Estudos apontam que 2018 será um ano promissor para o mercado de construção civil. Depois de alguns períodos de queda e instabilidade, o setor deve voltar a crescer nos próximos meses – impulsionando, assim, a melhora da economia do país.
Hoje vamos apresentar um panorama geral do desempenho do mercado e as principais previsões para 2018, além de compartilhar as oportunidades que o próximo ano reserva para empresas e profissionais de construção civil. Acompanhe!
A construção civil foi um dos setores mais afetados pela crise
Um levantamento realizado pelo Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (Sinicon) indica que a construção civil é o componente do Produto Interno Bruto (PIB) com a queda mais intensa entre todos os setores no primeiro semestre de 2017.
Os dados mostram que o desempenho é pior do que a média da economia nos últimos três anos e que esse é o setor que tem sentido a crise de forma mais profunda.
- Estimativas do IBGE apontam que o PIB da construção civil deve fechar 2017 com uma queda de 2,5%.
Como a construção civil depende de muita mão de obra, a crise também elevou o índice de desemprego no segmento.
- Na economia geral, houve queda de 5% nos empregos com carteira assinada no país em 2017. Na construção civil, a baixa foi de 35%, de acordo com a Sinicon.
Previsões para um ano melhor e de recuperação em 2018
Um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) indica que os empresários da construção civil estão otimistas em relação às perspectivas para 2018. De acordo com o levantamento, é a primeira vez em três anos que todos os índices de expectativas dos empresários da construção superaram os 50 pontos, consolidando o cenário positivo do setor.
Um dos motivos para esse otimismo é a constante redução na taxa Selic. Em dezembro de 2017, o Banco Central baixou o juro básico para 7% ao ano – a menor taxa em 30 anos. Para 2018, a estimativa é que o próximo corte aconteça em fevereiro, quando a taxa deve cair para 6,75% – permanecendo assim até dezembro.
- Essa baixa nos juros deve impulsionar o consumo e também o investimento – inclusive no setor de construção civil e imobiliário.
“Muitas pessoas têm dinheiro guardado no banco ou investido na bolsa porque está rendendo bem. No final do ano, com a redução na taxa de juros, elas vão começar a transferir para ativos reais. Pode ser um imóvel, ou a reforma da casa. O mesmo vale para uma empresa que vai ampliar sua indústria. Então, o cenário deve melhorar bastante”, avalia José Carlos Martins, presidente da Câmara Brasileira da Construção Civil (CBIC).
- Com o crescimento na economia, o índice de desemprego deve cair em 2018.
- O presidente da CBIC indica ainda que a Reforma Trabalhista também deve dar fôlego para a recuperação do setor.
“Primeiro, porque somos um setor que usa muita mão de obra e, em segundo lugar, porque somos um setor de muita informalidade. Com a reforma trabalhista, vamos conseguir legalizar uma série de questões que ficavam na informalidade, como, por exemplo, as horas extras”, completa Martins.
Previsões para o mercado imobiliário
A melhora na economia e a baixa na taxa de juros deve impulsionar a compra de imóveis. Mas também existem outros fatores que podem impulsionar o mercado imobiliário em 2018, tais como:
- A linha de crédito pró-cotista – que oferece juros menores para pessoas que não se encaixam no programa Minha Casa Minha Vida – será retomada pela Caixa Econômica Federal a partir de janeiro de 2018. Essa linha de financiamento via FGTS estava suspensa desde a metade de 2017 por falta de recursos.
- A mais recente atualização no programa Minha Casa Minha Vida aumentou o limite da renda dos consumidores que podem adquirir uma propriedade pelo programa de R$ 6,5 mil para R$ 9 mil. Além disso, o programa agora contempla também municípios com menos de 50 mil habitantes.
- E ainda, a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) projeta alta de 15% no financiamento imobiliário via poupança em 2018, com o crédito para compra de imóveis devendo crescer em ritmo ainda mais acelerado do que o para financiamento para construção de unidades.
Esse aumento no acesso ao financiamento imobiliário deve contribuir para a recuperação do setor em 2018, mesmo que de forma gradual.
De acordo com o professor de Economia Edgard Monforte Merlo (FEA-RP/USP), setores como bens de consumo leve e duráveis são os primeiros a se beneficiar da recuperação econômica do país. Só depois que a estabilização já se consolidou, inclusive com a retomada do emprego, é que o mercado imobiliário começa a ser ativado. “É um setor muito importante para a economia, pois gera muitos empregos, mas é um setor que vem de dois anos muito ruins, com muita devolução de imóveis. Então, existe um estoque, que só deve começar a ser reduzido a partir do segundo semestre”, destaca.
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Informações:
Agência Brasil; Gazeta do Povo; G1; G1; G1; Jornal USP; Exame