa da obra, uma etapa de construção.
Digamos, por exemplo, que o seu orçamento tenha informações sobre os custos relacionados aos revestimentos de parede, mas não tenha dados sobre os custos de vedação. Neste cenário, guiando-se pelas informações do modelo macro de orçamento, pode-se analisar: a vedação de fato já se encontra executada ou os serviços deste grupo foram esquecidos durante a orçamentação?
Veja também: Gestão de obras: Checklist para uma obra eficiente e lucrativa
Erros de orçamentação que resultam em um orçamento de obras incompleto e/ou ineficaz
De maneira sucinta, Carolina aponta algumas das principais falhas no processo de orçamentação e indica soluções práticas para tais situações:
❌ Erro: Usar uma base de insumos com valores de uma cidade e aplicá-los em outro local. ✅ Solução: Cotar uma base de insumos específica da região onde se está desenvolvendo a obra.
❌ Erro: Utilizar uma base de valores desatualizada. ✅ Solução: Manter a base atualizada com cotações de até, no máximo, três meses.
❌ Erro: Falta de verificação de projeto e memorial, ou alinhamento de premissa com cliente. ✅ Solução: Revisar projetos e memoriais antes de finalizar um valor da obra.
❌ Erro: Não verificar qual é o escopo incluso nas propostas. ✅ Solução: Checar os detalhes das propostas e, caso não esteja explícito, esclarecer com o fornecedor.
❌ Erro: Divergência entre quantidade levantada e preço associado (levantamento de volume do concreto considerando perda e composição também considerando perda, por exemplo). ✅ Solução: Alinhar premissa de levantamento e orçamento antes de levantar ou elaborar a composição de cada serviço.
❌ Erro: Utilizar uma base desatualizada para tomada de decisão em termos de revisão de projeto. ✅ Solução: Ajustar o levantamento e o orçamento da obra ao revisar o projeto.
Como o Budget Analytics vai elevar a qualidade do seu orçamento de obras e a performance do seu projeto
Por meio do Budget Analytics (ferramenta de gestão de obras desenvolvida pela CELERE), nós ajudamos nossos clientes a evitarem os erros acima e a seguirem todas as devidas etapas do desenvolvimento do orçamento de obras.
Mas o B.A. é mais que um apoio na orçamentação!
As informações coletadas e analisadas na nossa plataforma permitem que incorporadoras e construtoras tomem decisões estratégicas baseadas em informações mais precisas, detalhadas e específicas. Portanto, além de reduzir custos e aumentar a lucratividade, o B.A. ajuda a posicionar a empresa de maneira diferenciada no mercado.
Com o Budget Analytics, é possível, por exemplo:
- Entender a necessidade do cliente e realizar um orçamento adequado à sua realidade.
- Destrinchar dados para facilitar a tomada de decisão com o objetivo de reduzir custos de diferentes serviços.
- Criar diferentes cenários e simular a troca de algum acabamento ou até a troca de alguma metodologia construtiva, visando reduções ou otimizações.
- Elaborar indicadores de projetos e indicadores de custos para cada disciplina, detalhados no último nível de abertura. Assim, cria-se um banco de indicadores comparativos que permite a avaliação da eficiência de cada projeto.
- Rastrear 100% dos serviços levantados e segurança da consistência orçamentária.
“Ou seja, o Budget Analytics se configura como uma ferramenta extremamente capaz de auxiliar o processo de tomada de decisão de construtoras e incorporadoras, visando redução de custo e aumento na segurança. Tornando-se, assim, a melhor metodologia orçamentária disponível no mercado”, destaca a especialista na área de Levantamento.
Além disso, Carolina comenta que algumas empresas fazem uso de sistemas de ERP para gestão de diferentes áreas, como a financeira, a de suprimentos, e a de orçamento de obra. “Para esses casos, o B.A. permite que se faça a interface da plataforma ERP do cliente com o orçamento desenvolvido na plataforma própria da CELERE”, conclui.
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