fbpx
A falta de mão de obra qualificada na construção e outras notícias importantes para o mercado

A falta de mão de obra qualificada na construção e outras notícias importantes para o mercado

Assim como as águas de março fecham o verão, o nosso Giro de Notícias fecha o mês, trazendo as principais informações do mercado. Estas são as manchetes desta edição:

  • Falta de mão de obra qualificada pode emperrar projetos de construção civil no Brasil
  • Setor de construção está otimista com o cenário econômico atual
  • Investimentos em segurança impulsionam setor da construção no Brasil
  • INCC-M indica tendência de estabilização em março
  • Programas habitacionais impulsionam incorporadoras em trimestre de recuperação
  • Construção civil contra o aquecimento global

Boa leitura!

Falta de mão de obra qualificada pode emperrar projetos de construção civil no Brasil

Falta de mão de obra qualificada pode emperrar projetos de construção civil no Brasil
Imagem criada por rawpixel.com

De acordo com informações divulgadas na Folha de S. Paulo, a construção civil enfrenta uma iminente escassez de mão de obra qualificada, que poderia resultar em um apagão no setor. 

Segundo o jornal, a falta de trabalhadores qualificados começou em 2018 e se agravou com a pandemia, quando muitos profissionais se aposentaram ou migraram para trabalhos informais. Mesmo com a retomada das obras paralisadas e o mercado aquecido, estima-se uma escassez de 30 mil postos de trabalho apenas no mercado imobiliário.

A matéria da Folha aponta que a baixa remuneração e as duras condições de trabalho nas obras são as principais dificuldades que a indústria de construção tem enfrentado para atrair novos talentos. 

É verdade que estão sendo feitos esforços para reverter esse cenário. Caso, por exemplo, de parcerias entre sindicatos, entidades governamentais e privadas para a formação e qualificação de profissionais. Porém, a falta de mão de obra qualificada continua sendo um desafio.

Além disso, a expectativa pela reforma tributária também preocupa o setor, que busca condições favoráveis para manter a competitividade e evitar o encarecimento dos imóveis.

Esse problema, contudo, não é uma exclusividade do Brasil. Países como Portugal, Espanha e Reino Unido também têm tido dificuldades em contar com mão de obra qualificada na construção.

Raphael Chelin (CEO da Celere), José Herbert Rocha de Almeida (engenheiro civil e sócio-diretor da Construtora Massai) e Fábio Nutini (arquiteto urbanista e diretor técnico da Construtora Mirman) conversaram sobre o assunto durante o INCORPOD 3. Neste artigo, você entende como estratégias focadas na inovação e na capacitação podem ajudar as construtoras a lidar com a escassez de mão de obra qualificada. Vale a leitura!

Setor de construção está otimista com o cenário econômico

De acordo com a Sondagem Indústria da Construção da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Índice de Confiança do Empresário da Indústria da Construção (ICEI) avançou 0,4 ponto em março, atingindo 53,8 pontos, indicando uma maior confiança no setor. Esse crescimento foi impulsionado principalmente pelas expectativas positivas do setor de Serviços especializados com construção.

Como mostra a imagem abaixo, todos os índices de expectativas da pesquisa ficaram acima de 50 pontos, indicando otimismo entre os empresários da construção, com previsões de crescimento do nível de atividade, novos empreendimentos e serviços, compras de matérias-primas e emprego. 

Setor de construção está otimista com o cenário econômico

Realizada em parceria com 23 Federações de Indústria e a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), a pesquisa revelou ainda que o índice de evolução do nível de atividade da indústria da construção apresentou um pequeno avanço em fevereiro de 2024. Enquanto isso, o índice de evolução do número de empregados mostrou uma queda menos intensa em comparação com o mesmo período do ano passado.

Investimentos em segurança impulsionam setor da construção no Brasil

Investimentos em segurança impulsionam setor da construção no Brasil
Imagem criada por Flex Point Security Inc. para Unsplash

De acordo com uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), o setor nacional da construção civil e da incorporação imobiliária investiu mais de R$ 296 milhões em segurança do trabalho em 2023. Esse investimento representou um aumento de 74% em relação ao ano anterior.

O estudo, que ouviu gestores de Saúde e Segurança do Trabalho (SST) de 952 canteiros de obras, revelou que foram gastos em média cerca de R$ 190 mensalmente por funcionário em equipamentos de proteção individual. 

Além disso, mais de R$ 133 milhões foram investidos em equipamentos de proteção coletiva ao longo do ano, com uma média de R$ 11.640 por mês em cada obra. Por fim, aproximadamente 6,6 horas de treinamentos preventivos foram oferecidos por mês para os trabalhadores.

