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5 notícias que marcaram a construção em julho

5 notícias que marcaram a construção em julho

Diversos estudos que analisaram o desempenho de áreas importantes da construção civil foram divulgados em julho. Neste Giro de Notícias da Construção, trazemos os detalhes de cinco deles. Aqui estão as manchetes:

  • Vendas de imóveis sobem no primeiro semestre
  • Financiamentos imobiliários com recursos da Poupança devem crescer 7,6% em 2024
  • Desempenho positivo em junho impulsiona otimismo na indústria de materiais de construção
  • Vendas de cimento sobem 1,2% no primeiro semestre
  • Aumento de investimentos eleva a segurança na construção

Além disso, A Economia B destaca uma iniciativa da Tecnisa para alfabetizar profissionais que trabalham em um de seus canteiros de obras.

Boa leitura!

Vendas de imóveis sobem no primeiro semestre

Vendas de imóveis sobem no primeiro semestre
Imagem criada por jcomp – www.freepik.com

As vendas de imóveis cresceram 4,5% no Brasil no primeiro semestre de 2024 em comparação com o mesmo período do ano passado. Além disso, o Valor Geral de Vendas (VGV) aumentou 9,1%, refletindo uma maior movimentação financeira no setor. Os preços dos imóveis também subiram, com destaque para Brasília (DF) e Goiânia (GO), onde o metro quadrado passou a marca de R$ 10 mil.

Estes são os principais destaques do Senior Index, relatório da Senior Sistemas que considera as operações de contratos de vendas de imóveis novos gerenciados por meio das soluções da empresa. De acordo com o Ranking Intec, o Senior Index engloba mais de 45 das 100 maiores construtoras do país.

O estudo também aponta uma alta de 7,32% no saldo de vagas de emprego na construção. Entre as regiões com melhor desempenho destacam-se: 

  • Distrito Federal – com alta de 22,9%; 
  • Paraná – com crescimento de 18,6%;
  • São Paulo – que registrou aumento de 7,8% no volume de empregos.

Por outro lado, a proposta de reforma tributária – focada na unificação de tributos – preocupa o mercado. Afinal, a nova alíquota proposta para o setor (que pode saltar de 8,65% para 26,5%) poderia elevar os custos de construção e, consequentemente, os preços das propriedades, dificultando o acesso à moradia.

Financiamentos imobiliários com recursos da Poupança devem crescer 7,6% em 2024

Financiamentos imobiliários com recursos da Poupança devem crescer 7,6% em 2024

Os financiamentos imobiliários somaram R$ 149 bilhões no primeiro semestre de 2024, um aumento de 30% em relação ao mesmo período de 2023. Os dados são da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).

Desse total, R$ 82,1 bilhões foram financiados pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), representando um aumento de 7%.

Os financiamentos pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) atingiram R$ 67,2 bilhões, uma alta de 75%, impulsionada pelo programa Minha Casa Minha Vida (MCMV).

Além disso, houve uma queda de 5% na produção de unidades habitacionais financiadas com recursos da Poupança, totalizando 248 mil unidades, enquanto os recursos destinados à produção aumentaram 22%, chegando a R$ 19,9 bilhões. 

Para a aquisição de imóveis foram destinados R$ 62,2 bilhões. Isso representa um aumento de 3%, com R$ 42,1 bilhões para imóveis usados e R$ 20,2 bilhões para novos. Os financiamentos do FGTS apoiaram 311 mil unidades, um crescimento de 41%.

O levantamento da Abecip aponta ainda que as saídas líquidas da Poupança somaram R$ 8,1 bilhões no primeiro semestre de 2024. Porém, o saldo final cresceu 3,3% em relação ao ano anterior, atingindo R$ 763 bilhões. 

Outras fontes de financiamento também registraram crescimento. A Letra Imobiliária Garantida (LIG) e a Letra de Crédito Imobiliário (LCI), por exemplo, tiveram aumentos de 13% e 20%, respectivamente. No entanto, novas restrições devem reduzir as emissões dessas letras, diminuindo sua participação no financiamento imobiliário.

Por fim, a Abecip revisou suas projeções para 2024 e agora estima um crescimento de 7,6% nos financiamentos imobiliários com recursos da Poupança, totalizando R$ 164 bilhões. 

A entidade estima que o financiamento com recursos do FGTS alcance R$ 106 bilhões, com possibilidade de suplementação. 

Se confirmadas, essas projeções levarão o volume total de empréstimos a R$ 270 bilhões em 2024, um aumento de 7,8% em comparação a 2023.

Desempenho positivo em junho impulsiona otimismo na indústria de materiais de construção

Desempenho positivo em junho impulsiona otimismo na indústria de materiais de construção
Imagem criada por jcomp – www.freepik.com

A Abramat (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção) divulgou que o faturamento deflacionado do setor cresceu 1,2% em junho de 2024 em comparação ao mesmo período do ano passado. Comparado ao mês anterior, houve um aumento de 0,4%. Os dados, elaborados pela FGV com informações do IBGE, indicam uma recuperação gradual da indústria de materiais de construção.

Em maio de 2024, o setor registrou um faturamento 0,2% menor em relação a maio de 2023 e uma retração de 5,7% em comparação a abril, ajustado sazonalmente. Apesar dessas quedas, a Abramat mantém uma previsão otimista para o ano, projetando um crescimento de 3% no faturamento total deflacionado em relação a 2023.