Os investimentos realizados impulsionaram a redução do número de acidentes, refletindo em maior produtividade e segurança para os trabalhadores. 

A incidência de ferimentos foi mínima, registrando apenas 0,02%, enquanto a Taxa de Frequência (TF) e a Taxa de Gravidade (TG) foram consideradas muito boas, indicando uma melhoria significativa nas condições de trabalho e na segurança dos profissionais da construção civil. 

INCC-M indica tendência de estabilização em março

O Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M) apresentou um aumento de 0,24% em março. Esse movimento sugere uma tendência de estabilização nos custos da construção no curto prazo, após acumular um crescimento de 3,29% nos últimos 12 meses, refletindo uma descompressão significativa em relação ao ano anterior.

INCC-M indica tendência de estabilização em março

Os custos dos materiais, equipamentos e serviços no setor da construção mostraram uma modesta aceleração em seu crescimento, evidenciando estabilidade nos insumos. E os custos com mão de obra também tiveram uma leve aceleração em março, em comparação com o mês anterior.

A variação do INCC-M em diferentes cidades brasileiras revelou um quadro misto de desaceleração, estabilidade e avanço. Por exemplo:

  • Brasília (DF), Recife (PE) e São Paulo (SP) experimentaram uma moderação nos custos de construção;
  • Salvador (BA) e Belo Horizonte (MG) viram um avanço em suas taxas de variação;
  • Rio de Janeiro (RJ) e Porto Alegre (RS) apresentaram estabilidade.

Programas habitacionais impulsionam incorporadoras em trimestre de recuperação

As incorporadoras imobiliárias de capital aberto encerraram o último trimestre de 2023 com resultados positivos, revertendo prejuízos e registrando lucros. 

Um levantamento feito pelo Valor Data com base em 21 balanços mostra que houve aumento na receita líquida, nos lançamentos e nas vendas, refletindo uma recuperação do setor. 

As empresas do segmento econômico se destacaram, impulsionadas por programas habitacionais que compram unidades e impulsionam as vendas. Caso, por exemplo, do Pode Entrar, da prefeitura de São Paulo.

Embora enfrentem desafios para recuperar a lucratividade, as incorporadoras MRV e Tenda apresentaram melhorias operacionais e financeiras. O Valor Econômico destaca que um fator que influenciou o resultado positivo da Tenda foi sua atuação mais direcionada – ou seja, a empresa tem menos atividades paralelas (apenas a Alea, de casas pré-fabricadas), enquanto a MRV tem as marcas Luggo, Urba e a divisão americana Resia, que pode gerar um “spin-off” neste ano.

No entanto, uma preocupação do setor é o uso crescente de recursos do FGTS para financiar imóveis usados, o que pode comprometer os investimentos no programa Minha Casa, Minha Vida.

No segmento de média e alta renda, a Cyrela se destacou no último trimestre do ano passado, preparando-se para lançamentos mais robustos nos próximos meses. Apesar das taxas de juros ainda elevadas, as vendas continuaram em alta, trazendo otimismo para o mercado imobiliário. A expectativa é que os lançamentos se intensifiquem em 2024, impulsionando ainda mais o setor.

Construção civil contra o aquecimento global

*Por A Economia B

No início de março, aconteceu na França o primeiro “Fórum Mundial sobre Edifícios e Clima”. 

Ao fim do evento – que foi organizado pela PNUMA (Agência das Nações Unidas para o Meio Ambiente), em parceria com o governo francês –, pelo menos 70 países assinaram a “Declaração de Chaillot”. 

O documento propõe uma revisão e adaptação dos modelos de construção de edifícios para protegê-los de fenômenos climáticos e frear o aquecimento global.

Entre os compromissos firmados estão a prioridade concedida à renovação em detrimento de novas construções, com o objetivo de reduzir o uso de recursos não renováveis e aumentar a eficiência energética.

Além disso, a Declaração de Chaillot estimula a economia de água e energia, e afirma que é preciso reduzir ao máximo os edifícios com ar condicionado, dando preferência à circulação de ar no interior dos prédios e certificando a capacitação de uma mão de obra qualificada para realizar tais tarefas.

*A Economia B é uma plataforma de conteúdo que conta histórias de empresas que estão ajudando a construir de um futuro melhor para todos. Na Celere, nós entendemos a importância da construção civil nesse processo. Por isso, convidamos A Economia B para trazer para o Giro de Notícias informações relacionadas ao nosso mercado que ajudem a promover reflexões neste sentido.

Entenda como a Celere pode implantar BIM-5D no seu próximo projeto de forma simples e barata

E VOCÊ NEM PRECISA TER SEUS PROJETOS EM BIM!

Preencha seus dados e solicite o contato de um consultor especialista Celere para apresentação do Budget Analytics.