A Associação também apresentou o Termômetro da Indústria de Materiais de Construção, que mostra que 48% dos associados consideraram o desempenho de junho como “bom” ou “muito bom”. Para julho, 47% dos participantes esperam um período positivo, enquanto 52% prevêem regularidade. A pesquisa também revelou que 70% das indústrias pretendem investir nos próximos 12 meses, um aumento de 9 pontos percentuais em relação a junho de 2023.

Segundo o presidente da Abramat, Rodrigo Navarro, esse otimismo se deve à retomada de investimentos em infraestrutura e construção civil, além de políticas governamentais favoráveis ao setor. 

Ele destaca que o crescimento recente é um sinal de recuperação e fortalecimento da indústria, mesmo diante dos desafios enfrentados – como a alta da taxa Selic e do dólar, além dos impactos climáticos no Rio Grande do Sul.

Vendas de cimento sobem 1,2% no primeiro semestre

Vendas de cimento sobem 1,2% no primeiro semestre

De acordo com o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC), 30,6 milhões de toneladas de cimento foram vendidas no Brasil no primeiro semestre deste ano, um aumento de 1,2% em relação ao mesmo período de 2023. 

Contudo, fatores como a redução nos lançamentos imobiliários, o baixo investimento em infraestrutura, a interrupção da queda da Selic e dificuldade de acesso ao crédito levaram o SNIC a reduzir a estimativa de crescimento anual de 2,4% para 1,4%, com previsão de 62,9 milhões de toneladas despachadas.

A nova estimativa de crescimento para 2024 prevê uma expansão de apenas 0,2%, refletindo um desempenho tímido no segundo semestre. Porém, novos  investimentos em infraestrutura ou mudanças na taxa de juros podem mudar esse panorama.

Aumento de investimentos eleva segurança no setor da construção

Aumento de investimentos eleva segurança no setor da construção

A construção civil e a incorporação imobiliária investiram mais de R$ 296 milhões em segurança do trabalho em 2023. De acordo com a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), isso representa um aumento de 74% em comparação a 2022.

Esses investimentos resultaram em uma redução de acidentes nos canteiros de obras. Em maio de 2023, as taxas de Frequência (TF) e Gravidade (TG) de acidentes foram classificadas como “muito boas” pelos parâmetros da Organização Internacional do Trabalho (OIT). 

Além dos investimentos, as oportunidades para profissionais de segurança do trabalho estão crescendo. Em 2023, a profissão de Técnico de Segurança do Trabalho teve o maior número de registros profissionais emitidos no Brasil, com cerca de 24 mil registros. 

Tecnisa alfabetiza profissionais que trabalham em canteiro de obras

Por A Economia B*

Quando se fala em ESG, muita gente logo pensa em ações para reduzir o impacto ambiental das atividades de uma organização no planeta.

De fato, essa é uma das áreas de atenção das empresas que entendem a importância dessa sigla. Porém, não é a única. 

Ao lado do “E” (que vem da palavra em inglês ‘environmental’ – ambiental, em português) há duas outras letras – S (de social) e G (de governança) –, e elas não estão ali à toa. Olhar para aspectos sociais e de governança é fundamental para se diferenciar e até mesmo melhorar a performance financeira corporativa.

45% dos profissionais entrevistados pela KPMG em um estudo global feito com 1.325 executivos de 11 mercados disseram que entendem que o progresso nos pilares ESG melhora o desempenho financeiro. Saiba mais

A iniciativa que compartilhamos neste Giro de Notícias é um ótimo exemplo de ação social feita por uma empresa do mercado de construção.

Desde 2002, a Tecnisa oferece aulas de matemática e de português para colaboradores e terceirizados que trabalham em seus canteiros de obras. Por meio dessa iniciativa, 231 alunos se formaram no Ensino Fundamental (do 1º ao 5º ano; 6º ao 9º ano) desde então.

O programa Ler e Construir é desenvolvido em parceria com a Adventto Ética e Cidadania Empresarial (uma empresa especializada em alfabetização de adultos). A Adventto é responsável pelas aulas, por distribuir o material didático e auxiliar na realização das avaliações em instituições reconhecidas pelo Ministério da Educação.

O curso tem duração de 12 meses, e as aulas acontecem três vezes por semana, sempre no final do expediente – das 17h30 às 19h30. 

Os alunos do Ler e Construir ainda têm oportunidades de aulas extras, aos sábados, com direito a visitas culturais em São Paulo, como o Museu da Língua Portuguesa e o Museu do Futebol.

A educação dos profissionais de canteiros de obras os capacita para a vida e para o mercado de trabalho, e contribui para aumentar o engajamento deles com relação à empresa. Todos saem ganhando.

*A Economia B é uma plataforma de conteúdo jornalístico de negócios voltados a ajudar empresas de diversos setores a contribuírem para a construção de um futuro mais justo, equitativo e regenerativo. Na Celere, entendemos a importância da construção civil nesse processo. Por isso, convidamos A Economia B para trazer mensalmente para o Giro de Notícias uma informação relacionada ao nosso mercado que ajude a promover reflexões sobre como fazer isso na prática.

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